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terça-feira, 14 de setembro de 2010

Quase metade dos professores não são efetivos

Agora São Paulo - São Paulo:
14/09/2010

Folha de S.Paulo

O número de professores temporários na rede estadual de São Paulo chegou neste ano a 46% do total, a maior proporção desde 2005.

No ano passado, o então governo de José Serra (PSDB), hoje candidato à Presidência, anunciou como meta diminuir a taxa para 10% em quatro anos. Àquela época, o número era 42,4%.

Os dados são da própria Secretaria da Educação. Em números absolutos, são hoje 101 mil não efetivos. Um concurso público com 10 mil vagas foi feito em março, mas os aprovados só começarão a trabalhar no ano que vem.

Pesquisadores afirmam que o contingente de temporários tem impacto direto na qualidade de ensino, uma vez que eles tendem a ter uma rotatividade maior nos colégios --os temporários só podem escolher suas escolas depois que todos os concursados já fizeram suas opções.

Os 46% de não efetivos em SP são mais que o dobro da média nacional e superior à Prefeitura de SP (7%).

"A dificuldade quando se troca de escola é que os alunos não conhecem meu jeito e ritmo e eu também não conheço o deles. Essa fase leva tempo", diz o professor temporário de ciências Vinicius Vasconsellos, 24, que, em seis anos de rede estadual, já lecionou em nove escolas.

A Secretaria da Educação diz que trabalha para diminuir o número de não efetivos. Educadores ouvidos pela reportagem afirmam que o Estado já poderia ter diminuído o contingente de temporários.

Para o presidente da Udemo (entidade que representa os diretores de escolas), Luiz Gonzaga Pinto, "o Estado só quer saber de economizar". Segundo ele, o temporário custa 15% a menos, por não ter alguns benefícios.

 

Secretaria diz que faz concursos

A Secretaria da Educação diz trabalhar para diminuir o número de não efetivos (fez dois concursos desde 2007), mas que ainda ocorrem saídas de efetivos [licenças e afastamentos], que são repostas com os temporários.
O governo Alberto Goldman diz não haver problemas na qualidade de ensino.

Agora São Paulo - São Paulo - Quase metade dos professores não são efetivos - 14/09/2010

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Prepare-se para a seleção de São Bernardo

Agora São Paulo – Trabalho:
13/09/2010

Carol Rocha
do Agora

Termina às 16h de amanhã as inscrições para o concurso da Prefeitura de São Bernardo do Campo (Grande SP). São 1.116 vagas para cargos de guarda-civil (masculino e feminino) e também para professor da rede municipal de ensino. Os salários variam de R$ 1.093,56 a R$ 3.241,52.

Para quem tem ensino fundamental completo, há chances para o cargo de inspetor de alunos, com 20 vagas e salário de R$ 1.093,56.

Já os candidatos com ensino médio podem se inscrever para cem vagas de auxiliar em educação, 40 vagas de oficial de escola ou cem vagas de guarda-civil municipal, sendo 50 chances para homens e 50 para mulheres. Para concorrer às vagas de guarda em São Bernardo é exigida uma altura mínima de 1,60 m (mulheres) ou 1,70 m (homens). A remuneração mensal varia de R$ 1.189,66 a R$ 1.436,39, neste caso já incluindo a gratificação da categoria.

Agora São Paulo - Trabalho - Prepare-se para a seleção de São Bernardo - 13/09/2010

domingo, 12 de setembro de 2010

Concurso: SME chama gestores, docentes e ATEs

Conforme o site do SINPEEM foram publicadas convocações e datas para de auxiliares técnicos de educação, de docentes e de gestores educacionais, conforme a lista abaixo reproduzida do site, e os candidatos convocados deverão comparecer ao auditório da Conae 2, na avenida Angélica, 2.606, Consolação.

