terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um desabafo pelo meio ambiente

Publico aqui o relato e desabafo da navegante Ligia Mara ao comentar a postagem Aterro é construído em área protegida que publiquei discutindo a notícia do Jornal da Tarde. A reportagem denunciava uma área protegida da Mata Atlântica em São Mateus, Zona Leste sendo transformada em aterro por empresa contratada por Kassab.

Ligia Mara Mencarelli comentou:
Sou integrante do GEAL - Grupo de Educação Ambiental no Local. O grupo tem como objetivo ensinar a importância da preservação do meio ambiente em parques, APAS e demais áreas verdes às pessoas. O grupo se reúne mensalmente para a prática. Somos moradores da Zona Leste e o Morro do Cruzeiro tornou-se nosso santuário. Quando nosso destino é o Morro, fazemos o trajeto, de 18 km na caminhada. Em 22/08 fomos a mais uma de nossas visitas, pois temos como hábito recolher todo o lixo, que lá encontramos. Quando lá chegamos, a decepção foi total. O desmatamento foi intenso. Acredito que as pessoas não estavam conscientes do que seria realizado ali. Achávamos que o CTL não atingiria a Nascente do Rio Aricanduva. A nascente maravilhosa havia se tornado um pequeno veio, que teimava em sair da terra, em meio a montanhas de terra e árvores arrancadas, raízes e cobertura superficial, queimadas. A pergunta é: Quem ganhou com isso? O problema do lixo pode ter sido resolvido por um pequeno espaço de tempo. E a nascente? Não tem importância? Encontrar uma nascente de água potável, em pleno século XXI é comum? Como explicar aos jovens, que por vezes ensinamos a importância da preservação, que a Prefeitura compactua com tamanho crime? Por que não investir em coleta seletiva e educação da população, para que o problema do lixo possa ao menos ser minimizado? Volto a perguntar: se é que alguém pode me responder, quem ganhou com isso?

Morro do Cruzeiro, segundo ponto mais alto de SP, fica a 500 metros do novo aterro (Foto: J.F. Diório/AE)
Morro do Cruzeiro, segundo ponto mais alto de SP, fica a 500 metros do novo aterro (Foto: J.F. Diório/AE)
Marici Capitelli

Agentes de Apoio e AGPPs: SINDSEP convoca para audiência pública

No próximo dia 1º de setembro haverá Audiência Pública do PL 339/2010 (clique aqui para ler o PL), às 13 horas, na Câmara Municipal de São Paulo - Salão Nobre - 8º andar. O PL instituti as “Gratificações de Atividade” para Agentes de Apoio e AGPPs. O SINDSEP já havia questionado alguns pontos do PL (leia aqui, na íntegra):

  • a lei passa a vigorar apenas a partir de 2011;
  • os servidores recebem valores diferenciados conforme desempenho, faltas, licenças, etc.;
  • a absorção paulatina dos valores da GAE (Gratificação de Apoio à Educação) e do PPD (Prêmio de Produtividade de Desempenho) nos valores da nova Gratificação de Atividade por serem falsas, já que é incompatível com a gratificação de desempenho, portanto, ao PPD e PDE, pois os valores são menores que a tal gratificação;
  • o PL altera os PCCS de nível básico e nível médio quanto à progressão e promoção;
  • projeto de lei altera a lei 14.600 quanto à incorporação da gratificação;
  • o PL reabre os prazos de opção dos PCCS, mas com pagamento a partir do cadastramento do ato e não retroativo;
  • o PL não prevê a extensão da gratificação para o Iprem, SFMSP, HSPM e Autarquia Hospitalar;
  • o sindicato pretende ainda, incluir emendas para garantir o pagamento da GAP (gratificação de atendimento ao público) às autarquias e a outras categorias que atendem o público, mas hoje não recebem.

Além de chamar o pessoal da ativa, a Secretaria de Aposentados do Sindicato também convoca a categoria para a Audiência, conforme reproduzido do site do SINDSEP:

Aposentados (as) da PMSP é agora ou nunca!!!!!

Companheiros (as) aposentados (as) da PMSP

A questão é a seguinte:
Ou agora ou nunca mais!!!!!
A prefeitura de São Paulo está apresentando uma proposta de gratificação para o níveis básico e médio.
O Sindsep a princípio não defende gratificações, mas se o governo quer dar, aceitamos.
Ocorre que o governo está excluindo os aposentados dessa gratificação, além do que só quer aplicar a partir de 2011. Nós aposentados queremos receber e não queremos aguardar até 2011 é pra já!!!!!
O valor da gratificação gira em torno de 50% do salário padrão de cada categoria.
A Câmara Municipal está chamando para uma Audiência Pública no dia 01/09/2010 para discutir esse projeto com os vereadores.
Portanto o Sindsep convoca todos os aposentados para juntos lutarmos pelos nossos direitos incluindo todos aposentados e pensionistas.

Todos juntos à câmara!

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Crianças de 3 anos permanecerão nos CEIs em 2011

Chegou nesta segunda, dia 30 de agosto, a orientação de SME para que os CEIs atendam preferencialmente crianças de 0 a 3 anos (nascidas desde 01/01/07) e as EMEIs devem dar preferência a crianças de 4 e 5 anos. Sendo assim, os CEIs que têm nos últimos anos, encaminhado crianças de 3 anos para EMEIs em salas com até 35 alunos devem dar continuidade ao atendimento dos pequenos. No primeiro ano da administração Serra houve a divisão no atendimento de CEI e EMEI. O maior problema sofrido pelas famílias era a quebra no atendimento de 12 horas na época para 4 horas nas EMEIs. Posteriormente, quando os CEIs já atendiam 10 horas e EMEIs 6, Kassab decidiu encaminhar crianças com 3 anos, na medida que muitas EMEIs ficavam sem demanda por encaminhar crianças de 6 anos para o Ensino Fundamental. O Ministério Público questionou a atitude da Prefeitura e exigia que as EMEIs atendessem integral (8 horas), garantindo continuidade no atendimento. Inicialmente isso aconteceu, em certa medida, no ano de 2009. Porém em 2010, o rigor sobre tal cumprimento das determinações do MP foi menor.
A SME não informou o motivo da mudança na política, mas pode ser por pressão exercida pelo Ministério Público (veja abaixo matéria do ano passado). Quem ganhou foi a criança cuja família precisava do CEI para trabalhar. Com essa medida, outra consequência é a pressão sobre o governo para o aumento de vagas. Com crianças permanecendo nos CEIs diminui vagas para os mais novos. Mandar crianças para EMEIs de 6 horas com 30 alunos ou mais por professor, era uma medida, antes de tudo, econômica.
Artigo relacionado: Clique aqui para ler sobre como o governo Kassab tem optado pela terceirização da Educação com redução de 13% das matrículas em toda a rede direta (de CEI a EJA) e ampliação da rede conveniada (77%).
do Portal Terra:

Ministério Público quer crianças de 3 anos nas creches em SP

15 de outubro de 2009
Na tentativa de reduzir o déficit de vagas em creche, que é de 84.807, a gestão de Gilberto Kassab (DEM) tem enviado, desde janeiro, alunos de 3 anos para Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil). No entanto, o Ministério Público entrou com ação na qual pede a matrícula de alunos desta faixa etária em creches paulistanas a partir do ano que vem. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.a ação diz que, por maior que seja a demanda nas creches, isso "não autoriza o sucateamento de serviço de educação infantil" da rede A ação levou em conta um parecer de professores da Faculdade de Educação da USP que aponta falta de infraestrutura nas Emeis para atender crianças de até 3 anos . As Emeis reúnem um número excessivo de alunos em sala e não possuem espaço adequado. Segundo os promotores, em torno de 48 mil alunos na faixa etária de 3 anos foram postos, de forma "ilegal", direto em Emeis.
A administração municipal estará sujeita a pagar multa diária de R$ 1.000 para cada sala de aula de Emei que estiver com crianças com idade inferior a 4 anos, caso a Justiça atenda à ação dos promotores. A Secretaria Municipal da Educação informou que não comentaria a ação movida pelo Ministério Público por não ter sido notificada ainda.

Portaria de Escolha de classes/aulas Professores de EMEIF/EMEF


PORTARIA Nº 2.193, DE 09 DE ABRIL DE 2.010
DOC – 10/04/2010 – págs. 8-9

Dispõe sobre escolha de classes/aulas pelos Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e Professores de Ensino Fundamental II e Médio, habilitados nos Concursos de Ingresso, e dá outras providências.

O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, no uso de suas atribuições legais, e,

CONSIDERANDO:
- as disposições legais estabelecidas no artigo 37, incisos II e VIII, da Constituição da República Federativa do Brasil;
- o disposto na Lei nº 14.660, de 26/12/07, especialmente no que se refere às áreas de docência e Jornadas de Trabalho docentes;
- a necessidade de se prover a Rede Municipal de Ensino de recursos humanos docentes.

