sábado, 24 de julho de 2010

Servidores de SMADS perdem escalas de plantões da assistência social


Secretária de SMADS amplia jornada dos profissionais antigos para não atender os novos.
Por omissão, a atual direção do sindicato deixou a categoria desamparada.
Mês passado recebi um e-mail de uma Assistente Social indignada com a forma como os plantões dos CRAS foi decidida e pelo sindicato não ter chamado a participar das reuniões com a Secretaria. Indicou que se desfiliaria e me confundiu como dirigente da entidade. Expliquei minha condição de filiado, militante e ex-diretor e que nada sabia sobre o assunto. Tentei pesquisar sobre o tema e nada consegui, mesmo a servidora não me deu maiores informações. No boletim de julho (pg. 7) encontrei o artigo que reproduzo abaixo e que explica a revolta da servidora. O texto está confuso, mas pelo que entendi, os profissionais de SMADS sujeitos aos eventuais plantões da assistência social e que cumpriam jornadas diárias de 6 horas e meia vão ter cumprir 40 horas. Parece que a decisão veio depois do conflito com os profissionais do novo concurso proibidos de participar dos plantões. A Secretária Alda Marco Antonio decidiu por criar uma equipe específica para os tais plantões. É estranho mesmo que a Sra. Alda que já foi Secretária da pasta no governo Pitta não soubesse de como funcionava os plantões. Parece incapacidade de gestão não prever que os ingressantes por concurso não fossem reivindicar a redução de jornadas em troca de plantões. Para solucionar o problema criado por ela mesmo resolveu tirar de todo mundo, se é que eu entendi a matéria abaixo.
Mas a dúvida que permanece para mim, e levantada pela leitora deste blog e que me mandou o e-mail, é o que escreve o sindicato no boletim: que o SINDSEP irá "chamar nova reunião entre os profissionais da pasta" Houve outra reunião anterior? Se não houve, o que quer dizer o texto abaixo com "Depois de um ano de pressão pelo fim da discriminação na escala de emergência nos Centro de Referência de Assistência Social (Cras)..."? Que pressão foi essa para culminar em prejuízo a servidores? Se houve alguma reunião não foi divulgada. Pesquisei o site do SINDSEP e no último boletim (abr/10) nada consta referente a reuniões acontecidas ou a acontecer na época. Temos de questionar o papel do sindicato na representação dos trabalhadores. Sem organizar suas demandas e encaminhar ações políticas, resta relatar notícias sobre desmandos do governo. Sempre um ou mais passos atrás.


Prefeitura muda, para pior, escala de assistentes sociais
Depois de um ano de pressão pelo fim da discriminação na escala de emergência nos Centro de Referência de Assistência Social (Cras) entre profissionais egressos do último concurso público e os que já ocupavam essa função, a Prefeitura de São Paulo determinou que somente os mais antigos poderão participar de tal escala.
A administração pública ignorou, com essa medida, a posição da própria categoria, que há tempos cobrava o fim dessa divisão. Além disso, a prefeitura "descobriu" que há mais de 30 anos os assistentes sociais estão fazendo algo punível de exoneração: trabalhar ininterruptamente por 24 horas para atender à população, compensando essa carga horária com uma jornada de 6h30 sem, no entanto, receberem nenhum adicional pelos trabalhos noturnos, em finais de semana e feriados.
A Prefeitura determinou que todos os profissionais devem cumprir a jornada de 40 horas semanais, conforme estipula o concurso público, deixando de lado o fato de que é comum que trabalhem bem mais do que essa quantidade de horas.
Na avaliação do Sindsep, esta foi uma saída vergonhosa – tomada especialmente pela secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Alda Marco Antônio – porque ao invés de resolver o impasse, a atitude gerou grande descontentamento dos profissionais que já realizavam esta jornada e animosidade com relação àqueles que reivindicavam o mesmo direito. A explicação dada pela secretaria foi a de que será criada uma equipe fixa que irá atender a toda demanda ocorrida fora do horário normal de trabalho.
Outro ponto lamentável envolvendo essa secretaria foi a entrega de ofício do órgão ao sindicato impedindo reuniões em horário de serviço – para discutir política de assistência, jornada de trabalho, atribuições profissionais etc. – sob o argumento de que esses eventos são de caráter político. Para enfrentar as práticas antidemocráticas da secretaria, o Sindsep aguardará o término do período de férias para chamar nova reunião entre os profissionais da pasta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Caro Visitante,
Publicaremos todos os comentários e opiniões que não sejam considerados ofensas, calúnias ou difamações que possam se reverter em processo contra os autores do blog.
Após publicados, os comentários anônimos não serão mais removidos.
Comentários identificados pela conta ou e-mail poderão ser removidos pelo autor ou a pedido.
Gratos,
Os editores.

Servidores - Sindicatos, Políticas Públicas, Funcionalismo