O artigo publicado pelo Valor Econômico (reproduzido mais abaixo) destaca o tema mais polêmico da Conferência Municipal de Educação : o fim dos convênios de creches e CEIs em São Paulo. (leia também Plano Municipal de Educação: Vitória dos servidores! e Ação Educativa: De Olho no Plano)
Recordar é viver. As primeiras iniciativas no Brasil, ainda no século XIX, de proteção à infância foram de caráter higienista, visando combater a grande mortalidade infantil e a ausência de ações governamentais. Ao mesmo tempo havia a preocupação da sociedade capitalista em formação, de liberar mulheres não somente para a indústria, mas para os serviços de empregada doméstica. Mas a ausência do Estado foi marca permanente nessas políticas, e mesmo em 1919 quando se criou Departamento da Criança no Brasil, suas ações eram mantidas por doações. O caráter assistencial e filantrópico das antigas casas dos expostos e depois das creches se manteve por quase todo o século XX, até que os esforços e o movimento de vários segmentos da sociedade garantiram a educação como direito da criança e dever do Estado na Constituição de 1988.
Os movimentos sociais tomaram força na década de 1970 com o declínio e consequente fim do regime militar. O Movimento de Luta por Creches em São Paulo nasceu em 1973 e deu seu grande salto em 1979 com o 1º Congresso da Mulher Paulista. O movimento que se espalhou por quase todos os bairros da Capital naquele ano, exigia do governo municipal a construção de mais creches em São Paulo que contava com apenas 119 equipamentos, dos quais apenas 3 eram da administração direta. O restante era fruto de convênios da Prefeitura com entidades sociais particulares. A verba era insuficiente e o serviço precário, necessitando de arrecadação de outras verbas para a sobrevivência da entidade e até mensalidade dos pais eram cobradas. Ainda em 1979, o Prefeito Reynaldo de Barros prometeu ao movimento a construção de 830 creches até o final de 1982. O então Prefeito, apesar de não cumprir nem 15% do prometido, realizou a maior expansão de creches diretas até hoje, terminando 1982 com 120 creches diretas, porém com muitas críticas do Movimento. Irregularidades na construção a “toque de caixa” para fins eleitorais, contratações de funcionários por indicação política, precariedade no atendimento desfilaram entre tantas denúncias.
A administração Mário Covas (1983-1985) construiu 70 novas creches e instalou uma Comissão Especial de Inquérito para investigar as construções da gestão anterior. Covas propôs o conveniamento de todas as creches diretas, ao que a Comissão instalada foi contra.
O Movimento de Luta por Creches enfraqueceu a partir de 1984 pelas divergências internas, especialmente nas falas dos representantes das conveniadas, pela divisão entre os que defendiam o atendimento exclusivo de crianças pobres e os que defendiam a universalização do direito. Apesar de tais divergências, o relatório da Comissão “afirma que o Movimento não só conseguiu reconhecimento e legitimação de suas pautas, como foi responsável pela mudança radical de opinião sobre a creche pública: de algo ligado à imagem de asilo para crianças abandonadas, relacionado à culpa, para equipamento social com mesmo valor de outros como a escola e o posto de saúde.”(1)
Entre 1985 e 1988 os investimentos de Jânio Quadros nas políticas de creche foram precários: “não houve elaboração de diretrizes nem propostas pedagógicas, houve greves e demissões, a infra- estrutura e funcionamento ficaram totalmente comprometidos, chegando até mesmo a faltar alimentos.”(1) Também se agregou as creches à Secretaria de Educação como uma espécie de apêndice, sem integração de ações. “A creche foi fechada à comunidade, funcionários foram nomeados por indicação política e a creche deixou de ser prioritária nas propostas de governo.”(1)
O governo de Luíza Erundina construiu 80 novas creches e se notabilizou pela política voltada para as creches, iniciando a gestão com a realização de um diagnóstico das creches que retornaram às FABES. A política voltada para a participação popular, implementou vários programas e documentos para instituir projetos pedagógicos nas creches, flexibilização das rotinas e capacitação das ADIs (leia A história roubada). Erundina ampliou as vagas em creches diretas (28,65%) bem como em creches conveniadas (19,37%), mas priorizando as primeiras. As matrículas na educação nesse período, em toda a rede municipal subiram 15,9%.(5)
Paulo Maluf foi responsável por uma nova fase de retrocessos nas políticas de creche, sucateando creches por redução de investimentos e falta de funcionários. As creches diretas em crise foram facilmente conveniadas e transformadas em rede indireta. Os funcionários eram encaminhados para outras creches diretas que já amargavam a falta de servidores. Maluf reduziu em 12,7% as vagas nas creches diretas e privilegiou os convênios que aumentaram as vagas em 91,39%. No total de matriculados na rede municipal cresceram apenas 0,14%.(5)
Pitta manteve a política de sucateamento das creches diretas e conveniamento no seu governo, mas se deparou com um movimento pelo cumprimento da LDB que exigia a integração das creches na rede municipal de ensino. Em 1998 ocorreu a nomeação de ADIs concursadas, já no final do conturbado governo. Foram reduzidas as vagas nas diretas em 1,27% e ampliou-se em 31,82% nos convênios, enquanto a rede de ensino cresceu apenas 1,89%.(5)
O governo Marta construiu 44 CEIs diretos, e mais CEIs com o dobro da capacidade (300 crianças) em 21 CEUs, o que se considerado em dobro à capacidade padrão, equivale a 86 unidades novas. Para a rede direta significou um crescimento das vagas superior de 87%, enquanto houve investimento também na rede conveniada, porém menor, em torno de 23%, conforme Diário oficial de 31/12/04.(6) Entre 2000 e 2004, comparando os dados do Censo Escolar fornecidos pelo INEP, verificamos que as vagas na rede municipal de ensino, computando-se o total de matrículas em EMEIs, Ensino Fundamental e Médio e EJA (creches não incluídas no censo de 2000), cresceram 10,8%.
