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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Médico conta como foi trabalhar com o ministro José Serra

Conversa Afiada
Publicado em 28/10/2010

Ele diz qualquer coisa (charge do Bessinha)

O Conversa Afiada republica psot do Portal Luis Nassif:

MINHA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO COM O MINISTRO JOSÉ SERRA (Helvécio Bueno, Médico sanitarista)
Amigos,
Eis mais um caso daquele
que se diz “o melhor Ministro da Sáude” de nosso PAÍS.
Marco Nogueira

MINHA EXPERIÊNCIA DE TRABALHO COM O MINISTRO JOSÉ SERRA

Sou Helvécio Bueno, 57 anos, nascido em São Gotardo – MG, morei em Belo Horizonte de 1961 a 1971 e, desde 1972 moro em Brasília. Formei em medicina pela Universidade de Brasília – UnB, fiz especialização em saúde pública e administração de sistemas de saúde e sou mestre em saúde coletiv
Entrei para a Secretaria de Saúde do DF em 1982. Na SES-DF fui médico sanitarista do Centro de Saúde n° 4 de Taguatinga – CST4, depois da Coordenação de Saúde da Comunidade, em seguida Chefe do CST4 e vice diretor do Hospital Regional de Taguatinga – HRT.

Em 1985 fui convidado para trabalhar no Ministério da Saúde – MS como técnico do Grupo de Trabalho para a Erradicação da Poliomielite no Brasil – GT Pólio. Trabalhei no MS de 1985 a 1999. Foram quase 15 anos e nesse período convivi com os seguintes ministros da saúde:

1. Carlos Corrêa de Menezes Sant’anna 15 de março de 1985 13 de fevereiro de 1986 José Sarney

2. Roberto Figueira Santos 14 de fevereiro de 1986 23 de novembro de 1987

3. Luiz Carlos Borges da Silveira 23 de novembro de 1987 15 de janeiro de 1989

4. Seigo Tsuzuki 16 de janeiro de 1989 14 de março de 1990

5. Alceni Guerra 15 de março de 1990 23 de janeiro de 1992 F. Collor de Mello

6. José Goldemberg 24 de janeiro de 1992 12 de fevereiro de 1992

7. Adib Jatene 12 de fevereiro de 1992 2 de outubro de 1992

8. de outubro de 1992 29 de dezembro de 1992

8. Jamil Haddad 29 de dezembro de 1992 18 de agosto de 1993 Itamar Franco

9. Saulo Moreira 19 de agosto de 1993 30 de agosto de 1993

10. Henrique Santillo 30 de agosto de 1993 1 de janeiro de 1995

11. Adib Jatene 1 de janeiro de 1995 6 de novembro de 1996 FHC

12. José Carlos Seixas 6 de novembro de 1996 13 de dezembro de 1996

13. Carlos Albuquerque 13 de dezembro de 1996 31 de março de 1998

14. José Serra 31 de março de 1998 20 de fevereiro de 2002

Nesses anos tive a oportunidade de ser o Coordenador do GTPólio e acompanhar o último caso desta doença ocorrido no Brasil; a seguir, como 1º diretor do Departamento de Operações da Fundação Nacional de Saúde – DEOPE/FUNASA pude coordenar a criação do Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde – PNACS (depois mudado para PACS) e, do Programa Nacional de Parteiras Tradicionais – PNPT (descontinuado na gestão seguinte). Em 1991/1992 participei da reestrutração, por meio de empréstimos junto ao Banco Mundial, do Programa Nacional de Controle das DST/Aids – PN DST/Aids onde fui o 1° Chefe da Unidade de Controle das DST e posteriormente Chefe da Unidade de Assistência à Aids (o PN DST/Aids foi criado em 1985 na gestão do ministro Carlos Santana).

Em 1996 foi criada, no MS, a Secretaria de Políticas de Saúde da qual fui convidado para ser o 1º diretor do Departamento de Avaliação de Políticas de Saúde e depois, em 1998, diretor do Departamento de Informação em Saúde. Nesse período, participei da criação, em conjunto com a Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS e fui o 1° coordenador da secretaria técnica da Rede Interagencial de Informações para a Saúde – RIPSA e, junto com o DATASUS, da Rede Nacional de Informações em Saúde – RNIS.

Aí assumiu o MS o ministro José Serra.

Meu 1º contato com o então ministro José Serra ocorreu da seguinte maneira: eu estava participando de uma reunião com todo o 1º escalão do MS na sala de reunião, ao lado do gabinete do ministro, que não se encontrava. A reunião era conduzida pelo Chefe de Gabinete. Depois de uma hora e meia de reunião, no momento em que falava o Secretário de Políticas de Saúde, o ministro Serra entrou na sala, não cumprimentou ninguém, interrompendo o palestrante, sem pedir licença, perguntou ao Chefe de Gabinete o que ele, Serra, precisava saber do que já havia ocorrido naquela reunião. Pegou o Chefe de Gabinete pelo braço e levou-o para seu gabinete deixando seu 1° escalão e alguns convidados sem dirigir-lhes uma única palavra. Essa era a forma com que tratava seus subordinados, o sorriso só aparecia na presença da mídia.

Porém, o mais importante e demonstrativo de seu caráter, foi quando, após 1 ano de sua posse, o ministro Serra solicitou uma avaliação da situação de saúde do país e, quando apresentei, entre outros dados, o aumento da mortalidade infantil na região nordeste ele simplesmente disse: “esta informação não pode sair deste ministério”. Foi quando, em setembro de 1999, pedi demissão do cargo que ocupava no MS.

Além disso, o candidato Serra diz, em sua propagando política, que criou o Programa de Aids e o medicamento genérico. O programa de Aids foi criado pelo ministro Carlos Santana em 1985 e reestruturado, ganhando dimensão internacional, em 1992, na gestão do ministro Adib Jatene; já o genérico foi criado em abril de 1993 pelo ministro Jamil Haddad, durante o governo de Itamar Franco.

Destes 14 ministros, com os quais convivi, destaco pela relevância do trabalho em prol da saúde da população brasileira o ministro Adib Jatene, Henrique Santillo e Carlos Albuquerque.

Se trago este depoimento é unicamente pela preocupação com o destino da maior parte da população brasileira que necessita continuar a melhorar sua qualidade de vida, não só de sobrevivência, mas de cidadania. Toda minha vida profissional, como médico sanitarista, foi dedicada à saúde pública, mas nunca me filiei a nenhum partido político, pois isso me dá a independência necessária para criticar quem precisa e elogiar só quem merece.

Brasília – DF, 20 de outubro de 2010.

Helvécio Bueno

Clique aqui para ler “Não aceite imitações: Haddad e Itamar criaram os genéricos”.
E aqui para ler “Jatene: Serra foi o inimigo #1 da Saúde”.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Bala de prata poderá ser violência de tucanos para culpar PT

Conversa Afiada
Publicado em 25/10/2010

Chaui: ‘tucanos articulam violência para culpar PT’


Chaui: a provocação seria no comício do Serra em São Paulo

O Conversa Afiada reproduz texto do site Rede Brasil Atual:

Chaui: ‘tucanos articulam violência para culpar PT’
Por: Suzana Vier, Rede Brasil Atual
Publicado em 25/10/2010, 20:10
Última atualização às 20:50
São Paulo – A filósofa Marilena Chaui denunciou nesta segunda-feira (25) uma possível articulação para tentar relacionar o PT e a candidatura de Dilma Rousseff à violência. De acordo com ela, alguns partidários discutiram no final de semana uma tática para usar a força durante o comício que o candidato José Serra (PSDB) fará no dia 29.
Segundo Chaui, pessoas com camisetas do PT entrariam no comício e começariam uma confusão. As cenas seriam usadas sem que a campanha petista pudesse responder a tempo hábil. “Dia 29, nós vamos acertar tudo, está tudo programado”, disse a filósofa sobre a conversa. Para exemplificar o caso, ela disse que se trata de um novo caso Abílio Diniz. Em 1989, o sequestro do empresário foi usado para culpar o PT e o desmentido só ocorreu após a eleição de Fernando Collor de Melo.
A denúncia foi feita  durante encontro de intelectuais e pessoas ligadas à Cultura, estudantes e professores universitários e políticos, na USP, em São Paulo.  “Não vai dar tempo de explicar que não fomos nós. Por isso, espalhem.”
Ela também criticou a campanha de Serra nestas eleições. “A campanha tucana passou do deboche para a obscenidade e recrutou o que há de mais reacionário, tanto na direita quanto nas religiões.”