RESOLVE:
 
Art. 1º: Os Professores habilitados nos Concursos Públicos de Ingresso para provimento de cargos vagos de Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e Professor de Ensino Fundamental II e Médio, da carreira do Magistério Municipal, efetuarão a escolha de classes / aulas de acordo com os critérios especificados nesta Portaria.
Art. 2º: Os Professores concursados por ingresso, já pertencentes à Rede Municipal de Ensino e independentemente da área de docência e do vínculo funcional, manterão o direito à Jornada de Trabalho de opção, desde que formalizem solicitação de desligamento do cargo/ função anterior e assumam o novo cargo efetivo sem interrupção de exercício, garantindo a continuidade funcional.
Art. 3º: Para os fins do disposto nesta Portaria, serão consideradas classes/aulas vagas, além das criadas, as remanescentes do Concurso Anual de Remoção, e as decorrentes de Laudo Médico Definitivo, de perda de lotação na renovação subseqüente de laudo temporário por período superior a 02(dois) anos contínuos ou interpolados, acesso, exoneração, demissão, falecimento ou aposentadoria, sendo disponíveis as demais.
Art. 4º: Formalizada a posse e de acordo com a ordem de chegada nas EMEIs, EMEFs e EMEFMs de lotação, os Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I escolherão/ terão atribuídos para composição da Jornada de Trabalho/ opção:
I – um dos turnos em que houver classe de sua área de docência;
II – classe, na ordem:
a) que se encontrar sem regente;
b) que tiver sido atribuída/escolhida anteriormente por Professor:
1- a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) ou Jornada de Trabalho/ opção:
- Contratado por Emergência
- Não Estável
- Estável
- Adjunto
2- a título de Jornada de Trabalho/opção, ou como Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) - Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, efetivo lotado em outra Unidade;
3- a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) - Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, efetivo.
Parágrafo único - Inexistindo as condições discriminadas no "caput" deste artigo, o Professor concursado escolherá turno onde houver vaga no módulo da Unidade, respeitada a ordem:
a) não ocupadas;
b) escolhidas/ atribuídas anteriormente a Professor Contratado por Emergência, Não Estável, Estável, Adjunto e Efetivo Excedente.
Art. 5º: Formalizada a posse e de acordo com a ordem de chegada nas EMEFs e EMEFMs de lotação, os Professores de Ensino Fundamental II e Médio escolherão/ terão atribuídos para composição da Jornada de Trabalho/ opção:
I – turno(s) em que houver aulas de sua área de docência e titularidade;
II – aulas de sua área de docência e titularidade, na ordem:
a) que se encontrarem sem regente;
b) que tiverem sido atribuídas/ escolhidas anteriormente por Professor:
1- a título de Jornada de Trabalho/ opção e/ou Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX):
- Contratado por Emergência
- Não Estável
- Estável
- Adjunto
2- a título de Jornada de Trabalho/opção, ou como Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) - Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo lotado em outra Unidade;
3- a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente(JEX) - Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo;
c) que tiverem sido atribuídas/escolhidas anteriormente, a título de Jornada de Trabalho/ opção e/ou como Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) - Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo, de titularidade diversa.
Parágrafo único - Inexistindo as condições discriminadas no "caput" deste artigo, o Professor concursado escolherá turno onde houver vaga no módulo da Unidade, respeitada a ordem:
a) não ocupadas;
b) escolhidas/ atribuídas anteriormente a Professor Contratado por Emergência, Não Estável, Estável, Adjunto e Efetivo Excedente.
Art. 6º: Formalizada a posse e de acordo com a ordem de chegada nas EMEEs de lotação, os Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I ou Professores de Ensino Fundamental II e Médio escolherão/ terão atribuídos para composição da Jornada de Trabalho/ opção, observada a seqüência:
I – classe/ aulas de sua área de docência/ titularidade:
a) que se encontrar(em) sem regente;
b) que tiver(em) sido atribuída(s)/escolhida(s) anteriormente a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) ou Jornada de Trabalho/ opção por Professor:
- Contratado por Emergência
- Não Estável
- Estável
- Adjunto
II - classe/ aulas de outra área de docência/ titularidade:
a) que se encontrar(em) sem regente;
b) que tiver(em) sido atribuída(s)/escolhida(s) anteriormente a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX) ou Jornada de Trabalho/ opção por Professor:
- Contratado por Emergência
- Não Estável
- Estável
- Adjunto
III - classe/ aulas da sua/ outra área de docência/ titularidade:
a) que tiver(em) sido escolhida(s)/ atribuída(s), a título de acomodação, referente à Jornada de Trabalho/ opção, ou como Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX), por Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I ou Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo designado de outras Unidades;
b) que tiver(em) sido escolhida(s)/ atribuída(s), a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente (JEX), por Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I ou Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo;
IV - classe/ aulas que tiver(em) sido escolhida(s)/ atribuída(s), a título de Jornada de Trabalho/ opção, por Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I ou Professor de Ensino Fundamental II e Médio, efetivo, de outra área de docência/ titularidade.
Parágrafo único - Inexistindo as condições discriminadas no "caput" deste artigo, o Professor concursado escolherá turno onde houver vaga no módulo da Unidade, respeitada a ordem:
a) não ocupadas;
b) escolhidas/ atribuídas anteriormente a Professor Contratado por Emergência, Não Estável, Estável, Adjunto e Efetivo Excedente.
Art. 7º: Com relação aos Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I e Professores de Ensino Fundamental II e Médio que restarem sem vaga no módulo das Unidades Escolares, serão encaminhados às Diretorias Regionais de Educação - DREs para acomodação imediata em outra Unidade.
Art. 8º: Caso haja dois ou mais Professores do mesmo grupo nas situações discriminadas nos artigos 4º, 5º e 6º desta Portaria, o desempate será efetuado considerando-se a menor pontuação de acordo com a Portaria específica, ou a data de início de exercício, conforme o caso.Art. 9º: Na hipótese em que o Professor vier a perder a regência de classe/aulas referentes à Jornada de Trabalho/ opção e detiver regência de classes/aulas a título de Jornada Especial de Hora-Aula Excedente - JEX, a escolha/atribuição anteriormente efetuada em JEX será considerada como Jornada de Trabalho/ opção, na quantidade equivalente.
Art. 10: Os critérios da Portaria que dispõe sobre o processo de escolha/ atribuição de classes/aulas no decorrer do ano letivo serão aplicados aos Professores de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, Professores de Ensino Fundamental II e Médio, Adjuntos, Estáveis, Não Estáveis e Contratados por Emergência, inclusive na Educação Especial, que restarem sem classe/aulas ou com aulas em quantidade inferior ao legalmente obrigado, em virtude do disposto nesta Portaria.
Art. 11: Os Diretores de Escola deverão, sob pena de responsabilização funcional:
I- comunicar à respectiva DRE as classes/aulas que restarem sem Professor e as vagas remanescentes no módulo da U.E.;
II- efetuar a digitação das escolhas/atribuições no sistema informatizado- EOL;
III- arquivar os registros de atribuição após serem vistados e homologados pelo Supervisor Escolar.
Art. 12: Os casos excepcionais ou omissos serão resolvidos pelos Diretores Regionais de Educação, ouvida, se necessário, a Secretaria Municipal de Educação- SME.
Art. 13: Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Portaria SME 1.695, de 03/04/08.

CARTA DAS “MÃES DE MAIO” AO I ENCONTRO DE BLOGUEIROS PROGRESSISTAS

INTERNET NÃO PODE SUBSTITUIR A PRESSÃO DAS RUAS

blog MÃES DE MAIO:
Segunda-feira, Agosto 30, 2010

CARTA DAS “MÃES DE MAIO” AO I ENCONTRO DE BLOGUEIROS PROGRESSISTAS
A INTERNET NÃO PODE SUBSTITUIR A PRESSÃO DAS RUASNós, Mães de Maio, escrevemos esta mensagem de agradecimento e reflexão sobre o I Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas.
Em primeiro lugar, com muito respeito e humildade que é o nosso proceder, agradecemos a confiança pelo convite e a calorosa recepção que tivemos de todas e todos os participantes do Encontro. Estamos ainda engatinhando nessa ferramenta que é a blogosfera, a qual acreditamos ser bastante importante para os movimentos sociais e para as comunidades pobres de todo o país. Com ela, já conseguimos romper uma série de barreiras que sempre nos foram colocadas pelos poderosos e pelos detentores do monopólio da comunicação, esta minoria rica e geralmente branca que sempre bloqueou as nossas falas e as nossas idéias de circularem na esfera pública. Porém, há muito o quê avançar...

Débora, das Mães de Maio, participa da Mesa
de Abertura do I Encontro de Blogueiros
Nosso cotidiano, que é o cotidiano da maioria da população, é marcado pelo massacre que o capitalismo sempre fez contra nós: desde as senzalas onde nossos irmãos negros, negras e indígenas eram explorados até a morte; até os tempos modernos, quando a chibata se transformou na ditadura do dinheiro e na farda da polícia. Sempre nos foram renegados todos os direitos fundamentais que qualquer ser humano deveria ter assegurado: a começar pelo Direito à Vida, o Direito de Ir e Vir, o Direito à Saúde, à Moradia, à Educação, à Cultura e à Comunicação Livre.
Nós lutamos por Igualdade de Oportunidades, por Justiça e, sobretudo, pelo Direito de Pensar e Viver em Liberdade. Sabemos que a Democracia que nós vivemos é uma verdadeira farsa, e nós apenas exigimos que ela seja Realizada Plenamente.

O público de blogueiros de todo o país (19 estados) lotou o auditório
Sabemos que temos um longo caminho para construir todas as transformações que o povo pobre e negro das periferias tanto precisam. Mesmo na blogosfera, há muito o quê se avançar no sentido de garantir o pleno acesso à internet e a todas as ferramentas que ela possibilita, visando fortalecer verdadeiros canais de comunicação da periferia com a sociedade como um todo, no país e no mundo. Sem o poder de Voz, de Ação e de Decisão da Maioria, não haverá nunca uma transformação igualitária e justa, inspirada pela Liberdade.

Idéias e Propostas foram discutidas em Grupos de Trabalho
Como propostas imediatas, três das nossas principais bandeiras em relação à blogosfera são:
- ACESSO: A Garantia do Acesso Gratuito à Internet e à Banda Larga para toda a população brasileira, principalmente a população pobre.
- FORMAÇÃO: A estruturação de uma Rede de Oficinas e de Formação, Crítica e Gratuita, que possa efetivamente democratizar a utilização dessas ferramentas (como blogs, sites etc). Orientando também sobre todos os perigos que a mesma blogosfera pode significar.
- SOLIDARIEDADE: Por fim, apoiamos a criação de uma verdadeira rede de blogs, sites, de apoio jurídico gratuito e de apoio material solidário para os efetivos defensores da democracia e da liberdade, visando nos proteger a todos – principalmente quem se encontra mais ameaçado - frente a criminalização dos trabalhadores pobres e dos movimentos sociais. Se a classe trabalhadora não formos solidários entre nós mesmos, ninguém será por nós!