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
DIA 27/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
8h                   1 a 40
9h                   41 a 80
10h                 81 a 120
11h                 121 a 160
13h                 161 a 200
14h                 201 a 240
15h                 241 a 280
16h                 281 a 320
16h55             retardatários do dia até às 17h

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
DIA 28/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
8h                   321 a 360
9h                   361 a 400
10h                 401 a 440
11h                 441 a 480
13h                 481 a 520
14h                 521 a 560
15h                 561 a 600
16h                 601 a 640
16h55             retardatários do dia até às 17h

PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
8h                   641 a 687
9h                   3 a 21 Lei nº 13.398/02
9h20               retardatários do dia
9h25               RETARDATÁRIOS DA ESCOLHA ATÉ ÀS 9h30

AUXILIAR TÉCNICO DE EDUCAÇÃO – CLASSE I
DIA 29/09/2010

HORÁRIO     CLASSIFICAÇÃO
12h                 7192 a 7212
12h25             retardatários da escolha até 12h30

SUPERVISOR ESCOLAR
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
10h                 44 a 47

DIRETOR DE ESCOLA
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
10h 184 a 187

COORDENADOR PEDAGÓGICO
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
10h                 431 a 447

PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO – EDUCAÇÃO FÍSICA
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
11h                 894 a 906

PROFESSOR DE ENSINO FUNDAMENTAL II E MÉDIO – INGLÊS
DIA 29/09/2010

HORÁRIO      CLASSIFICAÇÃO
11h                 489 a 501
11h55             retardatários da escolha até às 12h

Dicas do jornal Agora para garantir vaga em concurso

Agora São Paulo – Grana
08/09/2010

Saiba como garantir uma vaga em concurso

Carol Rocha
do Agora

O sonho de um emprego com estabilidade e bom salário leva cerca de 10 milhões de brasileiros a disputarem anualmente uma vaga no funcionalismo, segundo a Anpac (Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos). Hoje, existem ao menos 3.622 chances para todos os níveis de ensino.

Para ajudar quem quer uma vaga no serviço público, o Agora preparou um guia com as principais dicas para você ser aprovado.

Apesar do grande número de candidatos por vaga, nem todos estão preparados. "Somente de 5% a 8% dos candidatos inscritos em concursos estão preparados para passar pelas provas", afirma José Luis Romero Baubeta, diretor de RH da Central de Concursos.

Para aumentar as chances de aprovação, o primeiro passo é ter tempo para estudar. "O ideal são oito horas por dia", diz o professor Luiz Flávio Gomes, diretor-presidente da Rede de Ensino LFG.

Agora São Paulo - Grana - Saiba como garantir uma vaga em concurso - 08/09/2010

Mais 8.331 professores de Fund II e Ensino Médio

Agora São Paulo – Trabalho:
11/09/2010

Prefeitura quer 8.331 cargos na Educação

Carol Rocha e Bernardo Moura
do Agora

Um projeto de lei que cria 8.331 cargos para professores na rede municipal de ensino foi enviado nesta semana pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), à Câmara Municipal. As vagas serão para docentes de ensinos fundamental 2 e médio. Os cargos serão efetivos e a admissão virá por meio de concurso.

Atualmente, um professor de ensino fundamental, com 30 horas/aula por semana, tem piso de R$ 1.179,12.

A medida deverá chegar à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) na próxima semana, segundo a liderança do governo na Câmara Municipal. Se aprovado, o projeto será analisado em outras comissões até chegar ao plenário. Ainda não há prazos definidos para a aprovação na Câmara.

Agora São Paulo - Trabalho - Prefeitura quer 8.331 cargos na Educação - 11/09/2010

sábado, 28 de agosto de 2010

APROFEM desmente boatos sobre ação contra concurso de professores

Do Informativos APROFEM - Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo
26/8/2010

Transformação de Cargos - CEIs

A APROFEM foi surpreendida com a notícia de que boatos sem fundamento e procedência, veiculados inclusive na internet, divulgavam que a Entidade ingressou com ação judicial visando impugnar etapas do concurso de ingresso para Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I.