Viomundo
25 de outubro de 2010 às 21:23

A denúncia do leitor Fernando

Sou morador de São Paulo do bairro Santa Cecília, que fica próximo a avenida São João, e ontem ouvi duas pessoas em um bar que fui nesta avenida, falando baixinho ( até certo ponto ), sobre a armação que tá sendo criada para o dia 29 de outubro.
Segundo estas pessoas um número x de camisas foi mandada ser feita com a insignia do PT, a estrelinha, e muitas pessoas vão estar na passeata que FHC promove neste dia, o 29 de outubro, criando um badernaço sem igual e que terá grande mídia cobrindo, com estas camisas sempre aparecendo.
Falavam as duas pessoas que toda a grande mídia já sabe deste fato, e que isso quer fazer as pessoas pelo JN dar cobertura, e outras mídias também, de isso fazer o voto mudar, por sentimentalismo das imagens demonstradas, como eles falavam, de total vandalismo no centro de São Paulo, por parte de petistas. Serão apresentadas muitas pessoas ensanguentadas.
Escrevi para o Blog do Altamiro Borges, e estou escrevendo para quem pode fazer alguma coisa, no sentido de nos reunirmos e fazermos uma vigilia pública em local também público de São Paulo, por que o PSDB vai querer colocar fogo nas eleições, desacreditando a Dilma. Desacreditando no PT.
E preciso que alguém me ajude nisso.
Temos que colocar um local no centro de São Paulo, permanentemente visivel para todos, para que possamos fazer o que precisa ser feito, nesta reta final de eleições. escrevi para o Altamiro Borges no sentido do mesmo fazer um novo encontro pela liberdade de expressão, e em local público para que isso possa ser contido.
Não podemos dar bobeira alguma.
Eu ouvi estas pessoas conversando no bar e fiquei bastante preocupado, por causa de como elas tratavam disso, e pareciam saber demais para não ser verdade o que falavam.
Meu cel é: (11) 8606 XXXX
Me chamo Fernando e estou a disposição.

Abraços

PS do Viomundo: O Rodrigo Vianna atestou que o leitor Fernando existe e ele confirmou a denúncia por telefone

Polícia apreende panfletos contra Dilma em São Paulo

25/10/2010 - 20h16

Folha.com

DE SÃO PAULO

A Polícia Civil de São Paulo aprendeu na tarde desta segunda-feira folhetos que associam a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, a práticas terroristas durante a ditadura militar.

Segundo o PT de São Paulo, o material estava sendo distribuído em Perus (zona norte de SP) por cerca de 30 pessoas com camisetas, adesivos e bandeiras da campanha de José Serra (PSDB).

A polícia foi ao local a pedido de um dirigente petista.

O 46º Distrito Policial informa que foi registrado um TCO (Termo Circunstancial de Ocorrência).

O material foi apreendido porque não havia identificação como exige a legislação eleitoral e por ser ofensivo.

Cerca de 10 pessoas são ouvidas na delegacia.

IstoÉ: A hipocrisia do aborto (ouça o áudio de Sheila)

23 de outubro de 2010 às 15:27

A hipocrisia do aborto

da Isto É de 22.10.2010

Teoria e prática de Mônica Serra

Nesta campanha, o casal Mônica e José Serra rompeu a fronteira entre o público e o privado ao dar conotação eleitoreira ao tema do aborto. Quando retirou o procedimento da categoria de saúde pública ou de foro íntimo, o casal abriu um flanco na própria privacidade. Serra vinha condenando de forma sistemática a descriminalização ao aborto. Mônica, por sua vez, havia sido ainda mais incisiva, intrometendo-se no assunto durante uma carreata com o marido em Duque de Caxias (RJ): “Ela (Dilma) é a favor de matar as criancinhas”, disse a um ambulante que apoiava a candidata do PT. Não demorou para que o relato de um aborto feito por Mônica quando Serra vivia exilado no Chile virasse assunto público. O caso foi trazido à tona pela bailarina e coreógrafa Sheila Canevacci Ribeiro, 38 anos, ex-aluna de Mônica no curso de dança da Universidade de Campinas.

Ao lado do marido, o antropólogo italiano Massimo Canevacci, Sheila assistia em sua casa a um debate entre os presidenciáveis quando Dilma Rousseff questionou Serra sobre ataques feito por Mônica. Surpreendida, Sheila se lembrou em detalhes de uma aula de psicologia ministrada em 1992 por Mônica para a sua turma na Unicamp. Ao discorrer sobre como os traumas da vida alteram os movimentos do corpo e se refletem no cotidiano, Mônica contara ao pequeno grupo de alunas do curso de dança que ficara marcada por um aborto que precisou fazer na época da ditadura, devido às condições políticas adversas em que vivia. “Fiquei assustada com o duplo discurso de minha professora”, afirma Sheila, que na manhã seguinte colocou uma reflexão sobre o assunto em sua página na rede social Facebook.

A coreógrafa acreditava estar compartilhando a experiência com um grupo de amigos, mas o texto se espalhou, ganhou as páginas dos jornais e até uma nota oficial da campanha de Serra negando o aborto. Já Mônica e Serra não fizeram qualquer desmentido sobre o caso. Na sequência, Sheila recebeu milhares de apoios, mas também críticas, incluindo a de ter traído sua antiga professora. “Foi ela quem traiu minha confiança como aluna e mulher”, diz a coreógrafa. “Ela não é a mulher do padeiro, do dentista. Ela é a mulher de um candidato a presidente da República. O que ela fala e faz conta”.

As atitudes das personalidades públicas contam tanto que chegam a provocar temor. Colega de classe de Sheila, a professora de dança C.N.X., 36 anos, também se lembra do depoimento de Mônica na universidade, mas pede para não ser identificada. Recém-aprovada em concurso de uma instituição federal, ela acredita que, se eleito presidente, Serra pode prejudicar sua carreira. Quanto à aula de 1992, C.N.X. conta que o grupo de alunas não chegava a dez e estava sentado em círculo quando Mônica comentou que um dos fatores que tinham alterado sua “corporalidade” foi a vivência na ditadura e a necessidade de fazer o aborto. “Ela queria ter o filho, não queria ter tirado”, diz a professora de dança. “E eu fiquei muito chocada com o depoimento, pois na época era muito bobinha”, completa C.N.X., que passara no vestibular com apenas 16 anos e pela primeira vez vivia longe da família.

Na opinião da professora de dança, nada impede que, de 1992 para cá, Mônica tenha mudado de ideia: “Mas ela não pode ser hipócrita. Sabe que o aborto é uma experiência traumática”. Trata-se também de um tabu no País, embora 5,3 milhões de brasileiras entre 18 e 39 anos tenham feito pelo menos um aborto, de acordo com o Ministério da Saúde. Mais da metade das brasileiras que se submete ao procedimento acaba internada devido a complicações da intervenção. Como se não bastasse, pode ser condenada a pena de um a três anos de detenção, como prevê o Código Penal de 1940, exceto para os casos de estupro ou de risco de morte da mãe. A mudança dessa lei — ISTOÉ defende a descriminalização do aborto — pode ser o primeiro passo para acabar com a hipocrisia e transformar a interrupção da gravidez em uma questão de saúde pública e de foro íntimo.

