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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Cláudio Lembo e a tática do terror

Viomundo
25 de outubro de 2010 às 13:41

Segunda, 25 de outubro de 2010, 08h02

Violência virtual

Cláudio Lembo
De São Paulo

Em blog do Terra Magazine

Há um modismo na praça. Artificial. Utilizado, porém, por segmento específico do mercado eleitoral. Quando pessoas da classe média consolidada – a velha classe média – se encontram, um tema surge na conversa.

“Campanha violenta, não?” Estas pessoas não saem do interior de suas casas. Consomem, contudo, doses cavalares de emissões televisivas. Envolvem-se emocionalmente com acontecimentos isolados e de nenhuma significação.

São militantes verbais de um conflito que não existe. A atual campanha eleitoral desenvolve-se com normalidade surpreendente. Os candidatos se deslocam pelo imenso território nacional. São recebidos por seus correligionários, em número equivalente ao respectivo grau de simpatia.

Nas ruas, militantes ou contratados exibem bandeiras de seus partidos e candidatos, uns próximos dos outros, entre sorrisos e sadias provocações.

Nada que indique violência. Agressão ou desrespeito.

Na verdade, segmentos remanescentes dos velhos quadros conservadores – reacionários que levaram Vargas ao suicídio – utilizam-se da tática do terror verbal para anunciar anormalidades que não existem.

É louvável e salutar o comportamento dos eleitores, em todas as oportunidades. Portam-se com dignidade e recato cívico exemplares. Não usam insígnias ou quaisquer indicativos de opção partidária.

Reservam-se para registrar suas opções pessoas na urna eletrônica. Quem viveu outras épocas e outras situações, conheceu violência contra a militância política.

Nem sempre de natureza física, mas sempre presente a coação moral representada pelos órgãos de repressão de ditaduras. O temor das palavras proferidas e suas inevitáveis conseqüências: as perseguições de todas as espécies.

Agora, os candidatos expõem – se assim quiserem – o próprios pensamento ou de suas agremiações partidárias. Ninguém o repreende. Só o eleitorado poderá definir se recebeu bem a mensagem ou a rejeitou.

A onda de histeria, presente em diminutos setores, aponta para uma regressão ao passado, particularmente para os anos cinqüenta e sessenta, quando um ódio de minorias urbanas explodia contra políticos progressistas.

É ingênuo este posicionamento. A sociedade avançou e um eleitorado das dimensões do brasileiro se movimenta com rapidez e busca os candidatos correspondentes às suas necessidades e conquistas.

Sentir medo do novo é próprio do conservadorismo. Nada se mantém estático. Tudo evolui e a sociedade não é diferente. Avança e agrega sempre novos contingentes capazes de pensar e agir livremente.

Nesta campanha, em vários momentos, retornou-se ao passado. Os chamados setores “bem pensantes” foram em busca dos argumentos mais heterodoxos.

Nada abalou a tranqüilidade do eleitorado. A paz esteve presente em todos os movimentos eleitorais. Tudo correu com exemplar regularidade por toda a parte.

Onde, pois, o fundamento para infundados temores? A concepção de artifícios recorda outros tempos, quando cartas falsas derrubavam governos.

Na atualidade, as instituições funcionam com normalidade absoluta. Os encarregados de preservar a soberania agem com respeitabilidade exemplar.

Só alguns, portanto, portadores de velhos hábitos golpistas, agora em desuso pleno, mostram-se amedrontados. Encontrarem violência onde apenas existem episódios próprios de campanhas extensas no tempo.

Os candidatos estão esgotados e o eleitorado já massivamente decidido. Só resta aguardar o próximo domingo. Os agentes verbais de violências inexistentes devem – sem dureza – digitar o número de seu candidato.

O erro de escolha, sim, indicará uma violência contra os próximos quatro anos. O resto é ficção.

Cláudio Lembo é advogado e professor universitário. Foi vice-governador do Estado de São Paulo de 2003 a março de 2006, quando assumiu como governador.