Esclarecemos:

1- A APROFEM não ingressou com qualquer medida judicial sobre o referido concurso ou sobre a transformação de cargos acima mencionada.
2- Este assunto foi tratado com a costumeira responsabilidade e transparência na Reunião de Representantes Sindicais realizada nesta data, sendo que as orientações sobre a posição da Entidade e os encaminhamentos a serem adotados pelos interessados constam da Pauta da Reunião e deverão ser divulgados pelos Representantes, a partir de amanhã, nas respectivas UEs. A partir da semana que vem, o conteúdo da referida Pauta estará presente no Portal APROFEM, podendo ser acessado pelos interessados.
3- A APROFEM deplora estas iniciativas de intencionalidade tendenciosa e irresponsáveis, com a clara finalidade de espalhar a desinformação e o pânico dentre os servidores envolvidos.
4- No entanto, tem a convicção de que os filiados à APROFEM e demais interessados terão discernimento suficiente para desconsiderar tais tentativas.

São Paulo, 26 de agosto de 2010.

APROFEM - DIRETORIA

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

IBGE inscreve até quarta

Agora São Paulo – Trabalho:

23/08/2010

IBGE inscreve até quarta

Bernardo Moura
do Agora

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) encerrará nesta quarta-feira as inscrições para contratar mais 2.006 recenseadores. A maioria das vagas é para São Paulo, que terá 1.626 oportunidades --sendo 1.313 na capital e 313 em municípios do interior e da região metropolitana. As demais chances serão divididas entre outros Estados, como Paraná e Santa Catarina.

O edital do concurso, a lista completa dos locais onde é possível fazer a inscrição e o calendário do processo seletivo estão disponíveis no site do IBGE. Ao contrário da outra seleção, quem se candidatar agora não pagará pela inscrição. No primeiro concurso, a taxa cobrada foi de R$ 18.

O IBGE aceitará candidatos que tenham o ensino fundamental completo e, ao menos, 18 anos de idade. Os aprovados deverão iniciar a coleta de dados do Censo após passarem por treinamento.

Agora São Paulo - Trabalho - IBGE inscreve até quarta - 23/08/2010

Faxineiros encontram 8.331 chances em SP

Agora São Paulo – Trabalho:

22/08/2010

Faxineiros encontram 8.331 chances em SP

Carol Rocha
do Agora

Faxineiras e auxiliares de limpeza encontram, nesta semana, ao menos 8.331 chances de emprego em São Paulo. A maioria das vagas exige apenas ensino fundamental. Os salários podem chegar a R$ 1.800.

O CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador) oferece 1.808 oportunidades na área de limpeza. Um encarregado, por exemplo, encontra chances com salário de até R$ 1.800. Na Curriculum, há outras 1.758 vagas. Entre elas, para auxiliar de limpeza com ensino médio, que oferece salário de R$ 850.

O Ciet (Centro Integrado de Emprego, Trabalho e Renda), em Guarulhos (Grande SP), tem 195 chances. Os auxiliares de limpeza com ensino médio podem receber um salário de até R$ 950.

Agora São Paulo - Trabalho - Faxineiros encontram 8.331 chances em SP - 22/08/2010

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

ABC oferece 1.116 vagas para guarda e professor

Agora São Paulo – Trabalho:

20/08/2010

ABC oferece 1.116 vagas para guarda e professor

Carol Rocha
do Agora

A Prefeitura de São Bernardo do Campo inicia na segunda-feira as inscrições para 1.116 vagas na Guarda Civil Municipal e na rede de ensino local. Os interessados terão até o dia 14 de setembro para fazer o cadastro --que custará de R$ 30 a R$ 60-- no site da Vunesp.

A maioria das oportunidades (976) são para as escolas do município da Grande São Paulo. Há 564 vagas para professor de educação básica 1 --que dará aulas em turmas dos primeiros anos do ensino fundamental--, 200 chances para professor de educação básica infantil (para atuar nas creches municipais), cem para oficial de escola, 85 para professor de educação básica 2 em diversas disciplinas (para trabalhar no ensino de jovens e adultos), 20 para inspetor de alunos e sete para diretor de escola.

Na área de educação, os salários variam de R$ 1.358,43, pago aos professores de educação básica 2, a R$ 3.241,52, recebido pelos diretores.