PS do Viomundo: Ouça abaixo trecho do áudio da entrevista de Sheila Ribeiro a Conceição Lemes, cuja íntegra em texto está aqui.

Ouça o áudio no Viomundo

Às favas a verdade factual

Nunca na história eleitoral brasileira a mídia nativa mostrou tamanho pendor para a ficção.

Por Mino Carta.
Foto: reprodução

Nunca na história eleitoral brasileira a mídia nativa mostrou tamanho pendor para a ficção

Há quatro meses CartaCapital publicou a verdade factual a respeito do caso da quebra do sigilo fiscal de personalidades tucanas. Está claro que a chamada grande imprensa não quer a verdade factual, prefere a ficcional, sem contar que em hipótese alguma repercutiria informações veiculadas por esta publicação. Nem mesmo se revelássemos, e provássemos, que o papa saiu com Gisele Bündchen.

Furtei a expressão verdade factual de um ensaio de Hannah Arendt, lido nos tempos da censura brava na Veja que eu dirigia. Ela é o que não se discute. Diferencia-se, portanto, das verdades carregadas aos magotes por cada qual. Correspondem às visões que temos da vida e do mundo, às convicções e às crenças. Às vezes, às esperanças, às emoções, ao bom e ao mau humor.

Por exemplo: eu me chamo Mino e neste momento batuco na minha Olivetti. Esta é a verdade factual. Quatro meses depois da reportagem de CartaCapital sobre o célebre caso, a Polícia Federal desvenda o fruto das suas investigações. Coincide com as nossas informações. O sigilo não foi quebrado pela turma da Dilma, e sim por um repórter de O Estado de Minas, acionado porque o deputado Marcelo Itagiba estaria levantando informações contra Aécio Neves.

Nesta edição, voltamos a expor, com maiores detalhes, a verdade factual. E a mídia nativa? Desfralda impavidamente a verdade ficcional. Conta aquilo que gostaria que fosse e não é. Descreve, entre o ridículo e o delírio, uma realidade inexistente, porque nela Dilma leva a pior, como se a própria candidata petista fosse personagem de ficção. Estamos diante de um faz de conta romanesco, capaz talvez de enganar prezados leitores bem-postos na vida, tomados por medos grotescos e frequentemente movidos a ódio de classe.

Ao sabor do entrecho literário, pretende-se a todo custo que o repórter Amaury Ribeiro Jr. tenha trabalhado a mando de Dilma. Desde a quarta 20, a Folha de S.Paulo partiu para a denúncia com uma manchete de primeira página digna do anúncio da guerra atômica. Ao longo do dia, via UOL, teve de retocá-la até engatar a marcha à ré.

Deu-se que a Polícia Federal entrasse em cena para confirmar com absoluta precisão os dados do inquérito e para excluir a ligação entre o repórter e a campanha petista.

Edição 619O recorde em matéria de brutal entrega à veia ficcional cabe, de todo modo, à manchete de primeira página de O Globo de quinta 21, obra-prima de fantasia ou de hipocrisia, de imaginação desvairada ou de desfaçatez. Não custa muito esforço constatar que o jornal da família Marinho acusa a PF de trabalhar a favor de Dilma, com o pronto, inescapável endosso do Estadão. Texto da primeira página soletra que, segundo “investigação da PF, partiu da campanha de Dilma Rousseff a iniciativa de contratar o jornalista”. Aqui a acusação se agrava: de acordo com o jornalão, o diretor da PF, Luiz Fernando Corrêa, a quem coube apresentar à mídia os resultados do inquérito, é mentiroso.

Seria este jornalismo? Não hesito em afirmar que nunca, na história das eleições brasileiras pós-guerra, a mídia nativa permitiu-se trair a verdade factual de forma tão clamorosa. Tão tragicômica. Com destaque, na área da comicidade, para a bolinha de papel que atingiu a calva de José Serra.

A fidelidade canina à verdade factual é, a meu ver, o primeiro requisito da prática do jornalismo honesto. Escrevia Hannah Arendt: “Não há esperança de sobrevivência humana sem homens dispostos a dizer o que acontece, e que acontece porque é”. Este final, “porque é”, há de ser entendido como o registro indelével, gravado para sempre na teia misteriosa do tempo. A verdade factual é.

Dulcis in fundo: na festa da premiação das Empresas Mais Admiradas no Brasil, noite de segunda 18, o presidente Lula contou os dias que o separam da hora de abandonar o cargo e deixou a plateia de prontidão para as palavras e o tom do seu tempo livre pós-Presidência. Não mais “comedido”, como convém ao primeiro mandatário. E palavras e tom vai usá-los em CartaCapital. Apresento o novo, futuro colunista: Luiz Inácio Lula da Silva.

Por enquanto, ao presidente e à sua candidata não faltou na festa o apoio de dois qualificadíssimos representantes do empresariado. Roberto Setubal falou em nome dos seus pares. Abilio Diniz, de certa forma a representar também os consumidores, em levas crescentes na qualidade de novos incluídos.

A mídia nativa não deu eco, obviamente, a estes pronunciamentos muito significativos.

sábado, 23 de outubro de 2010

O grande debate político eleitoral e o patético Serra

Do Sátiro-Hupper
Debate Político Nacional


(...)

"A campanha eleitoral de 2010 está seguindo um roteiro escrito e planejado por algum discípulo (bêbado e chapado) do surrealismo. Só pode ser isso. Mas, frise-se, com um texto horroroso, sem imaginação, e com atores principais absolutamente canastrões, haja vista, o desempenho de José Serra passando a mão no lado errado do próprio crânio, depois de - segundo ele - levar a pancada de um "objeto de dois quilos" (ele "sabia" o peso, mas não reconheceu o objeto).

Por mais consciência que tivéssemos acerca da capacidade ficcional e inventividade maldosa da direita brasileira, jamais se iria supor que o eixo central do debate político proposto por eles fosse a bolinha de papel e o cilindro de durex. Ou seja, baniram a política e, neste vazio, entronizaram a bolinha de papel, agora como símbolo do papelão na política, da bancarrota eleitoral (mesmo com a invenção de Marina como linha auxiliar deles), e da completa ausência do senso de civilidade e civismo."

(...)
NOTA: trecho de texto de Cristóvão Feil (lê-se Diário Gauche) surrupiado por Hupper

Serra Rojas e a Rede Globo

Serra e as bolinhas do Kamel

publicada sexta-feira, 22/10/2010 às 09:10 e atualizada sexta-feira, 22/10/2010 às 10:37

por Mauro Carrara

Nas ruas, nas praças, nas construções: a Rede Globo de Televisão causa estarrecimento, repulsa e vergonha alheia.

Nesta eleição presidencial, seguindo o exemplo dos jornais Folha de S. Paulo e Estadão, bem como dos veículos midiáticos da editora Abril, a empresa da família Marinho transformou sua programação em complemento desesperado e mal disfarçado da propaganda de José Chirico Serra e do PSDB.

Ao perceber o crescimento de Dilma Rousseff na preferência do eleitorado, o comando tucano resolveu tentar soluções “heterodoxas”, isto é, gerar fato novo que desviasse a atenção das vulnerabilidades da campanha serrista, como o caso Paulo Preto e a entrega anunciada de Itaipu, Banco do Brasil e Petrobrás a piratas de agência de pilhagem como a Warburg Pincus.

1) Obviamente, a encenação foi realizada no Rio de Janeiro, com o apoio tático e logístico de Cesar Maia, especialista na criação de factoides dessa natureza. Em 2007, apresentei na rede inúmeros testemunhos de que o ex-prefeito do Rio havia tramado o episódio das vaias a Lula na abertura do Pan.

2) Qualquer analista político sabe que Serra nada tinha que fazer no calçadão de Campo Grande, exceto atrair a ira de setores da população abandonados e humilhados durante o governo de FHC.

3) O caso dos “mosquiteiros” é motivo de revolta até hoje no Rio de Janeiro, onde Mr. Burns é também conhecido como Mr. Dengue.