Conforme dados de 2009 fornecido pelo atual governo no texto para debate do Plano Municipal de Educação, comparados ao Censo Escolar de 2004, há uma redução de mais de 133 mil alunos (-13,5%), sem contar CEIs e creches, em todos os segmentos: EMEIs (-3,6%), Fundamental (-10,9%), Ensino Médio (-14,3%), EJA fundamental (-41,6%). Comparados os dados de 2009 com os dados de 31/12/2004(6), a rede direta de CEIs também encolheu quase 13%. Somente a rede conveniada cresceu, e batante: 77,3%. Esses dados indicam concretamente uma fuga do investimento da educação pública para o setor privado, ainda que filantrópico. Vemos um retrocesso histórico.
Não se trata de questão corporativa como quis alegar o Secretário à reportagem do Valor Econômico abaixo. Tratamos de princípios constitucionais. A educação de qualidade, enquanto direito, passa pelo dever do Estado, por profissionais capacitados, com salários dignos e planos de carreira. Não há como se garantir tais princípios utilizando-se a saída barata dos convênios. Paga-se pouco por crianças arriscadas a espaços mal estruturados, distribuídos e organizados. Pouca receita define uma situação na cidade de trabalhadores em creches conveniadas, sem o título de professor, ganhando em torno de R$ 800,00 para trabalhar 40 horas, sem horário de planejamento. Lembremos que Professores de Educação Infantil nos CEIs diretos possuem salário inicial de R$ 1.418,22 e final de R$ 3.424,93, e jornadas 30 horas semanais, das quais 5 são detinadas a planejamento, formação continuada e pesquisa. Fossem as entidades obrigadas a arcar com os mesmos custos com seus funcionários fechariam suas portas, exceto se o governo pagasse o necessário, o que tornaria o convênio uma saída não mais atraente para este. O governo também encontrou outras maneiras de reduzir a demanda pelo atendimento em creche:
“São Paulo tem fila paralela para vaga em creche” – Jornal AgoraRecordar é viver. As primeiras iniciativas no Brasil, ainda no século XIX, de proteção à infância foram de caráter higienista, visando combater a grande mortalidade infantil e a ausência de ações governamentais. Ao mesmo tempo havia a preocupação da sociedade capitalista em formação, de liberar mulheres não somente para a indústria, mas para os serviços de empregada doméstica. Mas a ausência do Estado foi marca permanente nessas políticas, e mesmo em 1919 quando se criou Departamento da Criança no Brasil, suas ações eram mantidas por doações. O caráter assistencial e filantrópico das antigas casas dos expostos e depois das creches se manteve por quase todo o século XX, até que os esforços e o movimento de vários segmentos da sociedade garantiram a educação como direito da criança e dever do Estado na Constituição de 1988.
Os movimentos sociais tomaram força na década de 1970 com o declínio e consequente fim do regime militar. O Movimento de Luta por Creches em São Paulo nasceu em 1973 e deu seu grande salto em 1979 com o 1º Congresso da Mulher Paulista. O movimento que se espalhou por quase todos os bairros da Capital naquele ano, exigia do governo municipal a construção de mais creches em São Paulo que contava com apenas 119 equipamentos, dos quais apenas 3 eram da administração direta. O restante era fruto de convênios da Prefeitura com entidades sociais particulares. A verba era insuficiente e o serviço precário, necessitando de arrecadação de outras verbas para a sobrevivência da entidade e até mensalidade dos pais eram cobradas. Ainda em 1979, o Prefeito Reynaldo de Barros prometeu ao movimento a construção de 830 creches até o final de 1982. O então Prefeito, apesar de não cumprir nem 15% do prometido, realizou a maior expansão de creches diretas até hoje, terminando 1982 com 120 creches diretas, porém com muitas críticas do Movimento. Irregularidades na construção a “toque de caixa” para fins eleitorais, contratações de funcionários por indicação política, precariedade no atendimento desfilaram entre tantas denúncias.
