O Mais Preparado dos Brasileiros, o futuro pres. Zezinho, é reconhecido como o mais inquebrantável lutador pela moralidade. Em sua cruzada pelos bons costumes, tem se batido para que o Brasil se converta em um país onde a moral fundamentalista cristã esteja acima de tudo. Não é à toa que corre no Vaticano o seu processo de beatificação in vita.
O Presidente de Nascença resolveu aproveitar a campanha eleitoral para fazer com que a viadagem seja extirpada de vez de nosso país.
Na busca deste sublime objetivo, o Bastião da Moralidade Nacional uniu-se à principal liderança anti-bicha do Brasil: o pastor $ilas Malacheia.
Juntos, o pastor Malacheia e o Mais Carola dos Brasileiros percorrem o país ensinando que a pederastia é obra do Demônio (no caso, o Diabo, mesmo, não o usurpador do planalto), que a coloca na cabeça de pessoas fracas ou vocacionadas ao pecado.
Além de oferecer-lhe o cargo de Ministro das Minorias, o Pres. Zezinho prometeu ao pastor Malacheia que vetará o projeto de lei PL 122, que proíbe a discriminação contra viados e assemelhados, permitindo que, além de discriminá-los publicamente, seja possível continuar chamando a bicharada de doente, possuído, pecador, anormal e outras verdades.
Além do veto ao PL 122, o Presidente de Nascença comprometeu-se com o pastor $ilas Malacheia a proibir todas as demonstrações de viadagem em lugares públicos: medo de barata, levantar o dedo mindinho ao segurar xícara, gola de camisa erguida, óculos de sol redondo, cabelo espetado, segurar sanduíche com guardanapo de papel, caipirinha com adoçante, ler a revista Men’s Health, drinques coloridos, cantarolar “I Will Survive”, usar camiseta agarradinha, sucos de frutas misturadas, sanduíche de queijo branco, depilação do peito, shows do Celebrare, correr no parque de sunguinha, passar creminho nas mãos, levar a mamãe e a vovó para jantar e ouvir o Justin Bieber.
Comentário da tia Carmela
Quando era criança, na classe do Zezinho tinha um menino que era meio assim… Era muito bonzinho, muito delicadinho, a mãe não deixava ele sair para brincar na rua, só andava com as meninas. Na hora do recreio, o Zezinho e os amiguinhos dele da turma do fundão faziam questão de ir provocar o moleque. Ficavam em volta dele fazendo corinho: “mariquinhas, mariquinhas!”. Um dia o menino ficou muito nervoso e foi pra cima do Zezinho, os dois começaram a brigar. O menino era menor que o Zezinho, mas de cara deu um tapa no rosto dele. O Zezinho começou a chorar e foi embora correndo. Os moleques que estavam com o Zezinho foram atrás dele fazendo corinho e rindo da cara dele. No dia seguinte, todo mundo ainda ria da cara do Zezinho. Só o Reinaldinho Cabeção que não tirou sarro, e falou pra ele: “puxa, Zezinho, você estava tão macho brigando com aquele viadinho…”
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