4) Todos os jornalistas presentes ao local perceberam uma quantidade excessiva de seguranças contratados pela máquina tucana. Agiram, desde o início de forma ostensiva, violenta e provocativa.

5) O ridículo episódio da bolinha de papel, cristalinamente gravado pelas câmeras do SBT, atesta que o suposto agressor não tinha interesse em ferir o candidato. Interessante que nenhum dos dezenas de seguranças do PSDB o tenha capturado.

6) Boa parte dos jornalistas presentes, inclusive aqueles do próprio SBT, sustentam que Serra não foi alvejado uma segunda vez.

7) Tanto a bolinha de papel quanto o objeto transparente (e invisível) criado pelo consórcio Folha-Globo para enganar o eleitor teriam colidido com uma região da cabeça diferente daquela que Serra aponta em seu teatro de coitadismo bufo.

8) Ainda que tivesse existido um segundo objeto, não é possível acreditar que tivesse dois quilos ou mesmo meio quilo, conforme divulgou o comando da campanha tucana da Globo e da Folha de S. Paulo.

9) Ainda que um suposto rolinho de fita adesiva tenha resvalado em Serra, o brasileiro mais inteligente pergunta: onde está o hematoma na cabeça do candidato? Sumiu de um dia para o outro? Justificaria uma tomografia?

O suposto atentado a Serra-Rojas constituiu-se na peça mais patética da campanha midiática. E expôs também todo o desespero e a desonestidade que marcam a participação de Folha de S. Paulo e Globo na eleição presidencial.

Tentam, tentam e tentam fazer o cidadão de otário. Procuram zombar de sua inteligência e bom senso.

Mais estarrecedora, no entanto, é a passividade TSE, completamente cego aos atentados eleitorais cometidos pelo grupo Globo-Abril-Folha-Estado.

Ali Kamel, o cérebro destrutivo que coordena William Bonner e Fátima Bernardes, tenta suas últimas cartadas.

Ele tem outras bolinhas nas mãos, estas ocas e vermelhas. Tenta colá-las no seu nariz.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Após ser atigido por bolinha de papel, Serra passa bem

Durante sua passagem pelo RJ, Serra sofreu um terrível ataque de petistas selvagens que enfurecidos lhe arremessaram uma bolinha de papel. O SBT gravou as imagens do momento do bestial ataque que você pode acompanhar abaixo. Mas, atenção, são cenas fortes.


vídeo obtido no blog do Nassif

Atordoado pelo golpe, Serra levou mais de 20 minutos para perceber. Mas somente notou a gravidade do incidente após ser alertado ao celular por membros de sua campanha. Imediatamente sentiu os efeitos da concussão provocada pela bolinha de papel petista, o que exigiu que o candidato passasse por uma tomografia. Conforme editou a Rede Globo, o médico e perito da equipe do CSI RJ que atendeu José Serra, identificou que a bolinha de papel era, na verdade, um rolo de adesivos.


vídeo obtido no blog da Dilma

As imagens do SBT que mostram a bolinha de papel serão comparadas por um equipe de peritos com as marcas deixadas na região occiptoparietal de José Serra e que foram preservadas em gesso. Mas Serra passa bem, apenas lhe foi recomendado descanso, procedimento médico comum adotado para caso de vítimas de bolinhas de papel.
A equipe que elabora o programa para a televisão e o marketing da campanha também dispensou Serra de seus compromissos, entendendo que ele já havia trabalhado demais. Os tucanos avaliam os procedimentos que adotarão doravante. A primeira iniciativa foi encaminhar as evidências para a Revista Veja que acompanhou o episódio e já preparava a edição do fim de semana.

Temendo uma ação judicial, o comando petista já recorreu para sua defesa ao Especialista em Direito, o Promotor de Justiça que no caso do Goleiro chileno Roberto Rojas, atuou pela acusação. Na partida de 1989, contra o Brasil, quando perdia por 1 X 0, um sinalizador foi arremessado pela torcida caindo na grama a 2 metros de distância do goleiro. De alguma forma objeto o feriu, e o fez cair à distancia e alguns segundos depois. Foi acusado de utilizar um lâmina para cortar o próprio rosto e forjar o acidente. As imagens confirmaram.

Fontes:
Capa da Veja – autoria:  Emerson Medeiros – exibida no Blog do Miro
Imagem de Rojas – obtida e inspirada pelo Cloaca News

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A quarta onda: a máscara de Serra cai

Trecho do texto de Ricardo Kotscho publicado pelo IG – colunistas/Balaio do Kotscho em 18/10/10

Em tempo 1:

Recebi, no fim de semana, mensagem de um velho amigo jornalista de Brasília, muito bem informado sobre os bastidores das campanhas presidenciais. A seu pedido, não o identifico, mas acho que vale a pena publicar seu texto, para conhecimento dos leitores, com uma visão do atual momento da disputa que diverge da análise feita por mim no post “Terceira onda favorece Serra”, publicado na semana passada.

“Camarada,
Como diria aquele finado jornalista, não li, mas me contaram.

Lembra quando a gente falava sobre a campanha da Dilma um ano atrás? O que dizíamos?

1) Vai ser uma eleição dura, muito provavelmente decidida no segundo turno.
2) As condições objetivas favorecem amplamente o governo: a economia, a ascensão social de milhões, a liderança do presidente Lula.
3) As condições subjetivas também: recuperação da auto-estima, as perspectivas de futuro, o respeito externo conquistado pelo Brasil e por Lula.
4) Diante disso, restará ao adversário tentar desconstruir e desqualificar a candidata. É a única chance que eles têm.
5) Sendo José Serra este adversário, todos os recursos escusos serão mobilizados, no mundo e no submundo da informação.
6) Será, por isso mesmo, uma eleição suja, muito suja, talvez mais suja que o segundo turno de 1989.

Lembrou direitinho? É exatamente o que está ocorrendo desde as últimas semanas do primeiro turno, com mais ênfase no início do segundo. O crescimento da Dilma entre dezembro e agosto, período em que ela passou de menos de 20% para cerca de 50% das intenções de voto, não foi uma onda.

Foi uma construção sustentada na progressiva identificação do nome de Dilma ao papel que ela desempenhou no governo Lula, aprovado por 80% dos brasileiros.

Para isso contribuíram a agenda social e regional da candidata, centenas de entrevistas a emissoras de rádio, tevês e jornais locais, os programas nacionais e regionais do PT, os momentos de visibilidade em torno do encontro e da convenção do PT, a agenda de debates e entrevistas em rede nacional, a costura das alianças políticas, a propaganda na televisão e no rádio, a partir de agosto, e o apoio entusiástico, generoso e qualificado do presidente Lula, o maior e melhor cabo eleitoral que um brasileiro poderia ter.

Esta construção foi o alvo de uma das mais sórdidas campanhas de desqualificação que eu vi nos meus 30 e poucos anos de jornalismo. Orquestrada e dirigida cientificamente por pessoas profundamente vocacionadas para esse tipo de objetivo. Você acompanhou o Lula nos anos mais difíceis e sabe melhor do que eu do que estamos falando. 

Mesmo assim, ela chegou ao primeiro turno com 47% das intenções de voto. Quando a eleição finalmente se transformou no que sempre imaginamos (mas ainda não tínhamos vivido, por causa da ilusão de vitória no primeiro turno), foi a Dilma, elazinha, quem botou ordem na confusão. Foi a participação corajosa da minha candidata no debate da Band que surpreendeu o adversário, reposicionou o debate nos limites da política e alertou o país para a gravidade da decisão que vamos tomar em 31 de outubro.