A administração Mário Covas (1983-1985) construiu 70 novas creches e instalou uma Comissão Especial de Inquérito para investigar as construções da gestão anterior. Covas propôs o conveniamento de todas as creches diretas, ao que a Comissão instalada foi contra.
O Movimento de Luta por Creches enfraqueceu a partir de 1984 pelas divergências internas, especialmente nas falas dos representantes das conveniadas, pela divisão entre os que defendiam o atendimento exclusivo de crianças pobres e os que defendiam a universalização do direito. Apesar de tais divergências, o relatório da Comissão “afirma que o Movimento não só conseguiu reconhecimento e legitimação de suas pautas, como foi responsável pela mudança radical de opinião sobre a creche pública: de algo ligado à imagem de asilo para crianças abandonadas, relacionado à culpa, para equipamento social com mesmo valor de outros como a escola e o posto de saúde.”(1)
Entre 1985 e 1988 os investimentos de Jânio Quadros nas políticas de creche foram precários: “não houve elaboração de diretrizes nem propostas pedagógicas, houve greves e demissões, a infra- estrutura e funcionamento ficaram totalmente comprometidos, chegando até mesmo a faltar alimentos.”(1) Também se agregou as creches à Secretaria de Educação como uma espécie de apêndice, sem integração de ações. “A creche foi fechada à comunidade, funcionários foram nomeados por indicação política e a creche deixou de ser prioritária nas propostas de governo.”(1)
O governo de Luíza Erundina construiu 80 novas creches e se notabilizou pela política voltada para as creches, iniciando a gestão com a realização de um diagnóstico das creches que retornaram às FABES. A política voltada para a participação popular, implementou vários programas e documentos para instituir projetos pedagógicos nas creches, flexibilização das rotinas e capacitação das ADIs (leia A história roubada). Erundina ampliou as vagas em creches diretas (28,65%) bem como em creches conveniadas (19,37%), mas priorizando as primeiras. As matrículas na educação nesse período, em toda a rede municipal subiram 15,9%.(5)
Paulo Maluf foi responsável por uma nova fase de retrocessos nas políticas de creche, sucateando creches por redução de investimentos e falta de funcionários. As creches diretas em crise foram facilmente conveniadas e transformadas em rede indireta. Os funcionários eram encaminhados para outras creches diretas que já amargavam a falta de servidores. Maluf reduziu em 12,7% as vagas nas creches diretas e privilegiou os convênios que aumentaram as vagas em 91,39%. No total de matriculados na rede municipal cresceram apenas 0,14%.(5)
Pitta manteve a política de sucateamento das creches diretas e conveniamento no seu governo, mas se deparou com um movimento pelo cumprimento da LDB que exigia a integração das creches na rede municipal de ensino. Em 1998 ocorreu a nomeação de ADIs concursadas, já no final do conturbado governo. Foram reduzidas as vagas nas diretas em 1,27% e ampliou-se em 31,82% nos convênios, enquanto a rede de ensino cresceu apenas 1,89%.(5)
O governo Marta construiu 44 CEIs diretos, e mais CEIs com o dobro da capacidade (300 crianças) em 21 CEUs, o que se considerado em dobro à capacidade padrão, equivale a 86 unidades novas. Para a rede direta significou um crescimento das vagas superior de 87%, enquanto houve investimento também na rede conveniada, porém menor, em torno de 23%, conforme Diário oficial de 31/12/04.(6) Entre 2000 e 2004, comparando os dados do Censo Escolar fornecidos pelo INEP, verificamos que as vagas na rede municipal de ensino, computando-se o total de matrículas em EMEIs, Ensino Fundamental e Médio e EJA (creches não incluídas no censo de 2000), cresceram 10,8%.
Conforme dados de 2009 fornecido pelo atual governo no texto para debate do Plano Municipal de Educação, comparados ao Censo Escolar de 2004, há uma redução de mais de 133 mil alunos (-13,5%), sem contar CEIs e creches, em todos os segmentos: EMEIs (-3,6%), Fundamental (-10,9%), Ensino Médio (-14,3%), EJA fundamental (-41,6%). Comparados os dados de 2009 com os dados de 31/12/2004(6), a rede direta de CEIs também encolheu quase 13%. Somente a rede conveniada cresceu, e batante: 77,3%. Esses dados indicam concretamente uma fuga do investimento da educação pública para o setor privado, ainda que filantrópico. Vemos um retrocesso histórico.