Agora São Paulo - Trabalho - ABC oferece 1.116 vagas para guarda e professor - 20/08/2010

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

APROFEM: consulte os Concursos

Publicação obtida do Site da APROFEM - Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo / Concursos:

13/8/2010

Concursos Públicos Municipais - SP

Clique aqui e veja a tabela atualizada

Clique aqui para ver os Concursos com a Validade Expirada.

Edital de ingresso para Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I  (retificado)

Edital de ingresso para Professores de Educação Infantil (retificado)

Edital de Ingresso para Professores de Ensino Fundamental II e Médio.

Edital de Acesso para Gestores Educacionais.

APROFEM - Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo

domingo, 27 de junho de 2010

Creches conveniadas perto do fim em São Paulo?

     O artigo publicado pelo Valor Econômico (reproduzido mais abaixo) destaca o tema mais polêmico da Conferência Municipal de Educação : o fim dos convênios de creches e CEIs em São Paulo. (leia também Plano Municipal de Educação: Vitória dos servidores! e Ação Educativa: De Olho no Plano)
     Recordar é viver. As primeiras iniciativas no Brasil, ainda no século XIX, de proteção à infância foram de caráter higienista, visando combater a grande mortalidade infantil e a ausência de ações governamentais. Ao mesmo tempo havia a preocupação da sociedade capitalista em formação, de liberar mulheres não somente para a indústria, mas para os serviços de empregada doméstica. Mas a ausência do Estado foi marca permanente nessas políticas, e mesmo em 1919 quando se criou Departamento da Criança no Brasil, suas ações eram mantidas por doações. O caráter assistencial e filantrópico das antigas casas dos expostos e depois das creches se manteve por quase todo o século XX, até que os esforços e o movimento de vários segmentos da sociedade garantiram a educação como direito da criança e dever do Estado na Constituição de 1988.
     Os movimentos sociais tomaram força na década de 1970 com o declínio e consequente fim do regime militar. O Movimento de Luta por Creches em São Paulo nasceu em 1973 e deu seu grande salto em 1979 com o 1º Congresso da Mulher Paulista. O movimento que se espalhou por quase todos os bairros da Capital naquele ano, exigia do governo municipal a construção de mais creches em São Paulo que contava com apenas 119 equipamentos, dos quais apenas 3 eram da administração direta. O restante era fruto de convênios da Prefeitura com entidades sociais particulares. A verba era insuficiente e o serviço precário, necessitando de arrecadação de outras verbas para a sobrevivência da entidade e até mensalidade dos pais eram cobradas. Ainda em 1979, o Prefeito Reynaldo de Barros prometeu ao movimento a construção de 830 creches até o final de 1982. O então Prefeito, apesar de não cumprir nem 15% do prometido, realizou a maior expansão de creches diretas até hoje, terminando 1982 com 120 creches diretas, porém com muitas críticas do Movimento. Irregularidades na construção a “toque de caixa” para fins eleitorais, contratações de funcionários por indicação política, precariedade no atendimento desfilaram entre tantas denúncias.
     A administração Mário Covas (1983-1985) construiu 70 novas creches e instalou uma Comissão Especial de Inquérito para investigar as construções da gestão anterior. Covas propôs o conveniamento de todas as creches diretas, ao que a Comissão instalada foi contra.
O Movimento de Luta por Creches enfraqueceu a partir de 1984 pelas divergências internas, especialmente nas falas dos representantes das conveniadas, pela divisão entre os que defendiam o atendimento exclusivo de crianças pobres e os que defendiam a universalização do direito. Apesar de tais divergências, o relatório da Comissão “afirma que o Movimento não só conseguiu reconhecimento e legitimação de suas pautas, como foi responsável pela mudança radical de opinião sobre a creche pública: de algo ligado à imagem de asilo para crianças abandonadas, relacionado à culpa, para equipamento social com mesmo valor de outros como a escola e o posto de saúde.(1)
     Entre 1985 e 1988 os investimentos de Jânio Quadros nas políticas de creche foram precários: “não houve elaboração de diretrizes nem propostas pedagógicas, houve greves e demissões, a infra- estrutura e funcionamento ficaram totalmente comprometidos, chegando até mesmo a faltar alimentos.(1) Também se agregou as creches à Secretaria de Educação como uma espécie de apêndice, sem integração de ações. “A creche foi fechada à comunidade, funcionários foram nomeados por indicação política e a creche deixou de ser prioritária nas propostas de governo.”(1)
     O governo de Luíza Erundina construiu 80 novas creches e se notabilizou pela política voltada para as creches, iniciando a gestão com a realização de um diagnóstico das creches que retornaram às FABES. A política voltada para a participação popular, implementou vários programas e documentos para instituir projetos pedagógicos nas creches, flexibilização das rotinas e capacitação das ADIs (leia A história roubada). Erundina ampliou as vagas em creches diretas (28,65%) bem como em creches conveniadas (19,37%), mas priorizando as primeiras. As matrículas na educação nesse período, em toda a rede municipal subiram 15,9%.(5)