Vou resumir o que ela fez em quatro pontos:

1) Denunciou a campanha de ódio e as mentiras sórdidas que José Serra difunde, manipulando o preconceito e a religiosidade de setores da população;
2) Denunciou o plano dos tucanos de entregar o pré-sal às petroleiras estrangeiras, pelas mão de José Serra, o chefe das privatizações de FHC (você se lembrava que o Zé Leilão foi o presidente do Conselho Nacional de Desestatização?Pois ela nunca esqueceu).
3) Denunciou a hipocrisia de um candidato que promete e não cumpre, o que põe em risco a continuidade dos programas sociais do governo Lula.
4) De quebra, espetou na biografia do “homem sem escândalos” o caso Paulo Preto — e só assim a mídia amestrada passou a tratar do assunto.

O nome disso é liderança. Dilma ditou a estratégia que, na velocidade possível, vai orientando a campanha, animando a militância e engajando os muitos setores sociais que identificaram o risco que José Serra e sua campanha de ódio e divisão representam para o país e para a democracia.

Passadas duas semanas, Serra não conseguiu virar a eleição. A candidatura da Dilma não desmanchou na praia, como acontece com as ondas em São Sebastião.  

A eleição está mesmo dura, camarada, como nós esperávamos. A Dilma está fazendo a parte dela. Cada vez mais gente está fazendo sua parte.
Um abraço”.

Novo São Paulo entra na disputa | Balaio do Kotscho

O PSDB, o monarquista, a ala conservadora da igreja e os panfletos

Viomundo - O que você não vê na mídia
19 de outubro de 2010 às 0:29

O PSDB, o monarquista, a ala conservadora da igreja e os panfletos | Viomundo - O que você não vê na mídia

Padre descreveu campanha em evento religioso como “profanação”; ouça o áudio

Viomundo – O que você não vê na mídia
19 de outubro de 2010 às 2:30

Do jornal O Povo, do Ceará:

Padre critica panfleto contra Dilma e Tasso reage

Durante a missa em homenagem a São Francisco, o padre que celebrava o ato religioso reclamou do tumulto causado pela presença de José Serra. Ao final, reclamou da distribuição de panfletos contra Dilma, provocando a revolta de Tasso Jereissati

16.10.2010| 22:04

A visita do presidenciável José Serra (PSDB) a Canindé, durante os festejos em homenagem a São Francisco, terminou em confusão entre o padre que celebrava a missa das 16 horas e tucanos. Entre eles, o senador Tasso Jereissati, que tentou tirar satisfações com o religioso – cujo nome não foi informado pela secretaria paroquial da Basílica – depois que ele, no fim da celebração, reclamou da distribuição de panfletos contra a também candidata à Presidência, Dilma Rousseff (PT).

O material apresentava três motivos para não votar na petista e, segundo o padre, estavam sendo distribuído durante a missa. Assinada pelo Instituto Vida de Responsabilidade Social, e apresentando dois números de CNPJ, ele afirmava, por exemplo, que Dilma é a favor do aborto, envolvida com as Forças Revolucionárias da Colômbia (Farc) e que “nunca na história desse país houve tanta corrupção”.

Com um exemplar do material em mãos, já no fim da celebração, o padre reclamou: “Estão acusando a candidata do PT de várias coisas, afirmando em nome da Igreja. Não é verdade! Isso não é jeito de se fazer política! A Igreja não está autorizando isso”, bradou o padre, provocando os aplausos de fiéis e a revolta de Tasso, que partiu para cima do altar, sendo contido por uma assessora e pela esposa, Renata Jereissati. “O senhor não pode fazer isso”, repetia Tasso. Nesse momento, o padre sumiu do recinto, e não conseguiu mais ser localizado pela imprensa. Ao mesmo tempo, presentes gritavam os nomes tanto de Serra como de Dilma.

Enquanto isso, o candidato do PSDB ao Planalto agia como se nada estivesse acontecendo. Quando a confusão já estava generalizada, Serra continuava com o semblante tranquilo, sentado na primeira fileira do recinto, conversando e tirando fotografias com eleitores.

Pouco depois, saiu escoltado por seguranças e correligionários, sem dar entrevista.

Tasso, por sua vez, não ficou calado, e acusou o sacerdote. “O padre é petista. Tá ali com uma bandeira petista dentro da Igreja. São esses padres que têm causado problema na Igreja”.

Reclamações

Antes, ao longo da celebração, a missa já vinha tumultuada. Depois que Serra chegou e tomou assento, uma multidão de fotógrafos, cinegrafistas e jornalistas o rodeou. O padre reagiu imediatamente. Ele lamentou que, “infelizmente”, nem todos tinham ido à missa com o mesmo objetivo: louvar São Francisco. “Não me refiro a A ou B, mas àqueles que estão conversando e tumultuando. A prioridade aqui é a palavra de Deus. Se você está aqui com outra intenção, assim como você entrou, pode sair”.

Em outro momento, nova reclamação: “Vocês não vieram aqui para ver os políticos. Vocês vieram aqui para ver quem? São Francisco”. Na comunhão, mais reclamações: “Estão atrapalhando com filmagens. Não é assim que se faz política, não. Estão atrapalhando a celebração do começo ao fim. Lamentavelmente isso é uma profanação”, disse.

http://www.viomundo.com.br/denuncias/padre-descreveu-campanha-em-evento-religioso-como-profanacao-ouca-o-audio.html

sábado, 16 de outubro de 2010

CNBB enquadrando bispos políticos

Brasilianas.Org
Enviado por luisnassif, sab, 16/10/2010 - 22:00

Por Galves

A CNBB nacional não deve estar gostando nem um pouco dessa "vanguarda do atraso" da Regional Sul 1, e virá um enquadramento em breve.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/815595-secao-paulista-da-cnbb-estuda-limitar-manifestacoes-eleitorais-de-bispos.shtml

Seção paulista da CNBB estuda limitar manifestações eleitorais de bispos

MAURÍCIO SIMIONATO
ENVIADO ESPECIAL A INDAIATUBA (SP)

A seção paulista da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) estuda impedir que bispos citem nomes de partidos ou de políticos em manifestações públicas --como cartas ou declarações-- para evitar o uso político da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) em campanhas eleitorais.

Na noite deste sábado (16) vai haver uma reunião no mosteiro de Itaici, em Indaiatuba (SP), para discutir o "afinamento" dos diferentes posicionamentos de bispos sobre a eleição.

partido passa, as pessoas passam e o povão fica. Mais importante que levantar bandeira de partidos é levantar critérios de escolha", disse o bispo diocesano de Limeira (SP), dom Vilson Dias de Oliveira, nomeado um dos porta-vozes do encontro da Regional Sul 1 da CNBB, que começou ontem e termina amanhã.

"A igreja não defende partidos e não pode apontar candidatos. A igreja deve deixar a liberdade de escolha para cada eleitor", disse o bispo, que também preside a Comissão de Comunicação da Regional Sul 1.

No dia 26 de agosto deste ano, um texto chamado "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras", assinado pelos bispos que comandam a Regional Sul 1 da CNBB, atribuiu posições pró-aborto do PT ao governo federal, ao presidente Lula e à presidenciável petista Dilma Rousseff.

O texto recomendava aos eleitores que, "nas próximas eleições, deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalização do aborto".

A Regional Sul 1 --que reúne apenas bispos paulistas-- é presidida pelo bispo de Santo André (SP), dom Nelson Westrupp.

Nas vésperas do primeiro turno das eleições, o texto virou um panfleto e foi distribuídos em missas em Belo Horizonte (MG) e em Aparecida (SP) por cabos eleitorais.

Em seguida, o bispo de Jales (SP), dom Luiz Demétrio Valentini, criticou o teor da carta assinada pelo comando da Regional Sul 1 e expôs uma divergência entre os bispos sobre as eleições.

"O que aconteceu em Aparecida e em Belo Horizonte com distribuição de panfletos não pode mais ocorrer. Esse material não poderia ser distribuídos assim porque não é um posicionamento da CNBB nacional. Além disso, havia um símbolo da CNBB. Não se pode usar nome de um entidade para ajudar este ou aquele candidato", disse o bispo de Limeira.