Não se trata de questão corporativa como quis alegar o Secretário à reportagem do Valor Econômico abaixo. Tratamos de princípios constitucionais. A educação de qualidade, enquanto direito, passa pelo dever do Estado, por profissionais capacitados, com salários dignos e planos de carreira. Não há como se garantir tais princípios utilizando-se a saída barata dos convênios. Paga-se pouco por crianças arriscadas a espaços mal estruturados, distribuídos e organizados. Pouca receita define uma situação na cidade de trabalhadores em creches conveniadas, sem o título de professor, ganhando em torno de R$ 800,00 para trabalhar 40 horas, sem horário de planejamento. Lembremos que Professores de Educação Infantil nos CEIs diretos possuem salário inicial de R$ 1.418,22 e final de R$ 3.424,93, e jornadas 30 horas semanais, das quais 5 são detinadas a planejamento, formação continuada e pesquisa. Fossem as entidades obrigadas a arcar com os mesmos custos com seus funcionários fechariam suas portas, exceto se o governo pagasse o necessário, o que tornaria o convênio uma saída não mais atraente para este. O governo também encontrou outras maneiras de reduzir a demanda pelo atendimento em creche:
Kassab e o milagre da multiplicação das vagas
Kassab expulsa crianças das creches para fingir que reduz déficit. Dano às crianças faz Ministério Público intervir
Creche é direito da criança e dever do Estado. Obviamente, é “inexequível” encerrar os convênios hoje, mas um plano é para isso: pensarmos como fazer. As metas para a próxima década estão postas pela sociedade representada na Conferência. Não podemos aceitar uma atitude de SME do tipo “agora não brinco mais”. Os 20 mil participantes que elegeram os 1500 delegados presentes na Conferência não podem ser tratados como palhaços. Pode ter certeza, Secretário: a sociedade também estará na Câmara, defendendo os seus interesses (dela, é claro).
Fontes/Artigos relacionados:1- POLÍTICAS DE ATENDIMENTO À INFÂNCIA NAS CRECHES MUNICIPAIS DE SÃO PAULO (1989 A 1992)
2 - A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL: AVANÇOS, RETROCESSOS E DESAFIOS DESSA MODALIDADE EDUCACIONAL
3- MOVIMENTOS COLETIVOS NO BRASIL URBANO
4 - [DOC] História da Educação Infantil
5 - GOVERNA MARTA SUPLICY 2001-2004
6 - As distorções do Estadão para defender os demo-tucanos
7 - A história das creches e o preconceito no magistério
8 - Número de crianças sem ensino infantil cresce em São Paulo
Creches conveniadas perto do fim em São Paulo?
Luciano Máximo, de São Paulo – VALOR
Professores, funcionários de escolas, familiares, sindicalistas e integrantes de movimentos sociais que vinham participando da construção do primeiro plano de educação da cidade de São Paulo aprovaram a expansão do número de creches da administração direta associada à limitação dos convênios entre prefeitura e organizações não governamentais (ONGs) para a administração das escolas municipais de educação infantil paulistanas.Depois de meses de debates acirrados, a decisão foi tomada no último dia da da Conferência Municipal de Educação, encerrada ontem, e vai constar do texto final do plano, assim como outras dezenas de propostas votadas que servirão como diretrizes para as políticas educacionais do município dos próximos dez anos. No momento, a comissão organizadora da conferência prepara o documento para, em 20 dias, encaminhá-lo à Câmara de Vereadores, onde será apreciado e convertido em lei.Além do fim progressivo das creches conveniadas, o plano municipal de educação também apresenta outras metas para o período 2011-2020, como a redução do número de alunos por sala de aula na rede pública, a não expansão do ensino médio municipal, revisão de aposentadorias de profissionais da educação infantil e uma série de medidas referentes à educação inclusiva.Com um problema histórico de oferta de vagas para crianças de 0 a 3 anos, de 2002 até hoje a prefeitura de São Paulo passou a apostar nos convênios com ONGs para ampliar o atendimento em creches. “O nome disso é terceirização, quando você paga para alguém fazer o que é sua responsabilidade”, comenta o diretor Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem), Floreal Botias Júnior.Segundo ele, o modelo foi apresentado como medida alternativa ainda no governo da ex-prefeita Marta Suplicy (PT). “Mas se transformou na principal política da atual administração, que deixou de investir num plano de construção de novas creches públicas, onde há profissionais mais bem pagos e preparados e um maior controle”, diz o sindicalista. O piso salarial do professor de creche da administração direta é de cerca de R$ 2 mil, enquanto o contracheque dos docentes das unidades conveniadas não supera os R$ 900.Atualmente, São Paulo conta com 338 creches da administração direta e mais de 1.000 unidades conveniadas. O déficit hoje está em 75 mil vagas. A prefeitura alega que não consegue encontrar terrenos para construir novas unidades. Em Guaianases, extremo da zona leste, foram abertas mais de 120 creches conveniadas em cinco anos e apenas três unidades diretas. Maria Angela Gianetti, diretora regional de educação, explica que o instrumento de parceria com organizações sociais é a forma mais eficiente para atender a demanda do setor. “Quando assumi, em 2005, havia 1.800 vagas. Com as conveniadas atendo hoje a 14 mil crianças. O processo é muito burocrático na administração direta”, conta Maria Angela, reforçando que há supervisão e acompanhamento pedagógico nas escolas conveniadas.O secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, disse ao Valor que vai combater a inclusão da limitação das creches conveniadas no plano municipal de educação. “É natural que os sindicatos tenham forte participação na elaboração do e aprovem medidas corporativas. Mas o fim dos convênios é uma ação inexequível e vai contra o próprio histórico da oferta de atendimento na cidade, e eu defenderei sua manutenção na Câmara”, afirmou Schneider.