GUERRA SUJA: TERRORISTAS DE SERRA ATACAM BLOGUEIROS

CLOACA NEWS:
DOMINGO, 24 DE OUTUBRO DE 2010

Na última semana antes do segundo turno das eleições que decidirão se o Brasil seguirá mudando para melhor ou rumará para o reino das trevas, os bandidos contratados por José Serrapara atuar nos subterrâneos da internet iniciaram uma nova esórdida ação contra a blogosfera. As primeiras vítimas são oViomundo, de Luiz Carlos Azenha, e o Escrevinhador, de Rodrigo Vianna.

Desde a noite deste sábado, 23, quem tenta acessar os blogs dos dois jornalistas é surpreendido pelo aviso macabro de que o site foi “denunciado como foco de ataques!” (imagem acima).

Em comunicado postado às 20:10h, Azenha explica que “a integridade do site está mantida, ele permanece no ar e não dissemina malware”. E completa: “Já temos indícios da origem do problema e quando a investigação for concluída pretendemos tomar as medidas legais cabíveis. Pedimos aos leitores que copiem e disseminem o conteúdo do Viomundo em outros blogs como medida de segurança.”

Em tempo: diante da tela ameaçadora, o titular deste Cloaca News está clicando na linha “Ignorar este alerta”, no canto inferior direito do aviso, e navegando tranquilamente. Não fomos contaminados, de maneira alguma.

 

No Viomundo (blog atacado)
23 de outubro de 2010 às 20:10

Bolinha na cabeça do Viomundo

Caros leitores, ontem passamos das 4 milhões de páginas vistas/mês.
Pelo jeito, tem gente que não gostou disso.
Leandro Guedes, Kauê Linden e uma turma de hackers estão trabalhando para esclarecer as denúncias de malware feitas contra o Viomundo.
A integridade do site está mantida, ele permanece no ar e não dissemina malware!
Contamos com todos para disseminar esta informação e para enfrentar os que querem evitar que você acesse o site.

Luiz Carlos Azenha

PS: Problema resolvido. O Google já foi informado e deve eliminar o alerta nas próximas horas. Para quem usa o Firefox, favor desconhecer o alerta ou, no Ferramentas, Opções, Segurança, desmarcar Bloquear Sites Avaliados como Focos de Ataques.

 

No Escrevinhador

Blog foi atacado - mas já funciona normalmente!

Escrevinhador avança, e incomoda!

publicada segunda-feira, 25/10/2010 às 10:56 e atualizada segunda-feira, 25/10/2010 às 10:46

Amigos internautas: voltava eu da padaria na noite de sábado, com meia dúzia de pãezinhos e 200 gramas de presunto para o lanche da família, quando em meu celular começaram a chegar as primeiras mensagens – “o seu site foi hackeado”, “o seu blog foi invadido”, “alerta, querem tirar do ar todos os blogueiros progressistas”.

De fato, durante várias horas (da noite de sábado até a tarde de domingo), quem acessava o blog pelo “Google”  - ou usando sistemas operacionais  como o Firefox – encontrava a mensagem singela: “esse blog pode conter ameaças…” Freud explica: esse blog, de forma quixotesca, realmente ameaça determinados interesses. Mas o aviso (plantado por algum cracker) tinha como objetivo apavorar os leitores. Não adiantou.

Queria registrar aqui duas coisas:

- a grande maioria dos leitores não se intimidou, ao contrário, escreveu-me para prestar solidariedade e avisou que continuaria entrando no blog – com ou sem aviso, com ou sem terrorismo;

- a audiência do Escrevinhador, em vez de cair, só cresceu, ultrapassando a marca das 30 mil visitas no dia (a maior audiência para um sábado, desde que o blog foi ao ar pela primeira vez, há dois anos).

Queria esclarecer que o problema já foi resolvido. Um arquivo do blog fora invadido, enviando ao “Google” a mensagem de que o Escrevinhador era um blog “perigoso”. A mesma técnica de invasão foi usada contra o blog do Azenha. Eliminamos o arquivo, mas o “Google” demorou algumas  horas para fazer nova varredura – e atestar que o blog não era mais uma “ameaça”.