Pelas Ruas do centro de São Paulo, a caminho
do encontro, a Realidade Grita por Justiça!
Apesar de todo o significado do Encontro de Blogueiros e de várias de seuas propostas, sabemos que todas estas medidas necessárias e urgentes não podem criar a impressão e a euforia de que a blogosfera vá substituir a organização popular e a presença cotidiana nas ruas. Sabemos que uma das principais táticas dos poderosos é incentivar que as pessoas fiquem cada vez mais isoladas entre si, dentro de suas casas, reféns do medo do contato direto nas ruas, onde a vida realmente acontece. Este esvaziamento de algumas pessoas das ruas (enquanto elas seguem sendo tomadas por pessoas pobre como nós, descartadas pelo capitalismo, e sem qualquer perspectiva de vida digna), por maiores que sejam as ações virtuais, gera a reprodução das desigualdades, das injustiças e da falta de liberdade efetiva no cotidano. Para nós da periferia, isso significa a ampliação da estigmatização, do terror e da impunidade perpetuada contra nós ao longo de todo a história. As ruas passam a ser apenas espaços de passagem, de compras e da violência contra nós que as ocupamos.
As Mães de Maio defendem que o prêmio "O Corvo" deve ser dado a todos os Corvos do Estado,
responsáveis pelos Crimes de Maio e pelo terror cotidiano nas Periferias de nosso país
Por fim, continuamos repudiando as políticas e práticas de Segurança Pública no Estado de São Paulo. O troféu “O Corvo”, que foi dado à Judith Brito como uma das principais representantes da “Ditadura da Mídia” em nosso país, deveria ser dado também a todos Os Corvos que foram e são os responsáveis diretos pelos Crimes de Maio de 2006 e pelos massacres cotidianos nas periferias de todo o país. De nossa parte, convocamos a todas e todos os blogueiros que participaram do Encontro, que se somem na blogosfera e nas ruas, na luta pela Verdade e por Justiça referente aos Crimes de Maio de 2006 e a todos os crimes similares que representam uma verdadeira “ditadura continuada” em plena era da democracia brasileira. Sem pressão popular não haverá os desarquivamentos, os julgamentos e as devidas punições de todos os agentes de estado responsáveis pelas matanças de ontem e de hoje!

Mães de Maio e Rede Contra Violência (RJ) nas Ruas
protestando pelos 4 anos de impunidade dos Crimes de Maio
Seguiremos lutando cotidianamente, nas ruas, na internet e aonde for, para que o Amanhã Seja Livre!
Muito Obrigada a Todas e Todos pelo Respeito, pelo Carinho e pelo Fortalecimento de nossa Luta! Esperamos que, cada vez mais, ela seja uma Luta de Todos Nós!
SEGUIREMOS ATENTAS, CONECTADAS E PRONTAS PRA LUTAR!
VIVA A PRESSÃO POPULAR!
MÃES DE MAIO
- MÃES DE MAIO -: CARTA DAS “MÃES DE MAIO” AO I ENCONTRO DE BLOGUEIROS PROGRESSISTAS

domingo, 29 de agosto de 2010

Presidente Lula sanciona projeto de lei que limita a jornada dos assistentes sociais em 30 horas semanais

CUT - Central Única dos Trabalhadores:

Vitória dos trabalhadores: aprovada PLC 152/08

26/08/2010

Presidente Lula sanciona projeto de lei que limita a jornada dos assistentes sociais em 30 horas semanais

Escrito por: Luiz Carvalho

  Foto: Dino Santos  

Para Denise, redução é boa para s trabalhadores e para a população:

Para Denise, redução é boa para s trabalhadores e para a população:

Após aprovação pelo Senado Federal no início de agosto, o presidente Luis Inácio Lula da Silva atendeu à reivindicação da CUT e de outras entidades representativas dos trabalhadores e sancionou na manhã desta quinta (26) o Projeto de Lei da Cãmara (PLC) 152/08, que fixa em 30 horas semanais sem redução de salário a jornada dos assistentes sociais.
Com a decisão, o Brasil adequa-se à realidade da maior parte dos países desenvolvidos que já atendem à sugestão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de limitar em 30 horas a duração do trabalho dos profissionais da saúde.
Conforme explica a secretária de Relações do Trabalho da CUT, Denise Motta Dau, além de beneficiar os trabalhadores, a medida altera positivamente o atendimento à população. “Assim como demais categorias da seguridade social como psicólogos, e enfermeiros, os assistentes sociais exercem uma atividade que exige grande envolvimento emocional. Com a mudança, será possível investir mais na qualificação e elevar a dedicação na prestação do serviço”, afirma.
Segundo a dirigente, o próximo passo será lutar no Congresso para que outros trabalhadores do setor desfrutem da redução também já conquistada por fisioterapeutas e terapeutas.
Além disso, a ação contribuirá para a luta do conjunto da classe trabalhadora. “É um momento muito importante da luta, porque favorece a campanha em defesa da redução da jornada para 40 horas semanais sem redução de salário e com limitação das horas extras. Essa é uma ação fundamental para gerar empregos, melhorar a qualificação e aumentar a qualidade de vida dos trabalhadores, que terão mais tempo para se dedicar ao convívio familiar, ao estudo, ao lazer e ao descanso”, comenta.
Leia abaixo carta do presidente da CUT ao presidente Lula em defesa das 30 horas semanais:
Dia 3 de agosto deste ano, foi aprovado no Senado Federal o PLC 152/2008 que dispõe sobre a jornada de trabalho dos profissionais Assistentes Sociais definindo-a como de 30 horas semanais.
Não se trata de reivindicação isolada, pois diversas outras categorias profissionais, como Psicólogos, Farmacêuticos e Enfermeiros, possuem projetos de lei tramitando no Congresso Nacional em variados estágios. O comum entre eles é a reivindicação de jornada de 30 horas semanais. Em 01 de março de 1994 foi aprovada regulamentação da jornada de 30 horas semanais dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais que conquistaram a sanção presidencial.
A redução da jornada faz parte de uma série de medidas – tais como boas condições de trabalho e salário, plano de carreira e formação adequada - que visam preservar a qualidade do exercício profissional por serem profissões altamente especializadas, cujo exercício pressupõe grande esforço mental e envolvimento emocional. A jornada extensa prejudica o profissional e em consequência o destinatário de seus serviços. Assim, proteger o profissional é proteger a população que ele atende.
O debate não é novo, e podemos afirmar que há grande consenso na sociedade civil sobre o tema como fica demonstrado nas decisões das Conferências de Saúde (compostas por 50% de usuários dos serviços públicos), Saúde Mental e Saúde do Trabalhador. Essas Conferências têm decidido favoravelmente pela redução da jornada para 30 horas semanais, como pode ser consultado nos relatórios finais disponíveis no site do Ministério da Saúde. É oportuno ressaltar que para se chegar a uma decisão em Conferência Nacional de Saúde, por exemplo, uma tese como a da jornada, teve que ser aprovada nas etapas municipais e estaduais, portanto com ampla discussão, não sendo portanto decisões de corte corporativo.
É importante registrar que em diversos municípios e estados, por meio de processos de negociação coletiva, se estabeleceu a jornada de 30 horas para essas categorias. Em nenhum desses casos há relato ou avaliação de que a redução trouxe prejuízos, pelo contrário, a jornada reduzida é frequentemente apontada como componente de melhoria das condições de trabalho, com reflexos positivos diretos na qualidade dos serviços.
Sendo essas profissões regulamentadas por Conselhos Profissionais cuja função é normatizar e fiscalizar o exercício profissional, zelando pela qualidade dos serviços prestados à sociedade, é legítimo supor que tais instituições tenham legitimidade em apontar em que condições a profissão será exercida corretamente. Todos os Conselhos têm sido unânimes em apontar a jornada como um dos fatores preponderantes, até pela necessidade de supervisão, formação continuada, participação em congressos científicos e especializações.
Coerente com a luta da classe trabalhadora pela redução da jornada constitucional para 40 horas semanais, defendida pelo conjunto das centrais sindicais como luta prioritária, a redução da jornada para profissões diferenciadas se articula favoravelmente à luta geral.
Neste sentido, manifestamos nosso apoio ao PLC 152/2008 que garante jornada semanal de 30 horas para os Assistentes Sociais e reivindicamos a sanção do mesmo.

CUT - Central Única dos Trabalhadores - Vitória dos trabalhadores: aprovada PLC 152/08

Problemas na qualidade de ensino extrapolam a sala de aula

Municípios com piores Idebs não têm centro cultural ou áreas de lazer. Nas escolas, faltam bibliotecas e laboratórios

Do Portal iG – Último Segundo:Priscilla Borges, enviada especial a Bahia | 24/08/2010 06:50
Os estudantes de alguns dos municípios com piores índices de qualidade na educação enfrentam problemas dentro e fora da sala de aula. Na sala de aula, professores com falhas na própria formação e sem cursos contínuos de atualização encaram disparidades que complicam o processo de aprendizagem. Como crianças e adolescentes que não aprenderam a ler e a escrever na idade correta e correm atrás do prejuízo. Muitas vezes, os alunos desinteressam-se pelas lições do professor. Em casa, não encontram o apoio que precisam. As famílias, quase todas com baixo nível de escolaridade, estão preocupadas em driblar a pobreza e a falta de emprego.
As estatísticas criadas para apontar a qualidade da educação não são capazes de medir todas essas variáveis, que influenciam diretamente o sucesso ou o fracasso de estudantes, escolas e municípios. O iG percorreu, no início do mês, mais de 1.000 quilômetros pela Bahia, Estado que amarga algumas das notas mais baixas do Brasil no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), para conhecer essa realidade por trás dos números.
Na maioria dos municípios visitados, grande parte da população se sustenta com o Bolsa Família. Os municípios, pobres, não oferecem biblioteca, espaços culturais, atividades esportivas ou de lazer. Nas escolas, não há livros ou laboratórios de ciências. Nas casas, falta qualquer material didático e escolar.
Até sexta-feira, o iG publica uma série de reportagens que mostrará os obstáculos ao direito de aprender. Nesta terça, conheça a realidade de Apuarema, Jussari e Dário Meira, municípios com alguns dos piores resultados do Ideb:
• Apuarema amarga o peso da pior nota na educação do País
• Em Dário Meira, gestores tentam compreender nota no Ideb
• Em Jussari, alunos não conseguem aprender a ler e escrever
Foto: Robson Mendes