MAS, OS PROFESSORES CONVENIADOS NÃO GANHA O MESMO QUE OS CONCURSADO, O GEITINHO BRASILEIRO JÁ ESTÁ MUNDANDO O CARGO DE PDI PARA ADI AUXILIAR DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL, E A PROFESSORA ESTUDA UMA FACULDADE DE TRES ANOS GASTA 12000,00 PARA SER AUXILIAR GANHANDO 810.00
ResponderExcluirEsse é a vantagem (para o governo) de manter educação terceirizada por convênios. Baixos salários, baixos investimentos implicando em redução de qualidade.
ResponderExcluirpara que um sindicato desse se ele não consegue resolver nada. olha a situação de coordenador ganhar menos que um professor , isso é uma vergonha para a educação que já esta defasada.
ResponderExcluirCreio que o trabalhador longe do sindicato só interessa aos patrões. O trabalhador tem de participar e cobrar as atuações da entidade e diretoria que sempre pode ser substituída nas eleições. Reclamar e se isolar somente não adianta.
ResponderExcluirGostaria de saber mais a respeito do minigrupo II, a quantidade de aluno por sala e de educador também. Obrigada
ResponderExcluirNo MG II serão 25 alunos, porém obedecendo o limite físico: a área coberta para atividades a sala deve ter no mínimo 1,2 m² por aluno. Ou seja, pelo menos 30 m². Cada 1,2 m² a menos reduz uma criança. Leia mais sobre a mudança em:
ResponderExcluirhttp://politikei.blogspot.com/2010/10/kassab-acomoda-demanda-com-superlotacao.html
Outras notícias no Portal Politikei:
http://politikei.blogspot.com
gostaria de saber porque as comveniadas de taboao da serra nao deu o aumento do piso salarial do professor formado em magisterio e pedagogia
ResponderExcluirNão acompanho o que acontece em Taboão da Serra. Se alguém tiver alguma novidade publique aqui.
ResponderExcluirquando iremos conseguir um salario justo trabalho em cei a a 5 anos .
ResponderExcluirTrabalho em uma CEI conveniada em sp Guaianases,e vejo muitas coisas erradas, gostaria que o TCU, fisesse um a auditoria em todas essas creches, e veriam que a maioria do material que esta em nota n tem na creche, isso é uma vergonha, dá até raiva, afinal é o nosso dinheiro, isso precisa acabar.
ResponderExcluirgostaria de saber se uma creche conveniada pode ter 106 criança, sem volante.
ResponderExcluirA creche conveniada ou não deve obedecer a portaria que estabelece o número de crianças por professor, conforme o ano de nascimento. Um professor não pode ter mais do que a portaria determina. Também o MEC estabelece que crianças em idade de creche devem ter área de 1,5 m² cada e as em idade de pré-escola, 1,2m². O número de crianças na sala não pode desrespeitar esse espaço mínimo que cada criança necessita. Assim, se a creche tem salas e professores suficientes para obedecer estas regras, tudo bem. A questão da volante, caso não haja deixando crianças sem professor, deve-se denunciar. A função de volante ou substituto existe justamente para cobrir imprevistos.
ResponderExcluirtrabalhei dez meses em uma cei conveniada na zl de sao paulo as crianças já comeram até sem mistura e quando pedi demissao por não concondar com certas coisas que vi foi para desvio de função tinha que limpar a creche sou formada no magistério e em pedagogia.ao receber meus direitos outra surpresa não pagaram minhas férias proporcionais alegando que eu não tinha direito.consultei uma advogada que disse que tenho sim resultado coloquei a creche no pau e aleguei tudo que vi de errado lá quero o que é meu me recuso a ficar alienada com o que fizeram comigo vou até as ultimas consequencias para conseguir o que é meu nem que eles tenham que perder o convenio para a pmsp que aliás fecham os olhos para a realidade tem supervisora que sabe o que acontece e finge que não vê.lógico elas tem o salário de supervidona nós as limpadoras de cocô que nos ferramos.