Para dom Vilson, o posicionamento de bispos tem um "peso" importante nas eleições. "Por isso é que é um risco você citar nomes em qualquer nota", disse.

CNBB enquadrando bispos políticos | Brasilianas.Org

A panfletagem de batina

Viomundo - O que você não vê na mídia
16 de outubro de 2010 às 21:37

A pergunta que não cala: será que o Vaticano sabe o que está sendo feito por parte da hierarquia da igreja católica no Brasil?

A panfletagem de batina | Viomundo - O que você não vê na mídia

Serra invade missa e toma vaia no Ceará

Blog do Miro:
Por Altamiro Borges
sábado, 16 de outubro de 2010

Reproduzo matéria de Saul Leblon, publicada no "Blog das Frases" no sítio Carta Maior:
"Isso é uma profanação"
Cristãos começam a reagir ao oportunismo religioso de Serra. A presença do candidato do conservadorismo nativo na missa da festa de São Francisco, em Canindé (CE), neste sábado, pode ter sido um ponto de inflexão.
A festa é o maior evento religioso da cidade. Quando chegou, Serra foi vaiado por manifestantes pró-Dilma. O candidato chegou a ser empurrado num início de conflito.
"Gostaria que a missa não fosse tumultuada com os políticos que aqui chegaram, por favor. Se vieram com outra intenção, peço que saiam assim como entraram. Isso é uma profanação", advretiu o celebrante olhando fixamente para a fileira da frente onde Serra estava.
Perto do fim da missa, o frade exibiu um panfleto contra Dilma e foi mais duro ainda: "Acusam a candidata do PT em nome da igreja. Não é verdade". A plateia aplaudiu. "Não está autorizada essa coisa. A igreja não está autorizando essas coisas". Mais aplausos. Serra saiu à francesa.
Indignação também nas universidades
Inteligência brasileira se une contra um retrocesso chamado Serra.
Intelectuais e artistas brasileiros se mobilizam em todo o país em manifestações de protesto e indignação contra as metas e os métodos adotados pela candidatura do conservadorismo brasileiro. Circulam pelas universidades e na Internet o "Manifesto dos Reitores contra Serra"; o "Manifesto dos Professores de Filosofia contra Serra"; o "Manifesto dos Artistas e Intelectuais contra Serra". O mais recente documento, que ontem já reunia cerca de 680 assinaturas, é o manifesto dos professores universitários que abre com a seguinte frase:
"Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra".
Porto Alegre se levanta
Tarso Genro mobiliza dois mil militantes.
"Um tom de urgência, gravidade e intensa mobilização marcou praticamente todas as intervenções".
No Rio, na 2º feira, dia 18, no teatro Casa Grande, intelectuais liderados por Chico Buarque, Emir Sader, Eric Nepomuceno e Leonardo Boff entregam manifesto de apoio a Dilma Rousseff.
Em São Paulo, na 3º feira, dia 19, às 19 horas, a campanha pró-Dilma tem encontro marcado na PUC-SP, Monte Alegre ,1024. O ato está sendo organizado pelo jurista Celso Antônio Bandeira de Mello e pelo teólogo Mário Sérgio Cortella.

Altamiro Borges: Serra invade missa e toma vaia no Ceará

Hipocrisia na campanha eleitoral: “Ela é a favor de matar criancinhas”

Viomundo - O que você não vê na mídia
16 de outubro de 2010 às 20:05

por Conceição Lemes

No dia 14 de setembro, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Monica Serra, acompanhada de Índio da Costa (DEM),  vice de José Serra (PSDB), deu a senha da campanha sórdida, em pleno andamento, contra Dilma Rousseff (PT). A repórter Gabriela Moreira, da Agência Estado, testemunhou.  O Estadão publicou:

A um eleitor evangélico, que citava Jesus Cristo como o “único homem que prestou no mundo” e que declarou voto em Dilma, a professora [Monica Serra] afirmou que a petista é a favor do aborto. “Ela é a favor de matar as criancinhas”, disse a mulher de Serra ao vendedor ambulante Edgar da Silva, de 73 anos.

Domingo passado, no debate realizado pela Band entre os dois presidenciáveis, Dilma jogou o esqueleto em cima da mesa. Cobrou de Serra as acusações de Monica a ela.

Serra não respondeu. Indignada, na segunda-feira às 10h24, Sheila Ribeiro postou em sua página na rede social Facebook uma reflexão com o título Respeitemos a dor de Monica Serra.

Meu nome é Sheila Ribeiro e trabalho como artista no Brasil. Sou bailarina e ex-estudante da Unicamp onde fui aluna de Monica Serra.

Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre o aborto, sobre o seu aborto traumático. Monica Serra fez um aborto. Na época da ditadura, grávida de quatro meses, Monica Serra decidiu abortar, pois que seu marido estava exilado e todos vivíamos uma situação instável. Aqui está a prova de que o aborto é uma situação terrível, triste, para a mulher e para o casal, e por isso não deve ser crime, pois tantas são as situações complexas que levam uma mulher a passar por essa situação difícil. Ninguém gosta de fazer um aborto, assim como o casal Serra imagino não ter gostado. A educação sobre a contracepção deve ser máxima para que evitemos essa dor para a mulher e para o Estado.

O episódio aconteceu em 1992, 18 anos atrás. Sheila tinha 18 anos, fazia curso de Dança no Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Monica Serra era então professora de Psicologia do Desenvolvimento Aplicada à Dança.

A revelação caiu como bomba na rede. A NovaE considerou boato de má fé, desqualificou-a (a matéria já foi tirada do ar).

O jornalista Gilberto de Souza, do Jornal Correio do Brasil, resolveu investigar.  Conversou com a própria Sheila. Publicou a matéria aqui. Depois, ouviu mais três ex-alunas de Monica , que confirmaram o relato.

Neste sábado, a jornalista Mônica Bergamo, em sua coluna na Folha de S. Paulo, dá a notícia: Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna. A assessoria de Monica Serra não respondeu à consulta da Folha. O mesmo fez a de Serra com o Correio do Brasil.

“DISCUSSÃO DE GENERO SEMPREESTEVE PRESENTE NA MINHA VIDA”

Seu nome completo é Sheila Canevacci (sobrenome do marido, o antropólogo Massimo Canevacci) Ribeiro. Profissionalmente, Sheila Ribeiro. Tem 37 anos. Morou 11 anos em Montreal, Canadá. Foi para lá depois de se formar na Unicamp. É coreógrafa e doutoranda em Comunicação e Semiótica pela PUC de São Paulo.

Nos meios da dança, Sheila é conhecida e reconhecida, no Brasil e no exterior. Quem priva do seu convívio pessoal ou profissional, não se espantou com a atitude dela.

Márcio Seligmann-Silva, professor livre-docente de Teoria Literária da Unicamp, com pos-doutorado pelo Zentrum Für Literaturforschung Berlim, Alemanha, e pela Yale University,nos EUA, afirma:

“A indignação de Sheila com o debate biopolítico que pontua nosso cenário político atual é plenamente compreensível, mas sua coragem talvez tenha a ver com esta experiência de vida em um país democrático [Canadá], onde as pessoas podem se manifestar sem medo”.

Helena Katz, professora no Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica e no Curso Comunicação das Artes do Corpo, na PUC-SP, comenta:

“Sheila Ribeiro está em cada um dos gestos que cria. O seu trabalho nos ajuda a identificar os danos que o discurso publicitário vem produzindo na sociedade e que não está somente na publicidade propriamente dita, mas que hoje pauta o modo como nos relacionamos e se materializa no nosso comportamento, na cidade, nos meios de comunicação. A potência da sua poética sempre crítica insufla, em cada um dos que entram em contato com as suas produções, a esperança de que um mundo melhor é possível”.