Victor Wagner dos Santos, de Apuarema, não têm onde estudar ou guardar o material. Tudo fica em uma caixa de papelão
Problemas na qualidade de ensino extrapolam a sala de aula - Educação - iG

Universidades federais chegarão a mais 134 cidades até 2012

Do site do MEC/Educação superior:
Sexta-feira, 20 de agosto de 2010 - 12:59
Até 2012, mais 134 cidades em todo o país receberão um campus de universidade federal. A afirmação foi feita pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, nesta sexta-feira, 20, durante a cerimônia de inauguração simultânea dos novos campi das universidades federais de São Carlos (UFSCar), em Sorocaba (SP), e de Santa Catarina (UFSC), em Curitibanos (SC). A solenidade teve a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
“A política de democratização do acesso à educação superior atende, hoje, mil municípios em todo o Brasil”, disse Haddad. O ministro lembrou que há 105 campi em funcionamento pleno, com instalações definitivas, servidores com concurso e alunos matriculados. Na área da educação superior a distância, já existem 559 polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB). Além disso, até o fim deste ano, terão sido criadas 214 novas unidades dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia, que oferecem cursos técnicos, de tecnologia e licenciaturas.
“Estamos mudando o paradigma, tentando transformar o Brasil em um país um pouco mais igual e justo”, enfatizou o presidente Lula. Em sua opinião, o Estado está cumprindo seu papel. “Não existe ninguém mais inteligente ou menos inteligente; o que existe é a igualdade de oportunidades ou não”.
Na visão da secretária de educação superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari Bucci, a política de expansão das universidades federais ampliou oportunidades para muitas pessoas. “A importância vai além dos novos prédios e estruturas; os filhos desta geração vão crescer sabendo que podem estudar em suas próprias cidades”.
O campus da UFSCar possui 14 salas de aula, dez laboratórios, quadra poliesportiva, restaurante universitário e biblioteca, em uma área de aproximadamente 70 mil m2. As obras tiveram investimento de R$ 19 milhões. Além do campus de Sorocaba, a UFSCar possui outros dois campi, um em São Carlos (SP) e o outro, em Araras (SP).
Atualmente, são oferecidos cursos de graduação nas áreas de administração, ciência da computação, engenharias florestal e de produção, turismo, pedagogia, economia, biologia (bacharelado e licenciatura), e as licenciaturas em geografia, química, física e matemática. Também há opções de mestrado nas áreas de diversidade biológica e conservação, economia e ciência dos materiais.
Já o campus de Curitibanos da UFSC, conta com 15 salas de aulas, biblioteca, dez laboratórios integrados e auditório com 180 lugares. A instituição oferece o curso de ciências rurais, que consiste no primeiro ciclo de um modelo de ensino superior caracterizado pela formação profissional continuada. Inicialmente, os alunos cursarão as matérias básicas e, posteriormente, seguirão para a formação específica em carreiras como agronomia e engenharia florestal. Hoje, 180 alunos estão matriculados em Curitibanos. Os investimentos no campus somam R$ 7,4 milhões.
Assessoria de Comunicação Social
Universidades federais chegarão a mais 134 cidades até 2012

Altamiro Borges: Blogues assumem a contra-informação

bDo blog do Miro:
domingo, 29 de agosto de 2010

Blogues assumem a contra-informação
Reproduzo entrevista de Rodrigo Vianna concedida à Radioagência Notícias do Planalto:
323 jornalistas e comunicadores se juntaram para discutir o poder e o alcance dos blogues e debater a comunicação – de maneira geral – em São Paulo (SP), durante o 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas. O encontro ocorrido entre os dias 20 e 22 de agosto aproximou uma rede em expansão na internet de blogueiros conhecidos por fazerem o contraponto jornalístico dos fatos e opiniões da grande mídia.
Os jornalistas se classificam como independentes e ativistas dos movimentos sociais. O uso do blog foi a maneira que encontraram para driblar o bloqueio midiático a determinados assuntos e combater a concentração dos veículos de comunicação no Brasil.
A Radioagência NP conversou sobre o Encontro de Blogueiros com um dos organizadores do evento, o jornalista Rodrigo Vianna. Rodrigo também é diretor de Comunicação do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, que articulou o fórum:
Rodrigo, a partir do encontro, os blogueiros se dispuseram a fazer reuniões em pelo menos 19 estados brasileiros. Você considera que esse primeiro encontro foi um marco da comunicação social no Brasil?
Sim, foi um marco da comunicação no Brasil, inclusive isso acabou entrando até na agenda da campanha eleitoral. Um dos candidatos que está meio nervoso nas últimas semanas chegou a fazer uma declaração desqualificando os blogues. Mas, na verdade, passou um recibo da importância relativa que os blogues já tem no debate em comunicação no Brasil. Em muitas cidades há dezenas de blogueiros que conseguem ser um contraponto à imprensa escrita tradicional, ou seja, a velha imprensa brasileira que é controlada por meia dúzia de famílias. Então é um marco porque ele colocou frente a frente as pessoas que estão fazendo esse contraponto e essa rede dos blogueiros, que já é forte, vai ficar mais forte ainda a partir do Encontro.
O que seria o Partido da Imprensa Golpista (PIG)?
Olha esse termo PIG, que é um termo bem-humorado para se referir a esse Partido da Imprensa Golpista, surgiu a partir de um discurso de um deputado federal Fernando Ferro (PT/PE). Ele estava fazendo justamente a análise da grande imprensa brasileira, no momento específico de 2005 e 2006, e isso criou uma onda que aparentemente queria derrubar o governo federal. E a partir disso o jornalista Paulo Henrique Amorim cunhou esse termo PIG e a gente usa esse termo nos blogues para se referir a essa velha imprensa, que tem tido um papel no mínimo complicado nos últimos anos no Brasil.
Como a afirmação de Serra sobre os “blogues sujos” foi recebido pelos Blogueiros Progressistas?
Foi tratado na base da galhofa que é como merece ser tratado um candidato se referir dessa maneira aos blogues, ele que tem uma relação tão próxima com a velha imprensa. Ele na verdade fez o porta-voz da velha imprensa. A gente já não sabe mais se a imprensa que é porta-voz desse candidato ou se ele é porta-voz da velha imprensa. Então foi tratado assim na base da galhofa porque não dá pra levar a sério um negócio desse.
O blog Cloaca News vai pedir explicações de Serra na Justiça sobre o que seria "os blogues", é isso?
É, vai pedir que ele nomeie, pois ele fez uma referência genérica. Aí o Cloaca News - que é um blog que mistura investigação com bom humor - disse que vai interpelar o Serra judicialmente, para que o candidato diga quem são esses blogues que ele considera “blogues sujos”. E o Paulo Henrique Amorim, durante o Encontro de Blogueiros, propôs que a gente desse um prêmio ao Serra de twittero cascão por disseminar sujeiras em certos momentos pela rede de computadores.
Como você avalia o papel dos blogues nesta eleição?
Aquilo que a gente faz é um contraponto, eles já não falam sozinhos. De 2005 para cá, os jornais e as revistas - que eu chamo de velha imprensa - caminharam de um lado só. Todos passaram a fazer oposição ao governo federal. Não que o governo não mereça críticas, há muitos temas em que a crítica deve ser feita e quando há corrupção o jornalista tem que mostrar, mas foi uma coisa unilateral. A tal ponto que a presidenta da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), Judith Brito, que é também diretora da Folha de S. Paulo, disse que dada a fragilidade da oposição partidária a imprensa passava a fazer o papel de oposição. Eles dizem que são isentos, mas não existe essa história de isenção completa na imprensa. Eu acho que a pessoa pode ter um lado, mas deve se prender a verdade factual. Por isso que os blogues crescem tanto, por culpa também do péssimo serviço de informação que a velha imprensa brasileira faz em nosso país.
Durante o encontro vocês também deixaram claro o apoio à Ação Direta de Inscontitucionalidade (Adin), que o jurista Fábio Konder Comparato entrou no Supremo Tribunal Federal. Essa ADIN é para regulamentar artigos da Constituição sobre comunicação?
O professor Fábio Konder Comparato vai ingressar, ele ainda não ingressou. Ele vai ingressar em nome de entidades na área de comunicação, com apoio de centrais sindicais e sindicatos e dos blogueiros do Encontro Nacional dos Blogueiros. É uma ação pedindo que o Estado faça cumprir o que está na Constituição. Há vários artigos da área de comunicação que não são cumpridos, por exemplo, o que diz que não pode existir oligopólio e propriedade cruzada dos meios de comunicação. [Hoje] uma única família é dona do rádio, da televisão, do jornal, da internet, da TV a cabo. Não dá. É muito poder concentrado e a Constituição veda isso. Mas o Brasil não coloca isso em prática por causa do poder dessas famílias. Então o Brasil tem que questionar o poder dessa meia dúzia de famílias que ainda mandam na comunicação brasileira.
Altamiro Borges: Blogues assumem a contra-informação

sábado, 28 de agosto de 2010

Funerária: SINDSEP se reune com representante do governo

A notícia abaixo, publicada pelo site do SINDSEP apresenta uma divergência entre a manchete e o conteúdo da matéria. A manchete fala sobre uma reunião com trabalhadores da funerária, no entanto, no artigo, nenhuma referência é feita à participação dos trabalhadores. Trata de uma reunião entre entidade e governo. Confira!

Do site do SINDSEP:

Reunião com os trabalhadores da Funerária

Publicado em quinta-feira, 26 de agosto de 2010

No dia 20 de agosto o Sindsep se reuniu com o chefe de gabinete da Funerária para tratar de diversos assuntos, vejam as respostas da reunião:

EXTENSÃO DA GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE PARA FUNERÁRIA - O governo enviou Projeto de lei de gratificação para os agentes de apoio e AGPPs, mas não incluiu  o pessoal das autarquias Funerária, Iprem, HSPM e Autarquia Hospitalar). O Sindsep vai propor emenda para incluir, mas a Funerária deve cobrar junto a SMG a inclusão de seus trabalhadores.