ResponderExcluirTrAbalho em uma CEI NA CIDADE TIRADENTES E LÁ EXISTEM COISAS ABSURDAS ASSIM COMO OUTARS QUE O PESSOAL ESTA CITANDO ACIMA, EU ACHO UMA VERGONHA SIMPLESMENTE É RIDICULO A MANEIRA QUE O PROFESSOR É TRATADO NÃO EXISTE RESPEITO PELO PROFESSOR NOS ESTUDAMOS 3 ANOS PARA TER UM DIPLOMA PARA EXERCER A FUNÃO DE PÉDAGOGO E NA VERDADE SOMOS PALHAÇOS A COISA ERRADA TA AI PARA TODO VEREM BASTA QUERER UM LUGAR ONDE AS CÇAS SÃO OBRIGADAS A FICAR TUMULTUADAS UMAS AS OUTARS É DIFICIL........
ResponderExcluirTabaoa da Serra dia 23 de Junho de 2011,Esta foi a unica maneira que eu encontrei para mostrar a minha indignaçao,eu trabalho em um pac da prefeitura de tabaoa da serra,o pac dona benta,que neste ano esta sendo administrado pelo sal da terra.Neste final de semana dia 25 de junho vai acontecer a festa junina,e eu preciso denunciar o que vai ocorrer lá ,a escola nao conseguiu arrrecadar prendas suficiente para fazer comidas para serem vendidas na festa,e o administratror do SAL DE TERRA nao ira repassar a verba que a prefeitura o enviou para colaborar com a festa.Como nao a verbas o PAC DONA BENTA ira usar comida que é destinada para limentar as crianças comerem durante a semana,ja é tao pouco pois para algumas turmas e dado um pouquinho de vitamina de banana com agua e açucar para o integral e para o parcial um pouquinho de suco com tres bolachinhas salgadas e nao pode repitir,na hora do almoço o arroz é cru porque nao deixam cozinhar direito,o leite parece ter mais agua do que leite,por favor alguem tem que ajudar essas crianças pois sao indefesas e nao podem fazer nada sozinhas e os pais deixam os seus filhos para trabalhar achando que vao estar bem cuidados,quando era a prefeitura administrando era otimo agora que entrou o SAL DA TERRA esta um horror,nem brindos pedagogicos as crianças tem,e alguns pais ja quizeram ajudar porque tem pena dos professores que tem que dar atividades feitas por eles mesmos porque o administrador do SAL DA TERRA nao permite tirar xerox disse que é muito caro.NOS AJUDE POR FAVOR
ResponderExcluirCR.P.CONV VILALVA S RUA PUQUIXA, 53 CR.P.CONV REINO DOS PEQUENINOS na Rua GRAPIRÁ, 246 tem a mesma presidente, onde ela trabalha com um esquema de professores a menos do que o exigido pela prefeitura, onde também faz declarações falsas de crianças que não frequentam mais a escola, para poder receber a verba integral e também a merenda que é desviada para os seus familiares, pois mãe e irmãs tem pensão,essa maquiagem toda é feita pela sua contadora, que abriu varias empresas para poder fornecer as notas fiscais necessárias cobrando 50% de materiais e brinquedos etc... No primeiro mês de administração do reino dos pequeninos a diretoria regional de educação Sao Miguel, pegou um desvio de aproximadamente 9 mil reais em NF falsas e pediu explicações da presidente, onde ela disse que tinha sido roubada pela diretora, uma tal de ana lucia que obviamente demitiu a mesma por justa causa, mas esta tal de ana lucia é a sua filha que apenas mudou o sobrenome, em uma falsificação grosseira e a propria regional fez vista grossa, até as autenticações de banco da maioria dos documentos que apresentam na prestação de contas é tudo forjado pela contadora com auxilio da direção de cada creche, espero que as autoridades competentes apurem não só as irregularidades dessa entidade mas tantas outras que também efetuam o mesmo tipo de fraude com o dinheiro do munícipe.
ResponderExcluirQue interessante!!! Essa denuncia eu postei no blog do professor Domingos, com o intuito de abrir os olhos do poder público. A Entidade Clube de Mães Monte das Oliveiras, com sede a Rua dos Continentes, 278 Vila Ré, Presidente Liliane Vilalva de Melo, esta sendo investigada somente agora, pois afirmo e repito, a entidade não tem 1 real de fundo provisionado, com certeza os funcionários serão prejudicados, pois não terá verbas para indenizações futuras. Todos os extratos bancários apresentados ate o momento é uma falsificação grosseira, feita com uma maquina de escrever elétrica e carimbo do gerente do banco mandado fazer em uma esquina qualquer da cidade de São Paulo.