Agradeço, imensamente,  o apoio dos leitores. Foram dezenas de comentários e emails. Li todos eles. Não pude responder a todos. Mas agradeço! Foi um apoio importante, tenham certeza. Não deixa de ser irônico: passei os últimos dias aqui alertando para os “riscos” na reta final da eleição. E eu mesmo acabei sendo atingido. 

Muita gente – no twitter e nos comentários – saiu a culpar determinada campanha e certo partido pelo ocorrido. Peço aos leitores muita calma. Quero crer que a campanha e o partido a que os leitores se referem devem estar muito preocupados com as últimas pesquisas; não perderiam tempo com um “blog sujo” como esse aqui.

Quero crer, ainda, que o ataque tenha sido ação isolada de alguém que não gosta muito doEscrevinhador e do VioMundo – o blog do Azenha.

Pelo visto, o tiro saiu pela culatra. Serviu como alerta para deixar, a todos, ainda mais atentos às baixarias que já vieram e ainda podem vir nessa última semana de eleição . E ajudou a elevar a audiência do Escrevinhador – que já se aproxima de 1 milhão de pageviews nos últimos 30 dias, segundo a última medição do “Google Analytics”.

A bolinha de papel não ajudou Serra. Mas a invasão dos blogs – apesar de ter causadado alguma dor de cabeça ao Leandro Guedes (que cuida de nossa área técnica) – ajudou a levantar a audiência do Escrevinhador. Não precisamos disso pra crescer. Mas, de toda forma, agradecemos aos inimigos.

domingo, 24 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

Caminhão com alimentos e propaganda de Serra é apreendido na ERS-135

Correio do Povo
21/10/2010 21:27 - Atualizado em 21/10/2010 22:33

Veículo foi interceptado pela Brigada Militar após denúncia ao Ministério Público Eleitoral

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Patrulheiros do Comando Rodoviário da Brigada Militar apreenderam, no final da tarde desta quinta-feira, um caminhão carregado com sacolas de alimentos e propagandas do candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra. O veículo, que foi utilizado na campanha de um candidato a deputado estadual pelo PSDB, foi interceptado junto ao Posto do Pedágio na ERS-135, entre Passo Fundo e Coxilha, devido a uma denúncia recebida pelo Ministério Público Eleitoral.
O promotor eleitoral Paulo Cirne recebeu a denúncia de que um caminhão estaria percorrendo a periferia de Coxilha, distribuindo alimentos. Segundo as informações repassadas ao promotor, junto com a sacola de alimentos, os beneficiados recebiam uma bandeira da campanha de José Serra. Paulo Cirne passou o alerta para o posto do Comando Rodoviário da BM com os patrulheiros interceptando o caminhão carregado ainda com várias sacolas de alimentos.
O motorista e um ajudante foram presos em flagrante por crime eleitoral e conduzidos para a Delegacia de Policia Federal em Passo Fundo. Até às 20h40min, eles continuavam sendo ouvidos na Polícia Federal.

A fraude da Globo

A Globo não se preocupa com sua pouca credibilidade. Assim como Serra, foi para o tudo ou nada. Com uma fraude grosseira, a ponto de desmascarada poucas horas depois pela internet, como o fez o Professor de Jornalismo Gráfico da Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação Superior Norte-RS (UFSM/CESNORS), campus de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil, José Antonio Meira da Rocha. No site de Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada, o professor publicou as imagens do celular exibidas pela Globo. Para facilitar a visualização, recortei de cada quadro a seção em que aparece Serra.