Há concordância e a Funerária já está cobrando a entrada do pessoal num projeto substitutivo.

GRATIFICAÇÃO DE ATENDIMENTO PÚBLICO - Foi elaborado projeto para extensão dessa gratificação aos AGPPs da Funerária. A proposta do SIindsep é que fosse incluído no PL que está na Câmara e que esta gratificação também deve ser paga a todos os servidores que atendem o público.

REFORMA DA OFICINA  E CEMITÉRIOS -  É uma verdadeira enrolação, todas as vezes  dizem que está sendo providenciado, mas a Secretaria nunca libera verba, diz que foi feita a licitação para o telhado da vila Maria e de alguns cemitérios, vamos aguardar uma solução.

PROGRESSÃO/PROMOÇÃO - O prazo para apresentação de documentação se encerrou no dia 20, serão progredidos (mudança de categoria), aproximadamente 100 trabalhadores do nível básico e 55 do nível médio. Será promovido (mudança de nivel) apenas 21, sendo 18 nível básico e 3 do nível médio. Esperamos tantos anos por isso e agora apenas uma pequena minoria progrediu. O pagamento será feito em setembro, retroativo a junho.

CONCURSO DE SEPULTADORES - Já foi dado prosseguimento para autorização do concurso. Será que sai? está nas mãos de SMG.

DESCONTOS NO VALE REFEIÇÃO E VALE TRANSPORTE - As reclamações são constantes do pessoal que trabalha no final de semana e depois tem folga, a reclamação é que se desconta o vale. A explicação do setor de pessoal é que o pagamento é feito no dia efetivamente trabalhado,  o problema é que quando se tem folga também é feito o desconto. O Sindsep propôs que houvesse uma explicação por escrito e que publicaremos no nosso próximo boletim, inclusive com explicações de como se lê o hollerith.

MINISTÉRIO PUBLICO - Há denúncia das péssimas condições de trabalho, o Sindsep respondeu as questões e queremos ouvir a Funerária. Foi dado encaminhamento de também falarmos com Dra. Rosana para discutirmos os exames periódicos

O Sindsep considera que agora é por em prática o que foi discutido e não "sentar" em cima dos problemas novamente. Quanto aos projetos de lei, teremos que fazer pressão na Câmara para incluir os trabalhadores da Funerária e das Autarquias.

:: SINDSEP ::

APROFEM desmente boatos sobre ação contra concurso de professores

Do Informativos APROFEM - Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo
26/8/2010

Transformação de Cargos - CEIs

A APROFEM foi surpreendida com a notícia de que boatos sem fundamento e procedência, veiculados inclusive na internet, divulgavam que a Entidade ingressou com ação judicial visando impugnar etapas do concurso de ingresso para Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I.

Esclarecemos:

1- A APROFEM não ingressou com qualquer medida judicial sobre o referido concurso ou sobre a transformação de cargos acima mencionada.
2- Este assunto foi tratado com a costumeira responsabilidade e transparência na Reunião de Representantes Sindicais realizada nesta data, sendo que as orientações sobre a posição da Entidade e os encaminhamentos a serem adotados pelos interessados constam da Pauta da Reunião e deverão ser divulgados pelos Representantes, a partir de amanhã, nas respectivas UEs. A partir da semana que vem, o conteúdo da referida Pauta estará presente no Portal APROFEM, podendo ser acessado pelos interessados.
3- A APROFEM deplora estas iniciativas de intencionalidade tendenciosa e irresponsáveis, com a clara finalidade de espalhar a desinformação e o pânico dentre os servidores envolvidos.
4- No entanto, tem a convicção de que os filiados à APROFEM e demais interessados terão discernimento suficiente para desconsiderar tais tentativas.

São Paulo, 26 de agosto de 2010.

APROFEM - DIRETORIA

Vandalismo, a maior queixa das escolas

Do site do Sinesp / Notícias

SINESP NA MÍDIA 

Artigo publicado no Jornal da Tarde de 14/08/2010, caderno Cidades

Vandalismo, a maior queixa das escolas

Levantamento aponta os problemas destacados por profissionais das escolas municipais de SP
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ISIS BRUM
isis.brum@grupoestado.com.br

Ameaça, furto e vandalismo são os tipos de violência mais frequentes nas escolas municipais de São Paulo, de acordo com o estudo Retrato da Rede 2010, realizado pelo Sindicato dos Gestores Educacionais de São Paulo (Sinesp) em parceria com o Instituto TV Cultiva, em 2009, e divulgado neste ano.

Entre as unidades distribuídas em 31 subprefeituras, dez delas relataram sofrer com ameaças, nove com furtos e oito com atos de vandalismo, violência que atingiu o maior porcentual: 31% dos entrevistados a relataram em Perus, na zona norte. A Secretaria Municipal de Educação informou que enfrenta o problema com ações como ampliação do horário de permanência do aluno na escola e atividades de lazer com a participação dos pais (leia abaixo).

As reclamações foram feitas por uma amostra de 418 profissionais da educação, entre diretores, assistentes de direção e coordenadores pedagógicos da rede municipal e os resultados refletem a situação vivida no ambiente escolar.

A agressão física – a forma mais grave de violência escolar – apareceu em três regiões. A subprefeitura de Vila Mariana, na zona sul, é a segunda no ranking de maior incidência desse tipo de violência, juntamente com o bullying – 16,7% dos entrevistados da região relataram ter presenciado situações de violência física e humilhações.

Para uma coordenadora pedagógica da rede, que pediu para não ser identificada, a situação mais grave do dia a dia é lidar com alunos armados. Geralmente, são estudantes em liberdade assistida (programa da Fundação Casa para reinserir socialmente menores que cometem delitos) ou dos cursos noturnos para jovens adultos (EJA). “Eu já convenci aluno do EJA a me entregar a arma com a qual ele queria matar a professora de Geografia”, conta a educadora, de 47 anos, dos quais 28 dedicados ao ensino público. “A gente sai de casa e não sabe se volta”.

Para uma diretora de uma escola da zona norte, a depredação do patrimônio público é um dos piores problemas de sua unidade. Na análise da educadora Silvia Colello, da Faculdade de Educação da USP, “a escola incorpora valores e tensões da sociedade, mas também gera e fomenta sua própria forma de violência”. Para Silvia Colello, “o aluno, muitas vezes, encontra autoritarismo, professores descompromissados, que faltam o tempo todo, uma escola feia e um ensino que não diz nada para sua vida”.
“A violência contra o patrimônio mostra como o aluno não tem vínculo com a instituição e o quanto não se sente bem naquele espaço”, diz Silvia. Um exemplo disso é a depredação do CEU Três Pontes, na zona leste, alvo de vandalismo em janeiro, após sofrer com o alagamento crônico do entorno.

“Se a instituição não dá nem chance para os filhos de uma determinada comunidade obterem uma vaga, que relação essas pessoas vão ter com a escola?”, questiona o sociólogo Moisés Batista, pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP.

Preocupado com os entraves que dificultam o funcionamento da rede, Batista acredita que a reversão desse quadro começa com cada unidade revendo seu projeto político-pedagógico. Na mesma linha, Silvia defende que as escolas abordem os problemas de violência interna, descubram os motivos que levam a ela e proponha soluções específicas para sua unidade.
Presidente do Sinesp, João Alberto Rodrigues de Souza espera que o documento seja discutido pela Prefeitura e ajude a melhorar o cotidiano dos educadores.
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Sindicato pretende criar um índice da violência em 2011
Este é o quinto ano em que o estudo ‘Retrato da Rede’, do Sinesp, é elaborado, mas é apenas a segunda vez que o levantamento é quantificado de acordo com métodos científicos. A ideia dos dirigentes do Sinesp é, só a partir do ano que vem, divulgar dados comparativos de um ano para o outro e, dessa forma, formatar um índice da violência escolar com base nos relatos colhidos pelo sindicato.

A entidade representa diretores de escolas, supervisores e coordenadores pedagógicos da rede municipal da capital. O questionário sobre violência é aplicado a esses profissionais. O Sinesp tem um representante para cada subprefeitura da cidade.
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Maior participação dos pais ajuda
Ampliação dos turnos diurnos de permanência nas escolas e a realização de atividades de lazer nas unidades, inclusive aos sábados, e com a participação dos pais, são duas estratégias de combate à violência adotadas pela Secretaria Municipal de Educação, de acordo com nota enviada por sua assessoria de imprensa.

Atividades pedagógicas, como passeios monitorados a museus e teatros, distribuição de guias anti-drogas para alunos e professores e palestras dadas por policiais militares e guardas civis sobre o consumo entorpecentes também fazem parte das ações da pasta para reduzir os índices de violência em suas unidades.
Para a SME, o desgaste que os educadores alegam sentir no ambiente escolar deve-se mais “à dificuldade em lidar com conflitos originados num ambiente cada vez mais heterogêneo”, já que a rede cresceu “significativamente nos últimos 20 anos”. “O fato de alguns alunos terem dificuldades no aprendizado, por exemplo, pode gerar frustração em estudantes e professores”, informa a nota.

Condições melhoraram
Os profissionais ouvidos pela reportagem e o próprio sindicato afirmam ser, além da violência, burocracia, falta de infraestrutura e valorização do educador, ao contrário do que destaca a secretaria.

De acordo com o órgão, os salários foram reajustados em 40,9% e receberão mais 33,79% nos próximos três anos. “As condições físicas das escolas melhoraram muito nos últimos anos, com reformas parciais ou totais em todas as unidades.
Vem crescendo também o suporte pedagógico que é dado aos professores, como a adoção das Orientações Curriculares, o segundo professor em sala de aula e o uso dos Cadernos de Apoio e Aprendizagem, melhorando e facilitando assim o trabalho dos educadores”, aponta a pasta.
Também de acordo com as informações da assessoria da secretaria, contribuíram para a melhoria das condições de trabalho dos professores “a autonomia dada às escolas da rede municipal de ensino, a adequação da jornada do professor à do aluno, a garantia de cinco horas de aula por dia e a premiação por desempenho”. Para o órgão, estes são mais alguns dos benefícios conquistados pelos profissionais da educação.