ExcluirQuando solicitada para apresentar os últimos 3 extratos bancários, a presidente simplesmente encerrou a conta e abriu em outro banco, alegando problemas com banco anterior, assim ficando mais fácil a manobra para ludibriar a SME, pois usa a verba repassada para às 2 creches, em torno de 80.000,00, mais 33.000,00, emprestados a juros altos por agiotas, deixa em conta o montante da data do recebimento até a prestação de conta seguinte, obrigando funcionários assinar holerite sem receber. CEI Vilalva´s saldo provisionado 113.000,00 e Reino dos Pequeninos próximo dos 35.000,00.
Obriga empregado a trabalhar no restaurante "chaparrito", de sua propriedade que fica no mesmo endereço da sede, funcionário recebendo do INSS, mas consta em folha de pagamento, não são repassados para INSS, valores descontados em folha de pagamento, não tem volante e coordenadora pedagógica, ficou 40 dias sem diretora, pessoas não habilitadas, com diploma falsificado pela própria presidente, para poder ficar com parte do salário.
Não podemos fechar nossos olhos para essas atrocidades com o dinheiro publico, temos o dever de denunciar tudo que atente contra a moral e os bons costumes, não podemos nos calar.
Espero que a nova administração reveja todos os contratos não somente dessa entidades, mas de todas as outras, pois com certeza ira ter surpresas desagradáveis.
Os 2 CEIs REINO DOS PEQUENINOS E VILALVA´S, afastaram a 171 da presidente, mas a mesma fez a limpa nas 2 unidades, levando quase tudo e os brinquedos de grande porte que pertence a prefeitura e agora quem ira arcar com as indenizações trabalhistas? Pois tinha funcionários com 7 anos.
Excluirboa tarde ,trabalhei em creche conveniada em carapicuiba ''kolping sao lucas ''e' la eu vi muita coisa errada, salas super lotadas ,tinha na minha sala 35 crianças de 2 a 3 anos de idade ,e na sala so tinha eu [ADI e mais outra ADI]era muito estressante e cansativo ,pois nao tinha professora em sala ,vi muitas coisas errada inclusive tinha uma pessoa na administraçao que ra ela quem ditava as regras la ,pois a tao coodernadora so a via la no periodo da manha ,a tarde quem toma conta e' uma auxiliar pedagogica,entao tem muita coisa erradas em cheches convenia da deveria era acabar mesmo ou colocar pessoas responsaveis para tao cargo ,pois trabalhar com criança e' um dom uma dadiva de DEUS ,,
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ExcluirEstou retirando o comentário do dia 17 de fevereiro, de uma pessoa anônima que se identifica como pai de uma criança matriculada em um CEI conveniado de São Paulo. O comentário continha críticas e acusações contra a gestão da unidade. A pedido de uma representante da equipe de trabalho daquele CEI, após análise, decidi pela retirada do texto. Não identifiquei problemas no conteúdo da maior parte das críticas, pois também considero que creches públicas devem evitar situações em que a comunidade tenha que contribuir com dinheiro, especialmente quando criar situações desiguais entre as crianças, conforme a renda da família. Também entendo que se há o dinheiro público investido em um serviço, deve-se garantir sua qualidade de forma igualitária a todos os usuários. No entanto, não concordo com críticas anônimas, pois torna alvo da crítica, incapaz de defesa ou de diálogo. Imagino que tais questões locais devam ser alvo de discussões pela comunidade, pelos conselhos e em reuniões de pais, não de forma anônima, em blogs. Porém, o maior motivo da retirada do comentário foi o uso de termos que acusam em tom de denúncia, principalmente por serem originários de quem não se identifica. É política deste blog publicar somente comentários e opiniões que não sejam considerados ofensas, calúnias ou difamações. Pelos motivos apontados está excluída o comentário e as respectivas respostas de mais anônimos publicadas nos dias 02 e 04 de junho.
ExcluirTRABALHO EN UMA CRECHE conveniada em guaianases e e um inferno uma robalheira da dona da associacao nao a fiscalizacao ela humilha todos fucionarios dita regras o fogao e enferrujado a vasamento de gas a mesa enferrujada afamilia da presidente da associacao come todos os dias na creche nao a material para desenvolver as atividades das criancas as salas que as criancas ficam nao tem ventilacao e sao escuras todos os dias serve uma miseria de carne moida,e toda a familia da dona trabalha na creche e uma e uma vergonha o que acontece neste local,fora que la a ratos e barata ela nao manda detetisar para nao gastar creche conveiada so serve para encher o bolso das donas de associacao
ResponderExcluirpara mim estes ceis conveniados so serve como lavagem de dinheiro publico.