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imageO primeiro quadro mostra ao fundo de Serra a cabeça de uma pessoa, cujo reflexo forma um arco. Com o deslocamento essa pessoa é encoberta pela cabeça de Serra, mas o arco de reflexo sempre aparece parcialmente. Observe que Serra nos últimos quadros sai da sombra para o sol. No último quadro, a pessoa vista atrás de Serra aparece totalmente iluminada pelo sol e o arco desaparece. Não se observa nenhum objeto se aproximando ou se afastando em relação ao quadro utilizado pela Globo como prova de que Serra fora atingido por um rolo de fita crepe. O quadro que a Globo apresentou como prova foi o sexto da esquerda para a direita, onde as setas indicam o que para a Globo seria um objeto atingindo Serra.

imageO perito solicitado pela Globo, Ricardo Molina, não se deu ao trabalho de buscar imagens quadro a quadro. como fez o Prof. José Antônio. Aos 4 minutos e 20 segundos do vídeo que pode ser visto no G1, Molina apenas congela o quadro em questão e circula o que ele identifica como rolo de fita adesiva. Veja no primeiro quadro à direita que um círculo branco aparece bem mais definido que na imagem acima.

Para não ficar com dúvidas, busquei o vídeo original, publicado pela Folha.com as imagens captadas por Ítalo Nogueira. Aos 6 segundo do vídeo da Folha.com, a imagem não é tão contrastada como a de Molina o que sugere que ela foi trabalhada para evidenciar um objeto circular, enquanto no vídeo da Folha, parece mais uma imagem produzida por contrastes de claro e escuro da cabeça de Serra fundindo-se com as imagens do fundo, o que também ocorre na sequência apresentada no início.

imageAmpliei a área dos dois vídeos e o de Molina evidencia que a imagem do quadro foi tratada antes da entrevista para dar maior definição ao que eles querem provar.

 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Os crimes eleitorais de Serra e dos religiosos

Panfletos criminosos, igrejas usadas como comitê, robôs telefônicos. Agora é a vez da mídia.

A campanha de Serra e alguns religiosos permanecem cometendo crimes eleitorais e tendem ampliar suas ações. Serra até agora não foi punido mesmo após a apreensão dos panfletos criminosos na gráfica de tucanos. Nada aconteceu com os padres, que além da prática de crime eleitoral, desobedecem a hierarquia católica, desrespeitando as orientações da CNBB de não orientar o voto. Como denuncia o blog Os Amigos do Presidente Lula,Mesmo com o pedido de busca e apreensão dos panfletos impressos na Editora Gráfica Pana contra a candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT), as igrejas da diocese de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, estão apinhadas de materiais gráficos que fazem referência negativa à petista. A cidade de Guarulhos é a região episcopal presidida pelo bispo católico Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, que teria encomendado os 2 milhões de panfletos apreendidos no último domingo pela Polícia Federal na gráfica do bairro do Cambuci, em São Paulo.” As fotos de mais material feito por criminosos de batina flagradas pelo blog mantém a indagação: de onde vem o dinheiro para a impressão?

No centro da cidade de São Paulo, a Igreja de Santo Antônio, na Praça do Patriarca, também virou comitê eleitoral de José Serra como fotografado e exposto no Luis Nassif Online:

Diante da impunidade e do desespero, a quadrilha eleitoral armou mais um golpe contra o regime democrático. Não bastasse a central de boatos por e-mail, a campanha de Serra lançou o robô telefônico, que liga para a casa dos outros, sem se identificar, para espalhar mais boatos sobre Dilma. Leia no Viomundo a reportagem de Conceição Lemes e a entrevista com o advogado especialista em Direito Eleitoral para entender porque a campanha para beneficiar Serra comete dois crimes.
Com tudo isso, as mentira e os exageros grosseiros de Serra, têm produzido efeito contrário. No vale-tudo que se dará agora, com duas pesquisas na semana (Vox e Ibope) distanciando Serra de seu objetivo maior, a mídia golpista, amiga de Serra, já ampliou a campanha de desinformação, desfigurando as conclusões da PF e explorando a armação de um Serra, sempre vítima, um coitado, sempre atacado por petistas.
Essa eleição já entrou para a história. Depois dela, o Brasil não será mais o mesmo. Como a criança que perde a inocência no fim da puberdade. Aconteça o que acontecer, o país só terá futuro para os desejos da maioria da população, se assumirmos o compromisso de politizar os trabalhadores. 