Bolsa para professores do Estado sai com atraso

Agora São Paulo – Trabalho:
28/08/2010

Bolsa para professor só sai após o dia 15

Carol Rocha
do Agora
A primeira parcela da bolsa-auxílio do Estado, que será paga para cobrir os gastos dos 10.083 candidatos a professor da rede estadual no curso de formação, deverá sair somente após o dia 15, na metade do segundo mês de aulas. A estimativa foi feita com base no edital da seleção. O benefício é de R$ 1.383,11.
A Secretaria de Estado da Educação não confirma o pagamento do auxílio para a segunda quinzena de setembro. A pasta afirmou que não há data para o primeiro depósito.
A demora no pagamento se deve à forma escolhida pelo Estado para avaliar os candidatos nos módulos do curso de formação. No final de cada ciclo, será produzido um relatório para analisar a frequência nas aulas presenciais e à distância.
Agora São Paulo - Trabalho - Bolsa para professor só sai após o dia 15 - 28/08/2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Os noves fora de José Serra

Carta Maior:
Colunistas| 27/08/2010 | Copyleft

DEBATE ABERTO

Os noves fora de José Serra

Secundado pela mídia que sempre o apoiou, e hoje se declara independente, Serra não tem escrúpulos em conspurcar a credibilidade do jogo político às vésperas de uma eleição presidencial. Em queda livre, o candidato e seus aliados ensaiam uma quartelada midiática.

Gilson Caroni Filho

O que estamos assistindo agora, com as tentativas tucanas de plantar escândalos e judicializar a campanha, é a uma gigantesca operação de engodo de candidatura sem perspectiva. Secundado pela mídia que sempre o apoiou, e hoje se declara "independente", Serra não tem escrúpulos em conspurcar a credibilidade do jogo político às vésperas de uma eleição presidencial. O que ele e seus sócios do PPS e do DEM estão querendo fazer é um autêntico golpe de mão, uma quartelada midiática para evitar que a sociedade possa comparar dois projetos de país.
Estado por estado as notícias são parecidas. Há um rápido processo de cristianização do candidato tucano. No Nordeste é um arraso: quem fez oposição a Lula nos últimos quatro anos, desembarca da nau serrista para cuidar da própria sobrevivência política. Nem mais em São Paulo, estado que o elegeu senador, prefeito e governador, Serra voa em céu de brigadeiro. O repúdio não se dirige apenas contra sua melancólica figura, mas ao estilo de governo posto em prática nos oito anos em que o neoliberalismo vigorou no país. Há algo de covarde na recusa de uma comparação retrospectiva, mas também há algo de didático no exame das decisões de um ator político.
Quando se nega a comparar o governo a que pertenceu com a gestão petista, Serra afirma “que não faz política olhando para o retrovisor". Certamente preferia que tudo fosse diferente, mas, no beco sem saída em que se encontra, não é possível acertar o caminho com manobras abruptas. Seu trem em marcha ré colidiria com os desastres da política econômica de FHC, o padrinho a ser ocultado.
Vamos aos fatos: a abertura comercial, promovida pelo consórcio demo-tucano, não trouxe ganhos de competitividade à indústria nacional. Pelo contrário, causou um efeito devastador em setores, como o têxtil, transformando segmentos que produziam localmente em meros importadores de insumos. De acordo com estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), depois de oito anos de economia submetida à concorrência internacional, sem instituição de políticas públicas adequadas, as conseqüências apareceram nos resultados negativos da balança comercial, em menos geração de emprego e renda no Brasil.
Os pesquisadores concluíram que a importação de matérias-primas provocou o esgarçamento dos setores intermediários de produção, aqueles encarregados de produzir os insumos para os fabricantes de produtos finais. A análise dos resultados na década de 1990 demonstrou maior competitividade na produção de commodities e vulnerabilidade das atividades de maior conteúdo tecnológico, aquelas com maior valor agregado e responsáveis pela geração de mais postos de trabalho. Nesse contexto, cabe a pergunta: como Serra teria condições de apresentar sua política industrial, sem renegar totalmente o pensamento do PSDB?
Seguindo os preceitos do Consenso de Washington, a possibilidade de o Brasil tornar-se exportador de produtos básicos, que seriam processados em outros países, e importados posteriormente, era o que se afigurava como horizonte à época. Na indústria química, o crescimento das importações levou à desativação de centros de produção de insumos. Princípios ativos para a produção de medicamentos que, nos anos 80, começaram a ser produzidos aqui, com a abertura desregulada, passaram a ser fornecidos pelos Estados Unidos e por países europeus. Nos tempos ministeriais de Serra, a saúde que interessava era o da indústria farmacêutica internacional. Não lhe peçam, portanto, para apresentar propostas programáticas para o setor. Além das platitudes, o vazio é total.
No campo energético, o desastre não foi menor. A decisão de vender usinas prontas, em plena operação, sem ao menos abrir aos investidores a oportunidade, e o consequente risco, do empreendimento novo, gerou uma situação de insegurança energética, com 70% do mercado de distribuição e boa parte da geração privatizados. Sem agregar energia nova, o governo de FHC pensou em esquartejar Furnas quando o movimento mundial ditava fusões. Não faltavam, ainda, os defensores da venda da Chesf, detentora de grandes reservatórios - alguns de alta importância ecológica e social - antes de se regulamentar o uso múltiplo das águas. O que Serra teria a dizer sobre o descalabro? Por que a doce e ética Marina silencia sobre o tema?
Por que não discutir sobre as consequencias desastrosas da Alca, a Área de Livre Comércio das Américas, programada para se instalar em 2005 e que, fatalmente, nos levaria a novo pacto colonial?
Serra, o “Zé que joga pesado" não pode defender o passado sem deixar de fazer um elogio à rasteira da soberania nacional. Por isso, dele só se pode esperar a pregação golpista, o denuncismo como método. E um genérico de Elba Ramalho em seu programa eleitoral. O ex-presidente da UNE jogou sua biografia no ralo das circunstâncias. Da soma dos fatores a que se submeteu, deixando de fora os nove, sobra rigorosamente nada.

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil

Carta Maior - Gilson Caroni Filho - Os noves fora de José Serra

O crack, a campanha e a realidade paulista | Viomundo - O que você não vê na mídia

27 de agosto de 2010 às 10:37

O crack, a campanha e a realidade paulista

por Luiz Carlos Azenha

Será que aquele jatinho do Jornal Nacional vai pousar em Congonhas e visitar o centro de São Paulo?

Se for, encontrará este cenário na chamada cracolândia:

No entanto, quem não mora em São Paulo — ou quem mora e nunca passou pela cracolândia — fica imaginando que aqui o problema foi resolvido e que os tucanos pretendem “exportar” uma solução paulista para outros lugares do Brasil.

A cracolândia no centro de São Paulo, diga-se, não é um fenômeno novo, que não pudesse ter sido enfrentado com uma solução criativa. É bom saber que pelo menos agora tem gente despertando para o problema.

Do Diário de Pernambuco:

26/08/2010 | 20h58

Monica Serra aposta na simpatia para conquistar eleitores para o marido

A simpatia de Monica Serra contrastou com o comportamento geralmente sizudo do marido, o presidenciável tucano José Serra. Em visita ao Recife, hoje, Monica encontrou lideranças comunitárias no Clube das Pás e desfilou com chapéu de palha com a bandeira de Pernambuco, que recebeu de presente da artesã Rose Presbítero.

Ao falar sobre o combate ao crack, uma das bandeiras da campanha do marido, Monica defendeu a criação de clínicas especializadas no serviço público de saúde. “O tratamento, hoje, só existe em clínicas particulares”, declarou.

A esposa de Serra aproveitou a visita para condenar a violação de sigilo de quatro pessoas do PSDB ligadas a Serra. “Isso é caso de polícia. Se nada for feito, estamos numa ditadura”, afirmou.

Monica também defendeu o Bolsa Família e afirmou que o programa foi derivado de um projeto semelhante desenvolvido na gestão de Fernando Henrique Cardoso como presidente da República. Ela reforçou o discurso do marido, que diz que vai dobrar o valor destinado ao programa.

Pela manhã, Monica visitou a ONG Casa de Passagem, a Fundação Altino Ventura e a Casa da Cultura.

Do Zero Hora:

Eleições | 23/08/2010

Serra quer criar clínicas para dependentes químicos

Em Sorocaba, candidato tucano afirmou que fará mudanças em pedágios federais

Candidato do PSDB à Presidência, José Serra, disse nesta segunda-feira que, caso seja eleito, vai criar clínicas para tratamento de dependentes químicos, viciados em drogas e álcool.

Segundo Serra, o combate às drogas é um assunto fundamental para o país.

— O crack no Brasil de hoje é uma verdadeira desgraça. Tem que ser combatida a entrada de cocaína pelas fronteiras, coisa que o governo federal não fez adequadamente. Tem que ser combatido o tráfico e tem que ter um processo educacional para afastar a juventude das drogas — defendeu o candidato, após participar de uma caminhada de pouco mais de uma hora pelas ruas do centro da cidade de Sorocaba, a 90 quilômetros da capital.

Serra também afirmou que fará mudanças nos pedágios federais:

— Os pedágios federais hoje são inclusive uma fraude. Não tiveram investimento nenhum nas rodovias federais — afirmou.

PS: As fotos foram tiradas por colaboradores do blog que não querem se identificar.