O coreógrafo Wagner Schwartz, do Rio de Janeiro, observa:

Sheila Ribeiro é mulher, cidadã, coreógrafa. Antes ter um cunho corajoso, o seu relato tem uma potência vital, porque não está relacionado ao tema da dualidade morte-e-vida, muito menos às questões partidárias. Como sempre, seja em suas práticas artísticas ou entre amigos, Sheila reafirma a necessidade de se pensar o lugar das classes menos favorecidas, independente da grande escala de forças contrárias às suas ações, porque sua finalidade é, sempre, investigar a causa, sua dor e a sua liberdade.

A artista e produtora Cândida Monte, de Curitiba (PR), enfatiza:

“Sheila Ribeiro é uma mulher que escolhe atuar, pessoal e profissionalmente, com sinceridade e transparência. Age sempre de forma observadora, pensadora e questionadora. Tem um enorme interesse em discutir e refletir. Seu pensamento artístico emerge disso. Volta sua atenção à cultura para além das considerações sobre a estética, pensando o indivíduo através da arte”.

Sheila é filha de Majô Ribeiro, militante feminista que foi aluna de mestrado de Eva Blay e pesquisadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais de Gênero da USP. Foi candidata derrotada a vereadora e a vice-prefeita em Osasco pelo PSDB.

A mãe, segundo Sheila, pouco se pronunciou sobre o episódio: “Só disse que achou bom que eu fiz isso pela questão da descriminalização do aborto”.

“Discussão de gênero sempre faz parte da minha vida, daí a minha indignação”, disse-me numa primeira conversa, que tivemos na quarta-feira. “No primeiro turno, votei no Plínio [de Arruda Sampaio, do Psol]. No segundo, voto na Dilma.”

“EU NÃO ADMITO QUE A PRÓPRIA VÍTIMA SE ASSEMELHE AO SEU OPRESSOR”

Na segunda conversa, Sheila, que já havia se mostrado assertiva no primeiro contato, foi bastante firme. Divertida, atenta,interessada, não titubeou um instante:

“As pessoas acharam que eu era falsa [personagem fake, inventado], muitos me agrediram, muitos insinuaram que eu tinha ganhado dinheiro. Eu fico muito triste e brava com essas coisas”.

” O que eu posso garantir  é que Monica nos contou que fez aborto. Havia muitas outras pessoas que sabem que não é mentira o que eu disse”.

“Quando eu vi o Serra se esquivando no debate, tive um troço, fiquei indignada e fiz uma reflexão sobre o que é ser uma pessoa na privacidade e o que é ser uma pessoa pública”.

“A minha primeira preocupação foi exercer a minha cidadania. Acharam que eu fiz isso  porque eu  vivi praticamente a minha vida inteira de adulta no Canadá, onde as pessoas falam abertamente sobre esses assuntos e outros assuntos complexos de se abordar. O que me interessa é a saúde pública”.

“Algumas pessoas me dizem que tive coragem, outras ficaram assustadas de eu falar diretamente. Pensei: sou anormal? Acho que o meu jeito é por causa do Canadá. Depois que eu me formei na Unicamp, morei 11 anos lá. A minha vida adulta e profissional, eu desenvolvi lá. Tenho dupla nacionalidade”

“No Canadá, o aborto é legalizado. Eu te contei das clínicas de ginecologia lá [os serviços de saúde são públicos] ? Você telefona, funciona assim. Bem-vinda à clínica da mulher. Para urgências, disque zero. Para consultas, disque 1. Para abortos, disque 2. Para exames, disque 3”.

“Um amigo  disse: ‘E se a Monica e o Serra se converteram?’ Eu respondi. Vamos supor que a Monica e Serra se converteram  à religião e se arrependeram do aborto que fizeram. Só que quando uma pessoa se arrepende perante Deus – o aborto é crime perante Deus –, eles fazem  os seus Pai-Nossos, depois vão ser absolvidos e vão para o céu ou para o inferno. Quer dizer: é uma discussão religiosa”.

“ Se a pessoa é religiosa, ninguém a obriga a fazer o aborto. Muito bem. A pessoa pode ser religiosa, dizer eu sou contra o aborto em todos os níveis,  eu nunca vou fazer o aborto, porque é um crime perante Deus. Ok. Só que você pode não misturar essa coisa crime perante Deus, porque no Estado laico não tem Deus. O Estado laico é um Estado”.

“ Quem é religioso, não é obrigado a fazer. Ponto. No  Canadá, é visto como um problema de saúde pública”.

“As pessoas ficam me perguntando: você é a favor do aborto a partir de mês? Quem sou eu para dizer quando, em que mês, como não deve? Tem vários países em que o aborto é legalizado, o Brasil tem que aprender com eles. Ponto”.

“O que me chocou mais, mais, mais, é que o aborto é uma questão de todos. Até uma pessoa militante contra a descriminalização do aborto já fez aborto. Além da Monica, eu cito a Benedita da Silva (PT), que é contra a descriminação do aborto e também fez aborto”.

“Significa o quê? Olha a lógica da matemática. Se eu sou contra a descriminalização, acho o aborto um crime e faço o meu clandestino, eu deixo criar uma coisa perversa em mim  que é o contrário absoluto da cidadania. Morrer não é só porque tomou Cytotet, colocou agulha de crochê. Morrer é também não poder exercer a sua cidadania. Daí a importância da descriminalização”.

“Não significa que você precisa ficar contando para todo mundo que fez aborto… colocar no jornal que fez aborto. Mas, se você precisar fazer, você sabe que não é uma criminosa. Você sabe que não está morrendo por dentro por ter cometido um crime”.

“Agora se você é uma religiosa e faz aborto, está cometendo um crime religioso. É um problema seu cultural, social, religioso. Isso é um problema da pessoa” .

“O que mais deixou indignada, portanto, é que até as militantes contra o aborto fazem aborto”.

“Outra coisa que me chocou foi que a Mônica Serra no debate virou uma carta do jogo, assim como o pré-sal, a Petrobras, a banda larga, privatização Então, diante de qualquer carta do jogo, o Serra não enfrentava, não dialogava…”.

“Para mim, todas eram cartas do jogo das quais ele ficava se esquivando. Mas eu fiquei  mais sensível com a Monica Serra, porque eu a conheço. Na minha cabeça, misturou a relação da pessoa civil, que relatou ter feito aborto, e da pessoa simbólica, que estava ali fazendo campanha contra a descriminalização”.

“É como se eu estivesse no sofá e ouvisse alguém na televisão dizer que o Nelson Mandela é racista. Eu diria: como assim? O Nelson Mandela é negro, foi preso, lutou contra o apartheid… Tem alguma coisa errada. Aí eu escreveria um artigo: O que está acontecendo com o Nelson Mandela como pessoa pública. Ele mesmo é racista? Não é racista?

“A Monica Serra que existiu na minha realidade enquanto aluna é a Monica da  família Allende, que fez aborto. A outra Monica Serra, que eu vi no debate, é uma citação do nome de uma pessoa, que era uma carta do jogo, uma Monica Serra simbólica, que virou uma carta do jogo. Só.”

“É uma tremenda contradição. Eu sou uma pessoa brasileira, como outras, que não tem medo de falar. Uma pessoa que foi lapidada em praça pública porque cometeu adultério não vai lutar para que isso exista. Afinal, ela foi vítima disso, concorda?”.

“Assim como eu disse no Facebook que nós devemos respeitar a Mônica Serra – evidentemente a figurativa, a metafórica –,  está errado as pessoas gente se calarem.  Eu como cidadã, mais ainda como ser humano, não admito que a professora que, traumatizada, falou para mim sobre a experiência do aborto que ela teve por causa da  didatura– é super importante citar o contexto –,  venha hoje não considerar a sua própria dor que ela me fez escutar”.

“Eu sou uma artista. Quando exibo alguma obra,  a pessoa está perdendo o tempo dela para ver a minha proposta comunicacional. A Monica Serra usou a aula de psicologia do movimento para falar disso. Acho  lindo. Não acho que é problema. A Universidade é para isso mesmo. É para falar de aborto, de questões complexas ligadas ao ser humano. Aquela humanidade que ela dividiu com a gente,  inclusive me ensinou a levantar e a escrever sobre isso no dia seguinte ao debate. Foi o fato que falou por si só “.