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A quarta onda: a máscara de Serra cai

Trecho do texto de Ricardo Kotscho publicado pelo IG – colunistas/Balaio do Kotscho em 18/10/10

Em tempo 1:

Recebi, no fim de semana, mensagem de um velho amigo jornalista de Brasília, muito bem informado sobre os bastidores das campanhas presidenciais. A seu pedido, não o identifico, mas acho que vale a pena publicar seu texto, para conhecimento dos leitores, com uma visão do atual momento da disputa que diverge da análise feita por mim no post “Terceira onda favorece Serra”, publicado na semana passada.

“Camarada,
Como diria aquele finado jornalista, não li, mas me contaram.

Lembra quando a gente falava sobre a campanha da Dilma um ano atrás? O que dizíamos?

1) Vai ser uma eleição dura, muito provavelmente decidida no segundo turno.
2) As condições objetivas favorecem amplamente o governo: a economia, a ascensão social de milhões, a liderança do presidente Lula.
3) As condições subjetivas também: recuperação da auto-estima, as perspectivas de futuro, o respeito externo conquistado pelo Brasil e por Lula.
4) Diante disso, restará ao adversário tentar desconstruir e desqualificar a candidata. É a única chance que eles têm.
5) Sendo José Serra este adversário, todos os recursos escusos serão mobilizados, no mundo e no submundo da informação.
6) Será, por isso mesmo, uma eleição suja, muito suja, talvez mais suja que o segundo turno de 1989.

Lembrou direitinho? É exatamente o que está ocorrendo desde as últimas semanas do primeiro turno, com mais ênfase no início do segundo. O crescimento da Dilma entre dezembro e agosto, período em que ela passou de menos de 20% para cerca de 50% das intenções de voto, não foi uma onda.

Foi uma construção sustentada na progressiva identificação do nome de Dilma ao papel que ela desempenhou no governo Lula, aprovado por 80% dos brasileiros.

Para isso contribuíram a agenda social e regional da candidata, centenas de entrevistas a emissoras de rádio, tevês e jornais locais, os programas nacionais e regionais do PT, os momentos de visibilidade em torno do encontro e da convenção do PT, a agenda de debates e entrevistas em rede nacional, a costura das alianças políticas, a propaganda na televisão e no rádio, a partir de agosto, e o apoio entusiástico, generoso e qualificado do presidente Lula, o maior e melhor cabo eleitoral que um brasileiro poderia ter.

Esta construção foi o alvo de uma das mais sórdidas campanhas de desqualificação que eu vi nos meus 30 e poucos anos de jornalismo. Orquestrada e dirigida cientificamente por pessoas profundamente vocacionadas para esse tipo de objetivo. Você acompanhou o Lula nos anos mais difíceis e sabe melhor do que eu do que estamos falando. 

Mesmo assim, ela chegou ao primeiro turno com 47% das intenções de voto. Quando a eleição finalmente se transformou no que sempre imaginamos (mas ainda não tínhamos vivido, por causa da ilusão de vitória no primeiro turno), foi a Dilma, elazinha, quem botou ordem na confusão. Foi a participação corajosa da minha candidata no debate da Band que surpreendeu o adversário, reposicionou o debate nos limites da política e alertou o país para a gravidade da decisão que vamos tomar em 31 de outubro.

Vou resumir o que ela fez em quatro pontos:

1) Denunciou a campanha de ódio e as mentiras sórdidas que José Serra difunde, manipulando o preconceito e a religiosidade de setores da população;
2) Denunciou o plano dos tucanos de entregar o pré-sal às petroleiras estrangeiras, pelas mão de José Serra, o chefe das privatizações de FHC (você se lembrava que o Zé Leilão foi o presidente do Conselho Nacional de Desestatização?Pois ela nunca esqueceu).
3) Denunciou a hipocrisia de um candidato que promete e não cumpre, o que põe em risco a continuidade dos programas sociais do governo Lula.
4) De quebra, espetou na biografia do “homem sem escândalos” o caso Paulo Preto — e só assim a mídia amestrada passou a tratar do assunto.

O nome disso é liderança. Dilma ditou a estratégia que, na velocidade possível, vai orientando a campanha, animando a militância e engajando os muitos setores sociais que identificaram o risco que José Serra e sua campanha de ódio e divisão representam para o país e para a democracia.