     Paulo Maluf foi responsável por uma nova fase de retrocessos nas políticas de creche, sucateando creches por redução de investimentos e falta de funcionários. As creches diretas em crise foram facilmente conveniadas e transformadas em rede indireta. Os funcionários eram encaminhados para outras creches diretas que já amargavam a falta de servidores. Maluf reduziu em 12,7% as vagas nas creches diretas e privilegiou os convênios que aumentaram as vagas em 91,39%.  No total de matriculados na rede municipal cresceram apenas 0,14%.(5)
     Pitta manteve a política de sucateamento das creches diretas e conveniamento no seu governo, mas se deparou com um movimento pelo cumprimento da LDB que exigia a integração das creches na rede municipal de ensino. Em 1998 ocorreu a nomeação de ADIs concursadas, já no final do conturbado governo. Foram reduzidas as vagas nas diretas em 1,27% e ampliou-se em 31,82% nos convênios, enquanto a rede de ensino cresceu apenas 1,89%.(5)
     O governo Marta construiu 44 CEIs diretos, e mais CEIs com o dobro da capacidade (300 crianças) em 21 CEUs, o que se considerado em dobro à capacidade padrão, equivale a 86 unidades novas. Para a rede direta significou um crescimento das vagas superior de 87%, enquanto houve investimento também na rede conveniada, porém menor, em torno de 23%, conforme Diário oficial de 31/12/04.(6) Entre 2000 e 2004, comparando os dados do Censo Escolar fornecidos pelo INEP, verificamos que as vagas na rede municipal de ensino, computando-se o total de matrículas em EMEIs, Ensino Fundamental e Médio e EJA (creches não incluídas no censo de 2000), cresceram 10,8%.
     Conforme dados de 2009 fornecido pelo atual governo no texto para debate do Plano Municipal de Educação, comparados ao Censo Escolar de 2004, há uma redução de mais de 133 mil alunos (-13,5%), sem contar CEIs e creches, em todos os segmentos: EMEIs (-3,6%), Fundamental (-10,9%), Ensino Médio (-14,3%), EJA fundamental (-41,6%). Comparados os dados de 2009 com os dados de 31/12/2004(6), a rede direta de CEIs também encolheu quase 13%. Somente a rede conveniada cresceu, e batante: 77,3%. Esses dados indicam concretamente uma fuga do investimento da educação pública para o setor privado, ainda que filantrópico. Vemos um retrocesso histórico.
     Não se trata de questão corporativa como quis alegar o Secretário à reportagem do Valor Econômico abaixo. Tratamos de princípios constitucionais. A educação de qualidade, enquanto direito, passa pelo dever do Estado, por profissionais capacitados, com salários dignos e planos de carreira. Não há como se garantir tais princípios utilizando-se a saída barata dos convênios. Paga-se pouco por crianças arriscadas a espaços mal estruturados, distribuídos e organizados. Pouca receita define uma situação na cidade de trabalhadores em creches conveniadas, sem o título de professor, ganhando em torno de R$ 800,00 para trabalhar 40 horas, sem horário de planejamento. Lembremos que Professores de Educação Infantil nos CEIs diretos possuem salário inicial de R$ 1.418,22 e final de R$ 3.424,93, e jornadas 30 horas semanais, das quais 5 são detinadas a planejamento, formação continuada e pesquisa. Fossem as entidades obrigadas a arcar com os mesmos custos com seus funcionários fechariam suas portas, exceto se o governo pagasse o necessário, o que tornaria o convênio uma saída não mais atraente para este. O governo também encontrou outras maneiras de reduzir a demanda pelo atendimento em creche:
“São Paulo tem fila paralela para vaga em creche” – Jornal Agora
Kassab e o milagre da multiplicação das vagas
Kassab expulsa crianças das creches para fingir que reduz déficit. Dano às crianças faz Ministério Público intervir
      Creche é direito da criança e dever do Estado. Obviamente, é “inexequível” encerrar os convênios hoje, mas um plano é para isso: pensarmos como fazer. As metas para a próxima década estão postas pela sociedade representada na Conferência. Não podemos aceitar uma atitude de SME do tipo “agora não brinco mais”. Os 20 mil participantes que elegeram os 1500 delegados presentes na Conferência não podem ser tratados como palhaços. Pode ter certeza, Secretário: a sociedade também estará na Câmara, defendendo os seus interesses (dela, é claro).
Fontes/Artigos relacionados:
1- POLÍTICAS DE ATENDIMENTO À INFÂNCIA NAS CRECHES MUNICIPAIS DE SÃO PAULO (1989 A 1992)
2 - A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL: AVANÇOS, RETROCESSOS E DESAFIOS DESSA MODALIDADE EDUCACIONAL
3- MOVIMENTOS COLETIVOS NO BRASIL URBANO
4 - [DOC] História da Educação Infantil
5 - GOVERNA MARTA SUPLICY 2001-2004
6 - As distorções do Estadão para defender os demo-tucanos
7 - A história das creches e o preconceito no magistério
8 - Número de crianças sem ensino infantil cresce em São Paulo