“Eu não gosto de que qualquer mulher tenha de  fazer  aborto por causa de uma ditadura. Então, eu não admito que essa própria vítima se assemelhe ao opressor”.

“Sei que tem várias pessoas me condenando. Escreveram em um post:  “Ai, com uma amiga dessas…” Para começar, eu não sou amiga da Monica Serra. Eu fui aluna dela. Eu gosto dela. Mas por mais que eu goste do meu marido, da minha mãe, dos meus irmãos, do meu vizinho, quando uma pessoa faz uma coisa que é eticamente  contra os meus valores humanistas, eu vou me colocar contrária. Eu vou dizer. Tal pessoa, eu gosto muito de você, mas não concordo politicamente com o seu posicionamento. Só isso. Então para mim a última coisa que interessa nessa  coisa, nessa história é a Monica Serra. É a última”.

*****

Da assessoria de José Serra

Diante de matéria publicada hoje, a campanha de Jose Serra esclarece: Monica Serra nunca fez um aborto.

Essa acusação falsa, que já circulava antes na internet, repete o padrão Miriam Cordeiro de que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva foi vítima na eleição de 1989. E dá continuidade ao jogo sujo que tem caracterizado a presente campanha desde que um núcleo do PT, montado para fazer dossiês contra o candidato tucano à Presidência, foi descoberto em Brasília. Primeiro eles atacaram a filha de José Serra. Depois atacaram o seu genro. Agora eles agridem a sua mulher, Monica, que tem a irrestrita solidariedade, amor e respeito de seu marido, de seus filhos, netos e de milhões de brasileiros.

Hipocrisia na campanha eleitoral: “Ela é a favor de matar criancinhas” | Viomundo - O que você não vê na mídia

Dilma manda mensagem aos religiosos para desfazer as mentiras de Serra

Serra criou uma central de boatos que agora age por telefone também (clique na imagem para ler no Correio Braziliense). Ele esconde que tanto ele quanto o PSDB e FHC criaram normatizações, projetos de lei e o próprio PNDH para legalizar o aborto.

Serra tem o único interesse de não discutir o projetos para o país. De não comparar o que foi o governo FHC do qual fez parte, e do que é e representa hoje no Brasil e no mundo o governo de Lula e Dilma.

Mas, não bastasse a campanha suja do tucano ter chegado ao limite da baixaria, o cinismo chegou a tanto que agora Serra espalha “santinhos” com mensagens religiosas, a sua cara (de pau) e sua assinatura, que se valesse alguma coisa, não tinha abandonado a Prefeitura.

Depois de conversar com grupos religiosos, Dilma escreveu uma mensagem em que reafirma seu compromisso com a vida. Espero que todos percebam que compromisso com a vida e valores cristãos envolvem a preocupação com a inclusão cidadã da população mais carente que antes foi marginalizada durante toda a história do país, e cujos interesses Serra nunca representou.

MENSAGEM DA DILMA

Dirijo-me mais uma vez a vocês, com o carinho e o respeito que merecem os que sonham com um Brasil cada vez mais perto da premissa do Evangelho de desejar ao próximo o que queremos para nós mesmos. É com esta convicção que resolvi pôr um fim definitivo à campanha de calúnias e boatos espalhados por meus adversários eleitorais. Para não permitir que prevaleça a mentira como arma em busca de votos, em nome da verdade quero reafirmar:

1. Defendo a convivência entre as diferentes religiões e a liberdade religiosa,assegurada pela Constituição Federal;
2. Sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual sobre o assunto;
3. Eleita presidente da República, não tomarei a iniciativa de propor alterações de pontos que tratem da legislação do aborto e de outros temas concernentes à família e à livre expressão de qualquer religião no País.
4. O PNDHU é uma ampla carta de intenções, que incorporou itens do programa anterior. Está sendo revisto e, se eleita, não pretendo promover nenhuma iniciativa que afronte a família;
5. Com relação ao PLC XYY, caso aprovado no Senado, onde tramita atualmente, será sancionado em meu futuro governo nos artigos que não violem a liberdade de crença, culto e expressão e demais garantias constitucionais e individuais existentes no Brasil;
6. Se Deus quiser e o povo brasileiro me der, a oportunidade de presidir o País, pretendo editar leis e desenvolver programas que tenham a família como foco principal, a exemplo do Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida e tantos outros que resgatam a cidadania e a dignidade humana.
Com estes esclarecimentos, espero contar com vocês para deter a sórdida campanha de calúnias contra mim orquestrada. Não podemos permitir que a mentira se converta em fonte de benefícios eleitorais para aqueles que não têm escrúpulos de manipular a fé e a religião tão respeitada por todos nós. Minha campanha é pela vida, pela paz, pela justiça social, pelo respeito, pela prosperidade e pela convivência entre todas as pessoas.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

CGU desmente Veja e conclui que compra de Tamiflu não teve qualquer irregularidade

Blog da Dilma:
setembro 30th, 2010 |  Autor: Jussara Seixas

A Controladoria Geral da União (CGU) divulgou nesta quinta-feira (30) resultado de auditoria que realizou nos contratos firmados entre o Ministério da Saúde e a empresa Roche, única fabricante mundial do antiviral fosfato de oseltamivir, conhecido comercialmente por Tamiflu.

Após analisar oito processos de aquisição do medicamento, a CGU concluiu que “tudo ocorreu dentro da normalidade, sem quaisquer irregularidades, seja quanto às quantidades adquiridas, seja quanto ao preço, seja, ainda, quanto ao fornecedor, que, aliás, é o único fabricante mundial”.

Em 2009, em meio à pandemia de H1N1, o Ministério da Saúde adquiriu medicamentos suficientes para tratar 14,5 milhões de pessoas contra a gripe H1N1. Além de garantir a proteção da população para aquela pandemia, a compra também foi importante para recompor os estoques do medicamento, que também é o único existente para tratar outras gripes mais letais, como a aviária (mata 70% dos infectados). Desde 2005, a Organização Mundial da Saúde recomenda que todos os países mantenham estoque deste medicamento para uma eventual pandemia mais agressiva.

A conclusão da CGU reforça as informações que vêm sendo fornecidas pelo Ministério da Saúde de que a quantidade de medicamentos adquiridos foi definida a partir de critérios exclusivamente técnicos e de que não houve qualquer intermediação na compra.

Leia o trecho do parecer da CGU que discorre sobre a compra do Tamiflu:

Compra do Tamiflu

Com relação à compra, pelo Ministério da Saúde, do Tamiflu, medicamento utilizado para o enfrentamento da pandemia da gripe H1N1, a CGU analisou oito processos de aquisição de cápsulas para uso final e de insumos para sua fabricação, concluindo que tudo ocorreu dentro da normalidade, sem quaisquer irregularidades, seja quanto às quantidades adquiridas, seja quanto ao preço, seja, ainda, quanto ao fornecedor, que, aliás, é o único fabricante mundial.

Sem possibilidade de disputa entre fornecedores, com preços previamente estabelecidos e internacionalmente divulgados pelo único laboratório fabricante, e adquirido nas quantidades recomendadas pela Organização Mundial de Saúde no âmbito de uma pandemia, não se vislumbrou qualquer espaço ou oportunidade para a alegada cobrança de propina no processo de aquisição desse medicamento, tal como denunciado por alguns órgãos da imprensa. Além disso, todo o processo de compra foi conduzido pelo Ministério da Saúde, sem qualquer participação de outras áreas do Governo.

Leia a íntegra do parecer no site da CGU:

http://www.cgu.gov.br/Imprensa/Noticias/2010/noticia11010.asp

Leia nota divulgada pelo MS em 18/09/2010

http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11716

CGU desmente Veja e conclui que compra de Tamiflu não teve qualquer irregularidade

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