O crack, a campanha e a realidade paulista | Viomundo - O que você não vê na mídia

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

O passado nebuloso das supostas “vítimas” de quebra de sigilo

Globo, Veja, Folha e Estadão vão tratar apenas como “alta cúpula do PSDB” ou “pessoas próximas a Serra”. Porém, muita história precisa ser contada sobre as supostas “vítimas” da quebra de sigilo: privatizações, esquemas de favorecimento, caixa de campanha. Conheça as histórias que a velha mídia não vai contar.
Todas as supostas “vítimas” da quebra de sigilo pela Receita estão ligadas ao governo FHC.
A primeira a aparecer, Eduardo Jorge, hoje vicé-presidente do PSDB, ao ser investigado pelo Ministério Público em 2000, foi beneficiado por encobertamento de dados pelo ex-Secretário da Receita Federal Everardo de Almeida Maciel por 8 anos no Governo FHC, que depois teve de responder à justiça por improbidade administrativa. Eduardo Jorge responde por indícios de enriquecimento ilícito e existência de incompatibilidade de sua renda de servidor público com o patrimônio declarado. Sua história com a Receita Federal, dificultando a ação da Justiça, tem histórico desde 2000.
O segundo nome, Luiz Carlos Mendonça de Barros foi pego em conversas gravadas na sede do BNDES. Revelou-se um esquema de favorecimento de empresas no leilão de privatização da Telebrás, elaborado por Luiz Carlos Mendonça de Barros e André Lara Resende, então presidente do BNDES, com a devida condescendência do Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, que também aparece nas gravações.
O terceiro, Ricardo Sérgio de Oliveira, foi o principal articulador da formação dos consórcios que disputaram o leilão das empresas de telecomunicações. Ex-diretor da área internacional do Banco do Brasil, companheiro de militância política de Serra desde o regime militar, em 1998 foi caixa das campanhas de Fernando Henrique Cardoso, para a Presidência, e de Serra, para o Senado. Foi responsabilizado pelo Banco Central por um caminhão de irregularidades que favoreceram a entrada do Banco Opportunity em um consórcio para disputar o leilão da Telebrás. O mesmo caso em que a “vítima” 2, Luiz Carlos Mendonça de Barros, estava envolvida.
O último envolvido, Gregório Marin Preciado, ex-sócio e primo de Serra, é revelado em documento levantado pelo jornalista Amaury Ribeiro Jr, no ato de pagar mais de US$ 10 milhões a uma empresa de Ricardo Sergio, a “vítima” 3. Outro dos documentos levantados pelo jornalista, mostra ainda, pela primeira vez, a prova de como, quanto e onde Ricardo Sergio recebeu pela privatização (site Conversa Afiada).
Amaury iniciou a divulgação do que seria um livro (Porões da Privataria) e prometeu divulgá-lo pela internet após a Copa. As relações entre o genro de Serra e o banqueiro Daniel Dantas estão esmiuçadas de forma exaustiva nos documentos a que teve acesso. “O escritório de lavagem de dinheiro Citco Building, nas Ilhas Virgens britânicas, um paraíso fiscal, abrigava a conta de todo o alto tucanato que participou da privataria” (site Conversa Afiada). Daniel Dantas é o banqueiro do Oportunity, com um patrimônio estimado em US$ 1 Bilhão, e que chegou a ser preso, mas teve o Habeas Corpus mais rápido de nossa história. Sua irmã, Veronica Dantas foi sócia da filha de Serra, Veronica Serra, em uma empresa aberta em Miami em 2000, época das privatizações. A empresa durou pouco mais de 2 anos até 2002, quando Serra fez sua primeira campanha para Presidente.
Desde que Amaury apareceu com a ameaça de revelar o que acontecia nas privatizações de FHC, e a relação com os caixas de campanha de Serra e FHC, Serra iniciou uma séria de denúncias na mídia que o retro-alimenta, sobre supostos dossiês. Veja, Folha e Jornal Nacional reproduzem a mesma notícia requentada há alguns meses. O objetivo da campanha de Serra, inclusive da mídia, é esvaziar as denúncias contidas no livro de Amaury. Também tentam reverter a situação desesperadora de 20 pontos atrás de Dilma. Não existe coincidência.

Conheça caso a caso:

  • Série Dossiê: “vítima” 1 – Eduardo Jorge

  • Série Dossiê: “vítima” 2 – Luiz Carlos Mendonça de Barros

  • Série Dossiê: “vítima” 3 – Ricardo Sérgio de Oliveira

  • Série Dossiê: “vítima” 4 – Gregório Marin Preciado
    Clique aqui para ver a série Dossiê na íntegra
  • quarta-feira, 25 de agosto de 2010

    Educadores discutem o Plano Municipal de Educação

    Plenária que será realizada sábado na UNSP propõem a organização dos trabalhadores e da sociedade para exigir o cumprimento do Plano Municipal de Educação aprovado em junho. No Plano está contida propostas avançadas e que contemplam profissionais da Educação como a contagem do tempo de ADI e Diretor (nas creches) para aposentadoria e evolução, Assistentes de Direção e Secretários de Escola em CEIs e EMEIs, recesso em julho, redução de crianças e alunos por professores desde o berçário ao ensino médio. Veja a chamada, divulgue e participe!

    Plenária de Educação

    Pauta:

    • Aposentadoria e Evolução de PEIs e Diretores (contagem do tempo de ADI e de Diretor de Equipamento Social)
    • Recesso em julho nos CEIs
    • Redução do número de crianças/alunos por professor
    • Plano Municipal de Educação
    • Unificação das entidades sindicais

    Data e Horário: sábado, 28 de agosto – 14 horas

    Local: União Nacional de Servidores Públicos – UNSP-SP - Rua Vicente Prado, 74/84, Bela Vista (veja o mapa no final)

    Companheiras e companheiros da Educação,

    Em junho de 2010, mais de 1500 delegados eleitos regionalmente pela cidade de São Paulo, entre pais, professores, alunos das redes de ensino municipal, estadual, conveniada e privada, bem como movimentos sociais e organizações da sociedade civil, aprovaram as propostas do Plano Municipal de Educação.

    A maior cidade da América Latina precisa ter um plano para a educação nos próximos dez anos que independa do atual ou dos próximos governos, ainda mais quando estamos em um ciclo de crescimento do país que exige medidas urgentes para melhoraria de sua qualidade. É necessário preparar e formar crianças, jovens e adultos para uma sociedade em transformação cuja participação do cidadão é cada vez maior pela consolidação democrática e cujo mercado de trabalho exige qualificação crescente e contínua.

    Mas o fato é que não sabemos que medidas está tomando a Secretaria de Educação cujo compromisso é entregar para a Câmara de modo a ser votado um Projeto de Lei contemplando as propostas neste segundo semestre. Precisamos de urgência e a sociedade que elaborou e votou as propostas terá um papel de vigilância sobre o conteúdo e manipulações do projeto que não pode ir em direção oposta ao que decidiram seus representantes.

    Também não temos ainda informações das entidades sindicais que nos representam. A elas, nesse momento, cabe unificar seus objetivos em torno do debate e da aprovação da lei que beneficia não somente a educação e os alunos, mas também os profissionais contemplados em diversas propostas. O Plano prevê a contagem do tempo de ADI e Diretor de Equipamento Social para aposentadoria e evolução funcional, o recesso em julho nos CEIs, Redução de alunos por professor da creche ao ensino médio, fim dos convênios, Assistente de Direção e Secretários
    em CEIs e EMEIs, formação continuada específica e de pós-graduação para os profissionais de educação, melhorias salariais para todos os profissionais da educação, aposentadoria especial para os especialistas e professores readaptados, dentre outras propostas. Leiam mais no blog: Plano Municipal de Educação: Vitória dos servidores!

    Vamos nos reunir neste sábado, 28 de agosto, para discutirmos os passos para sairmos desse momento de inércia. A Professora Célia Matias, histórica militante desde o movimento de creches, oferece a sede da entidade que preside para nossa organização. Sabemos que não dá para contar com a boa vontade do governo Kassab. A proposta deste encontro é discutir com os filiados das diversas entidades sindicais para tomarmos ações conjuntas e cobrarmos dos nossos sindicatos a unidade necessária para garantirmos vitória nesse momento histórico.

    Participe! Divulgue! Faça sua parte!

    image 
    Mapa do Local: UNSP - Rua Vicente Prado, 74/84, Bela Vista

    Blog chega a 2 mil visitas por mês

    Nesse dia 25 de agosto chegamos pela primeira vez em um prazo de 30 dias corridos a 2 mil visitas. No total, desde a criação do blog, em 10 de março, dia do X CONGRESSO DO SINDSEP, já recebemos mais de 6.500 visitas. O crescimento tem sido contínuo. Agradecemos aos leitores!

    “Dois professores na sala de aula, propaganda enganosa do governo paulista”

    Aproveitando a campanha eleitoral, onde as mentiras deixam as propagandas pagas com nosso dinheiro para o horário gratuito, vamos lembrar que papo é esse de 2 professores por sala de aula. Na escola de Serra e Kassab, 1 + 1 não dá 2.

    Do site Viomundo - O que você não vê na mídia

    30 de abril de 2010 às 21:03

    “Dois professores na sala de aula, propaganda enganosa do governo paulista”