Creches conveniadas perto do fim em São Paulo?

Luciano Máximo, de São Paulo – VALOR

Professores, funcionários de escolas, familiares, sindicalistas e integrantes de movimentos sociais que vinham participando da construção do primeiro plano de educação da cidade de São Paulo aprovaram a expansão do número de creches da administração direta associada à limitação dos convênios entre prefeitura e organizações não governamentais (ONGs) para a administração das escolas municipais de educação infantil paulistanas.
Depois de meses de debates acirrados, a decisão foi tomada no último dia da da Conferência Municipal de Educação, encerrada ontem, e vai constar do texto final do plano, assim como outras dezenas de propostas votadas que servirão como diretrizes para as políticas educacionais do município dos próximos dez anos. No momento, a comissão organizadora da conferência prepara o documento para, em 20 dias, encaminhá-lo à Câmara de Vereadores, onde será apreciado e convertido em lei.
Além do fim progressivo das creches conveniadas, o plano municipal de educação também apresenta outras metas para o período 2011-2020, como a redução do número de alunos por sala de aula na rede pública, a não expansão do ensino médio municipal, revisão de aposentadorias de profissionais da educação infantil e uma série de medidas referentes à educação inclusiva.
Com um problema histórico de oferta de vagas para crianças de 0 a 3 anos, de 2002 até hoje a prefeitura de São Paulo passou a apostar nos convênios com ONGs para ampliar o atendimento em creches. “O nome disso é terceirização, quando você paga para alguém fazer o que é sua responsabilidade”, comenta o diretor Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Floreal Botias Júnior.
Segundo ele, o modelo foi apresentado como medida alternativa ainda no governo da ex-prefeita Marta Suplicy (PT). “Mas se transformou na principal política da atual administração, que deixou de investir num plano de construção de novas creches públicas, onde há profissionais mais bem pagos e preparados e um maior controle”, diz o sindicalista. O piso salarial do professor de creche da administração direta é de cerca de R$ 2 mil, enquanto o contracheque dos docentes das unidades conveniadas não supera os R$ 900.
Atualmente, São Paulo conta com 338 creches da administração direta e mais de 1.000 unidades conveniadas. O déficit hoje está em 75 mil vagas. A prefeitura alega que não consegue encontrar terrenos para construir novas unidades. Em Guaianases, extremo da zona leste, foram abertas mais de 120 creches conveniadas em cinco anos e apenas três unidades diretas. Maria Angela Gianetti, diretora regional de educação, explica que o instrumento de parceria com organizações sociais é a forma mais eficiente para atender a demanda do setor. “Quando assumi, em 2005, havia 1.800 vagas. Com as conveniadas atendo hoje a 14 mil crianças. O processo é muito burocrático na administração direta”, conta Maria Angela, reforçando que há supervisão e acompanhamento pedagógico nas escolas conveniadas.
O secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, disse ao Valor que vai combater a inclusão da limitação das creches conveniadas no plano municipal de educação. “É natural que os sindicatos tenham forte participação na elaboração do e aprovem medidas corporativas. Mas o fim dos convênios é uma ação inexequível e vai contra o próprio histórico da oferta de atendimento na cidade, e eu defenderei sua manutenção na Câmara”, afirmou Schneider.