ResponderExcluireu trabalhei em varios e sai emdignada com a picaretagem, cheguei a receber mais de 40 alunos na emtrada, todos amuntuados em uma sala só.
a educação infantil no meu ponto de vista esta no fim.
isto é uma vregonha.
Facil falar sem identificação, em todas as ceis tem problemas, mas a diretora regional de educação não é nenhum poço de virtude, todos sabem o que ela faz, o que falta é alguém escancarar também o que ela faz por ai, inclusive quando abre essas creches sem condições alguma de funcionar, tem creche por ai em guaianases e região que qualquer pessoa vê que não tem condições de funcionamento, então porque a Sra. diretora autorizou funcionar? Fácil sair fechendo creches e deixando todo mundo na mão, dificl é evitar que isso aconteça, agora que vai se candidatar com certeza vai quer mostrar serviço.
ResponderExcluirNunca tive problema com meu filho la, ao contrario sempre fui bem recebida e meu filho sente saudade das tias. pra mim foi muito bom esse cei.
ResponderExcluirJu
como professora de cei conveniada,estou totalmente decepcionada,com tantas falcatruas,que são varridas para debaixo do tapete.Concerteza a prefeitura compartilha com tudo isso.Nós professores somos esquecidos e abandonados,recebemos miseros salários.Se eles apertassem mais as fiscalizações nada disso estaria acontecendo.Lá onde trabalho tem uma diretora que dita leis e regras,até a cadeira que sentamos para trocar as crianças ela que tirar,estamos vivendo o tempo da escravidão.temos que tirara as fraldas das crianças sem permissao dos pais.onde depois voltamos e limpamos a sujeira que as crianças fazem na sala, e ainda na janta as crianças estão comendo bolachas com leite, para economizar na mistura,sendo que a prefeitura manda verba para isso.E quando a fiscalização da prefeitura chega so ve a correria para esconder as falcatruas,será que nao tem um site onde posso reclamar,desabafar,denunciar esta cei?
ResponderExcluirOlá professores de creche conveniada terá manifestaçao no dia 28/06 as 14:00 hrs na rua borges lagoa 1.230 VILA CLEMENTINA PROXIMO AO METRO SANTA CRUZ para revindicar nosso recesso e outras pautas...será importante quem puder ir!!!
Excluirsobre o cei vilalvas oque diseram nossa to indiguinada como podem falar tantas coisas desse cei vilalvas meus filhos adoram esse cei e nunca tive ploblema la professores qualificados .na verdade sabemos que essa pessoa que postou td isso anda acusando esse cei sem provas e esta prejudicando milhares de maes que presisam levar seus filhos como eu para o cei e devido a denuncias sem provas fechou para averiquaçao. mas pelo que sei tao forçando um fechamento por tanta denuncias como essa citada acima sem provas procurem oque fazer e parem de prejudicar centenas de professores que precisam trabalhar como mae tambem preciso do cei vilalvas que faz um trabalho com dedicaçaõ desde ja .
ResponderExcluirOi sou uma nova contrata de uma CEI e estou apenas a duas semanas. O mais interessante é que já estou observando erros grosseiros de ADM.
ResponderExcluirNesta CEI trabalha a sobrinha da dona, a irmã da sobrinha e prima e mais parentes que eu não sei. Não sei como pode isso é uma injustiça tamanha!
A creche não tem materiais para execução das atividades. Existe uma grande falta de higiene. Os colchões onde os bebês dormem estão em condições de péssimo estado. Não tem banheiros suficientes para funcionários e crianças. Só tem 2 cubas para todos os bebês. Os babadores estão emporcalhados e não são lavados diariamente. è uma verdadeira podridão! Os bebês ficam o tempo todo no chão!
E tem rodizio. Este rodizio para bebês de 4 meses eu acho um pouco pesado. Pois crianças maiores ficam misturadas as maiores. Tem bebê de 4 meses misturado com bebê de 1 ano e 7 meses.
O professor fica com medo porque se o pau quebrar vai nas costas dos mais fracos.
A coordenadora parente da dona da creche escreveu assim..... alcoo....
Como é que é ser comandada por uma pessoa assim!
Que não sabe nem escrever!
Estou horrorizada com tantas coisas que li, principalmente com uma postagem de um anônimo que disse que no local em que trabalha falta alimentação adequada para as crianças, muitas vezes a grande ou minoria daquelas crianças só se alimentam ali. E por que não ser de qualidade?
ResponderExcluirTrabalho num CEI na Cidade Tiradentes e lá é muito legal.
E pessoal tomem cuidado na hora de escreverem, afinal somos professores.