    por Conceição Lemes
    A rede de ensino pública do Estado de São Paulo tem mais 5 mil escolas, 240 mil professores e 5 milhões de alunos.
    Veja este comercial. É de 2009, quando José Serra (PSDB) era governador. O tema dois professores na sala de aula é um dos principais “pontos de venda”.
    O assunto é abordado rapidamente também  neste recente anúncio do governo paulista.
    Gostaria que o esquema dos dois professores fosse implantado na escola de seus filhos, sobrinhos ou netos? E que fosse disseminado por todo o Brasil?
    “Pois a história dos dois professores na sala de aula é mentira ”, denuncia o professor Fábio Moraes. “É para iludir a população dos outros estados, pois os pais, os alunos e os professores de São Paulo já sabem que é um engodo. Eu desafio o ex-governador José Serra a mostrar uma única sala de aula na rede pública estadual onde existam dois professores. Nunca houve isso.”
    Fábio Moraes é secretário do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do  Estado  de São Paulo (Apeoesp). Nessa condição, percorre continuamente toda a rede pública. O esquema propagandeado dos dois professores seria para crianças aprendendo a ler e a escrever, ou seja, nas classes do atual segundo ano do primeiro grau (antigo primeiro ano primário).
    Fábio explica por que considera a propaganda enganosa:
    1º) O que existe em algumas salas é a presença de um professor e de um estagiário, que não é professor formado.
    2º) Os estagiários são remanescentes do Projeto Escola da Família, do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que José Serra reduziu drasticamente. Por esse projeto, as escolas eram abertas nos fins de semana para a comunidade, e os estagiários atuavam como monitores. Serra alocou então parte dos estagiários do Escola da Família no Projeto Dois professores na sala de aula.
    3º) Desde 1998, há crescente municipalização do ensino das primeiras séries do primeiro grau, justamente quando as crianças aprendem a ler e a escrever. O governo do Estado foi transferindo pouco a pouco essa responsabilidade para as prefeituras. Assim, hoje são poucas escolas da rede pública estadual que atuam na alfabetização.  A maior parte das classes dos primeiros anos está nas mãos das prefeituras e não do Estado, como a propaganda do governo estadual pode levar muitas pessoas a acreditar.
    4º) Além disso, o governo estadual coloca até 40 alunos numa sala. Mesmo que fossem dois professores de verdade em classe, do ponto de vista pedagógico é inadequado. Já está comprovado que o ideal, para a aprendizagem, são salas de 20 alunos. Por que não organizar salas de 20 alunos com um professor  em cada uma?  Pedagogicamente traria mais ganhos aos alunos.
    “Não somos contra os estagiários, que são vítimas também desse processo”, salienta  Fábio . “A questão é a propaganda enganosa. É só marketing. Os maiores interessados – alunos, pais, professores e os próprios estagiários – não foram ouvidos, para mostrar aos governantes de plantão o que realmente é necessário para melhorar o sofrível padrão de ensino no Estado de São Paulo.”
    O Viomundo consultou a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sobre os dois professores na sala de aula. A assessoria de imprensa  respondeu por e-mail:
    O segundo professor será disponibilizado em classes do 2º ano do Ensino Fundamental (antiga 1ª série no ensino de 8 anos). Temos 97 instituições de ensino superior inscritas, porém até o momento foram firmados apenas 3 convênios, que totalizam 1.235 classes/alunos-pesquisadores. Os demais convênios estão em fase de finalização. Em todo Estado, são cerca de 6 mil classes, sendo em torno de 4 mil na capital e Grande São Paulo e 2 mil no interior.
    Solicitamos mais detalhes, inclusive em quantas e quais escolas o projeto está implantado. A assessoria, também por e-mail, respondeu:
    Temos cerca de 6 mil classes em todo Estado que contam com o segundo professor previsto no Programa Ler e Escrever. Porém o convênio com instituições de ensino superior dentro do Programa é firmado anualmente. Os convênios para 2010 se encontram em fase de conclusão.
    O segundo professor são estudantes dos cursos de Pedagogia ou de Letras, como consta no histórico do Projeto Ler e Escrever.
    Geralmente são chamados de estagiários. Mas oficialmente são denominados alunos pesquisadores.
    Nada contra os estagiários, insistimos. É importante que eles tenham a oportunidade de aprender com os professores já formados. Mas por que o governo paulista não diz que são estagiários ou alunos pesquisadores em vez de apresentá-los como se fossem professores?
    A assessoria de imprensa da Secretaria de Educação adota o mesmo discurso . Tal qual o anúncio, usa sistematicamente a expressão dois professores na sala de aula.
    Não à toa Fábio Moraes arremata: “É só mais um dos ‘reinos’ do faz de conta do ex-governador José Serra e seus tucanos”.
    “Dois professores na sala de aula, propaganda enganosa do governo paulista” | Viomundo - O que você não vê na mídia

    Boi Voador

    Uma contribuição da querida colega Suely Farah que encaminhou aos amigos mais uma reflexão que nos permite pausar e pensar: se a realidade é que nos faz ou se nós que a fazemos.

    E, no entanto, ele voa, voa, voa, assim como a Terra gira, gira, gira e o Sol brilha, brilha, brilha e a gente sonha, sonha, sonha e o coração bate, bate, bate... apesar dos "nãos", dos medos, das fogueiras, das marcações, dos preconceitos... Já dizia o padre Tomás de Aquino, tido como tão ingênuo, alvo de troça dos mais espertos, que riram a valer quando o enganaram dizendo que um boi estava voando lá fora e ele virou-se para olhar pela janela. Enquanto todos riam, o pobre padre dizia: "É mais fácil um boi voar do que um padre mentir"... foi essa a origem da história do "boi voador". Na base dessa história, que foi colocada da peça Calabar, o Elogio da Traição, por Ruy Guerra e Chico Buarque, está a questão daqueles que acreditam tão irrevogavelmente em princípios que, por vezes, passam por tolos. Então, viva o boi, vivamos nós e vivam os tolos que fazem o arco que sustenta o céu não desabar de vez sobre a terra!
    beijos crentes


    Boi Voador
    Chico Buarque/Ruy Guerra
    Quem foi, quem foi
    Que falou no boi voador
    Manda prender esse boi
    Seja essa boi o que for
    O boi ainda dá bode
    Qual é a do boi que revoa
    Boi realmente não pode
    Voar à toa
    É fora, é fora, é fora
    É fora da lei, é fora do ar
    É fora, é fora, é fora
    Segura esse boi
    Proibido voar

    Creches conveniadas: professoras tem piso de 1200, mas outros profissionais aguardam dissídio

    A Portaria 4338 de SME, garantiu piso de R$ 1.200,00 a professoras de creches e CEIs conveniados. Os percapitas pagos pela Prefeitura por criança atendida pelas entidades também sofreu reajuste. Porém, os demais trabalhadores ainda reclamam não estar entre os beneficiados pela negociação ocorrida em agosto. Segundo o sindicato da categoria, SITRAEMFA, os outros trabalhadores da categoria aguardam reunião do patronal para avaliar a reivindicação de 10% de reajuste.

    PORTARIA Nº 4.338, DE 16 DE AGOSTO DE 2010
    Altera  a  Portaria  SME  3969,  de  18/08/2009,  republicada  no  DOC  de  10/09/2009,  com alterações  posteriores  O  SECRETÁRIO  MUNICIPAL  DE  EDUCAÇÃO  no  uso  de  suas
    Atribuições legais e CONSIDERANDO:
    - a necessidade de assegurar melhores condições de funcionamento da rede conveniada de Creches  e  Centros  de  Educação  Infantil;  -  a  política  de  valorização  dos  profissionais docentes, habilitados na forma da lei em exercício nas instituições conveniadas, RESOLVE:
    Art. 1º - O item 3 do Anexo I da Portaria SME 3969, de 18/08/2009, republicada no DOC de 10/09/2009 e alterações Subseqüentes, fica acrescido do seguinte subitem:
    “3.7 – DA REMUNERAÇÃO MÍNIMA
    A  remuneração  dos  profissionais  docentes,  habilitados  na  forma  da  lei  em  exercício  nas instituições  conveniadas  não  poderá  ser  Inferior  “ao  estabelecido  em  Portaria  da  SME, conforme mencionado no item 2.1.2 do Anexo II.”
    art. 2º - O item 2.1.2 do Anexo II da Portaria SME 3969, de 18/08/2009, republicada no DOC de 10/09/2009 passa a ter a Seguinte redação:
    “2.1.2  – Os  valores  do  “per  capita”  e  da  remuneração mínima  dos  profissionais  docentes mencionada  no  item  3.7  do  Anexo  I  serão  definidos  em  Portarias  da  SME,  publicadas  no DOC.”
    Art. 3º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
    PORTARIA Nº 4.339, DE 16 DE AGOSTO DE 2010
    Atualiza o valor do “per capita” e adicional berçário para as Creches e Centros de Educação Infantil – CEIs da Rede Conveniada Da Cidade de São Paulo O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO no uso de suas atribuições legais e CONSIDERANDO:
    - a necessidade de assegurar melhores condições de funcionamento da rede conveniada de Creches e Centros de Educação  Infantil;  - a negociação coletiva anual para  funcionários de instituições de educação infantil para o ano de 2010;
    - a política de valorização dos profissionais docentes, habilitados na forma da lei em exercício nas instituições conveniadas,
    RESOLVE:
    Art.  1º  - O  valor  “per  capita”  e  adicional  berçário  para  as Creches  e Centros  de Educação Infantil da Rede  Indireta e Conveniada da Cidade de São Paulo  ficam  reajustados em 20% (vinte por cento), a partir de 01/08/2010, na seguinte conformidade:
    Faixa de atendimento Valor per capita Valor adicional berçário 
    Da 1ª a 60ª criança Da 61ª a 90ª criança Da 91ª a 120ª criança A partir da 121ª criança
    Até 60 crianças R$ 339,00 R$ 109,00
    De 61 a 90 crianças R$ 339,00 R$ 271,00 R$ 109,00
    De 91 a 120 crianças R$ 339,00 R$ 271,00 R$ 251,00 R$ 109,00
    Acima de 120 crianças R$ 339,00 R$ 271,00 R$ 251,00 R$237,00 R$ 109,00
    Art. 2º - A alteração referida no artigo anterior destinar-se-á, Prioritariamente, ao reajuste dos salários dos profissionais de Educação infantil da rede  indireta e conveniada, habilitados na Forma da lei.
    Art. 3º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Portaria SME nº 664, de 20/01/10.
    PORTARIA Nº 4.340, DE 16 DE AGOSTO DE 2010
    Fixa o valor mínimo da remuneração dos profissionais docentes, Habilitados na forma da lei, em  exercício  nas  instituições  conveniadas,  Conforme  disposto  nos  itens  3.7  do  Anexo  I  e 2.1.2 do Anexo II, ambos da Portaria SME nº 3.969 de 18/08/2009, Republicada no DOC de 10/09/2009
    O SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO no uso de suas Atribuições legais RESOLVE:
    Art. 1º - A remuneração dos profissionais docentes, habilitados na forma da lei e em exercício nas  instituições conveniadas, Conforme disposto no  item 3.7 do Anexo  I e no  item 2.1.2 do Anexo  II,  ambos  da  Portaria  SME  3969,  de  18/08/2009  deverá  ser  de,  no  mínimo,  R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais) a partir de 01/08/2010.
    Art. 2º - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

    Servidores - Sindicatos, Políticas Públicas, Funcionalismo