Artigo publicado em Blog Leituras Favre

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Concursos públicos em Santo André


Postado por Luis Favre

26/04/2010

AGORA, 26-04-2010

Concorra a 727 chances em Santo André

Livia Wachowiak Junqueira
do Agora

A Prefeitura de Santo André tem 727 oportunidades de emprego abertas em concurso. As inscrições vão até esta quinta-feira e devem ser feitas pelo site http://www.ibamsp-concursos.org.br/. As taxas são de R$ 40 e R$ 65.

A cidade precisa contratar profissionais para as funções de analista de recursos humanos, auxiliar administrativo, agente de desenvolvimento infantil --profissionais que ajudam os professores titulares nas escolas-- e outras. Os salários vão de R$ 977,43 a R$ 3.080,28.

Para ajudar na disputa dos candidatos, o Agora levantou informações e métodos que devem ser considerados durante o período curto de estudos --a prova está marcada para o dia 23 de maio

quinta-feira, 11 de março de 2010

A Terceirização do sindicato

Com um discurso "somos contra a terceirização, e não contra os terceirizados", a diretoria defendeu a proposta de filiar profissionais que não são empregados ou servidores da prefeitura, mas de entidades, ONGs, OSs, ou qualquer coisa que eu não saiba explicar. A tese única do congresso, escrita pela diretoria, contraditoriamente defende a luta contra a terceirização, e é pelo concurso público. Imagine se a diretoria assume a bandeira de sua própria tese. Imaginem um eventual governo que se comprometa com o SUS e que desmonte as OS´s. Com o PAS foi assim, durou só até o Pitta. O que o sindicato diria aos novos filiados? Daria um tapinha nas costas deles e diria: infelizmente você vai perder seu emprego, se quiser preste o concurso. O sindicato não pode acender uma vela pra Deus, outra pro diabo. É oportunismo. Parece que todos os caminhos devem levar para o imposto sindical. Afinal, é preciso cobrir o buraco deixado pelas desfiliações. A diminuição dos filiados foi tanta que o sindicato já perdeu outra liberação de ponto. Voltou para a base a diretora que deveria ser reponsável pela pasta de formação. Se já tínhamos perdido a formação sindical, agora não temos de quem cobrar. Como a culpa pelas desfiliações e a falta de mobilização da categoria, segundo a diretoria do sindicato, deve ser assumida pela própria categoria, não deixa de ser uma terceirização. A categoria deve se mobilizar e organizar a si mesma. Quanto à proposta deles se resume: como eles já não defendem os servidores e empregados públicos, estatutários e celetistas, agora querem não defender os terceirizados também. O que as categorias terão em retorno? Poderão utilizar o convênio com o Clube de Regatas Tietê. No caso dos terceirizados, se não perderem seus empregos.

Servidores - Sindicatos, Políticas Públicas, Funcionalismo