Do Site Viomundo – pelo Jornalista Luiz Carlos Azenha:
21 de setembro de 2010 às 13:58
Após 29 anos, CUT perde direção dos metroviários de SP
VALOR ECONÔMICO, em 21/09/2010
Pela primeira vez desde sua fundação, em 1981, o Sindicato dos Metroviários de São Paulo mudará de mãos. Em eleições realizadas com os 6,6 mil trabalhadores sindicalizados do Metrô paulista – o equivalente a 76,8% do total de metroviários no Estado – a chapa de oposição conquistou 53% dos votos, apurados ontem. Os integrantes da situação, ligados à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT), deixarão o poder no início de novembro, quando a direção do sindicato passará ao Conlutas.
Segundo afirma ao Valor o presidente eleito, Altino de Melo, o trabalho realizado na campanha será estendido à prática sindical. “A categoria não consegue aumento real nos salários há tempos, enquanto outros companheiros, como os metalúrgicos, conseguem ganhos reais de 5%. Se fortalecermos o sindicato, poderemos negociar com maior firmeza junto ao governo”, diz Melo.
A orientação do sindicato deve mudar e, com ele, a atuação dos 8,6 mil metroviários de São Paulo. “Há projetos para aumentar as linhas de metrô, e também ótimas perspectivas devido à Copa do Mundo. O peso dos metroviários, e consequentemente do sindicato, vai aumentar”, raciocina Melo. O novo presidente é operador de trem da linha azul, que percorre o trecho norte-sul do Metrô, função que vai exercer até a posse, em novembro. “Enquanto a atual direção do sindicato tem 21 diretores liberados do trabalho, todos os que pertencem à nossa chapa estão trabalhando. Fizemos campanha nas folgas e depois do expediente.”
Enquanto a Conlutas é ligada ao PSTU, a CTB é o braço sindical do PC do B, que pertence à base aliada do governo federal. (JV)
PS do Viomundo: A CUT será, em breve, o braço “conservador” do sindicalismo brasileiro?
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