Passadas duas semanas, Serra não conseguiu virar a eleição. A candidatura da Dilma não desmanchou na praia, como acontece com as ondas em São Sebastião.  

A eleição está mesmo dura, camarada, como nós esperávamos. A Dilma está fazendo a parte dela. Cada vez mais gente está fazendo sua parte.
Um abraço”.

Novo São Paulo entra na disputa | Balaio do Kotscho

Padre descreveu campanha em evento religioso como “profanação”; ouça o áudio

Viomundo – O que você não vê na mídia
19 de outubro de 2010 às 2:30

Do jornal O Povo, do Ceará:

Padre critica panfleto contra Dilma e Tasso reage

Durante a missa em homenagem a São Francisco, o padre que celebrava o ato religioso reclamou do tumulto causado pela presença de José Serra. Ao final, reclamou da distribuição de panfletos contra Dilma, provocando a revolta de Tasso Jereissati

16.10.2010| 22:04

A visita do presidenciável José Serra (PSDB) a Canindé, durante os festejos em homenagem a São Francisco, terminou em confusão entre o padre que celebrava a missa das 16 horas e tucanos. Entre eles, o senador Tasso Jereissati, que tentou tirar satisfações com o religioso – cujo nome não foi informado pela secretaria paroquial da Basílica – depois que ele, no fim da celebração, reclamou da distribuição de panfletos contra a também candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT).

O material apresentava três motivos para não votar na petista e, segundo o padre, estavam sendo distribuído durante a missa. Assinada pelo Instituto Vida de Responsabilidade Social, e apresentando dois números de CNPJ, ele afirmava, por exemplo, que Dilma é a favor do aborto, envolvida com as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que “nunca na história desse país houve tanta corrupção”.

Com um exemplar do material em mãos, já no fim da celebração, o padre reclamou: “Estão acusando a candidata do PT de várias coisas, afirmando em nome da Igreja. Não é verdade! Isso não é jeito de se fazer política! A Igreja não está autorizando isso”, bradou o padre, provocando os aplausos de fiéis e a revolta de Tasso, que partiu para cima do altar, sendo contido por uma assessora e pela esposa, Renata Jereissati. “O senhor não pode fazer isso”, repetia Tasso. Nesse momento, o padre sumiu do recinto, e não conseguiu mais ser localizado pela imprensa. Ao mesmo tempo, presentes gritavam os nomes tanto de Serra como de Dilma.

Enquanto isso, o candidato do PSDB ao Planalto agia como se nada estivesse acontecendo. Quando a confusão já estava generalizada, Serra continuava com o semblante tranquilo, sentado na primeira fileira do recinto, conversando e tirando fotografias com eleitores.

Pouco depois, saiu escoltado por seguranças e correligionários, sem dar entrevista.

Tasso, por sua vez, não ficou calado, e acusou o sacerdote. “O padre é petista. Tá ali com uma bandeira petista dentro da Igreja. São esses padres que têm causado problema na Igreja”.

Reclamações

Antes, ao longo da celebração, a missa já vinha tumultuada. Depois que Serra chegou e tomou assento, uma multidão de fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas o rodeou. O padre reagiu imediatamente. Ele lamentou que, “infelizmente”, nem todos tinham ido à missa com o mesmo objetivo: louvar São Francisco. “Não me refiro a A ou B, mas àqueles que estão conversando e tumultuando. A prioridade aqui é a palavra de Deus. Se você está aqui com outra intenção, assim como você entrou, pode sair”.

Em outro momento, nova reclamação: “Vocês não vieram aqui para ver os políticos. Vocês vieram aqui para ver quem? São Francisco”. Na comunhão, mais reclamações: “Estão atrapalhando com filmagens. Não é assim que se faz política, não. Estão atrapalhando a celebração do começo ao fim. Lamentavelmente isso é uma profanação”, disse.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/padre-descreveu-campanha-em-evento-religioso-como-profanacao-ouca-o-audio.html

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